terça-feira, 9 de março de 2010

Remédios

por Gonça
O Globo de hoje mostra com gráfico a evolução nos aumentos dos preços dos remédios autorizados pelo governo. Imagine: se o reajuste não é autorizado, as autoridades são criticadas por ir contra o mercado. Se autorizam, a decisão é explorada politicamente. Sem saída. Preço de remédio é mesmo um sério problema para o bolso dos idosos. E, no Brasil, medicamentos estão entre os mais caros do mundo. No mesmo jornal, um colunista faz piada e usa o refrão "mata o véio". Tem razão. E há muito tempo. No gráfico, as linhas altas à esquerda, em picos, indicam os reajustes de FHC. À esquerda, o aumento de ontem. Ontem e hoje, os "véios" sofrem.

2 comentários:

debarros disse...

O idoso neste país é o coelhinho pobre abandonado e esquecido. As autoridades se esquecem que um determinado momento, esses mesmos idosos, hoje esquecidos e roubados, haja visto as suas aposentadorias reduzidas a quase um salário mínimo, esteve com esse país nas suas mãos e foram, como dizem os economistas de plantão, a sua principal força de trabalho.
É preciso lembrar que existe no Congresso, um projeto que reajusta todos os benefícios dos aposentados para os valores atuais, esperando apenas a sançào ou nào do Supremo Mandatário do País.
Oe preço do remédios continuarão em alta, simplesmente porque a maioria dos idosos deixoiu de votar. O idoso não representa VOTO.
Não é preciso, no caso, explicação de Freud para entender esse problema.

Gonça disse...

Tem razão, debarros. Apenas um complemento. Em um ano eleitoral todos querem aparentar ser bonzinhos. Por que só agora o projeto andou? Em todo caso, o Lula é um dos presidentes, talvez o campeão, que mais perdeu votações importantes no Congresso. Se, por acaso, ele vetar, o Congresso pode derrubar o veto.
Não sei se ele vai vetar, vamos aguardar. no seu histórico, Lula tem pelo menos o mérito de ter dado ao longo dos anos aumentos reais, embora reconhecidamente baixos (mas isso a mídia aplaude), na aposentadoria e no salário mínimo. Coisa que o seu antecessor, o que não deve ser esquecido, não fez. As implacáveis estatísticas provam isso.