por Eli Halfoun
O brasileiro é muito criativo
inclusive em palavras “inventadas” para definir pessoas, comportamentos ou situações
e que acabam incorporando-se à linguagem do cotidiano. A mais recente é
“peguete” que entrou para o vocabulário popular como alternativa para o “ficar”
da moda de casais que se contentam e só querem estar juntos em por apenas
algumas horas, no máximo uma noite, o que, reconheçamos tem muitas vantagens. A
“peguetes” da linguagem moderna é aquela que pega, usa e larga. Já ganhou até
uma variante entres taxista que as chamam de “lanchinho”. A moda das ”etes” começou com as chacretes
que dançavam nos programas do Chacrinha. Depois vieram as silvetes do Silvio
Santos e em seguida as periguetes que corriam (correm) atrás de atores de
novelas. Também houve o tempo das breguetes, ou seja, as que são assumidamente
bregas e não se envergonham disso. São palavras (definições) que duram um tempo
e depois caem no esquecimento, assim como as peguetes das rapidinhas de agora. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Como sempre o modismo, também nos vocábulos, aparece de repente e de repente some. Isso não quer dizer que a criação de palavras, que se tornam modismo, seja uma característica do brasileiro. Não, em todos os povos do mundo esses modismo surge e desaparece com o tempo. A linguagem tem a sua dinâmica própria e ela com o tempo vai se modificando e criando novos vocábulos de acordo com as circunstâncias que se lhe aparecem.
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