terça-feira, 11 de março de 2014

Pesquisa mostra que a fundamental mídia impressa está longe de ser engolida pela internet

Com o cada vez maior alcance da internet qual é o futuro da mídia impressa e da televisão? Essa é uma interrogação que tem provocado muita discussão entre profissionais e especialistas em comunicação. Um grande grupo de jornalistas acredita e até afirma que jornais e revistas estão com os dias contados, mas outro grupo acha que a mídia virtual jamais terminará, por vários motivos, com a necessidade e a força da mídia impressa. Para os que apostam na derrocada da imprensa e perda de audiência da televisão aberta, a jornalista Suzana Singer, da “Folha de São Paulo”, mostra que as coisas não estão tão definidas quanto se pensa. Com base em pesquisa feita com 18 mil entrevistas em 848 municípios pelo governo federal, a jornalista mostra que o domínio da televisão ainda beira o absoluto: 97% dos brasileiros assistem TV, 65% todos os dias numa média diária de três horas e meia. A pesquisa também quis saber qual telejornal o público prefere e os números não tiveram nenhuma surpresa: a liderança ainda é do “Jornal Nacional” da Globo para 45% dos entrevistados. Os outros telejornais citados foram o ”Jornal da Record (16%) e o “Cidade Alerta" (8%) também da Record.
A pesquisa reforçou um dado pouco discutido: rádio continua firme e forte: 60% dos brasileiros ouvem rádio e desse total 21% ouvem rádio todos os dias durante três horas em média. Ao contrário do que se supões nem todos os brasileiros vivem ligados na internet: 53% nunca acessa a internet, “o que não diminui o potencial de crescimento quando se olha para os mais jovens: na faixa entre 16 e 25 anos 48% navegam pela web todos os dias. A mídia impressa resiste e vai bem: jornais impressos são lidos por um quarto da população adulta, especialmente pela parcela de alta escolaridade. Segundo Suzana  Singer e com base na pesquisa “a  força do impresso não está na abrangência, mas na confiabilidade: 53% dos entrevistados confiam sempre ou muitas vezes nas notícias dos jornais enquanto só 28% tem a mesma confiança nos sites e blogs. Para a experiente jornalista Suzana Singer “o fundamental é não perder o voto de confiança do leitor”. Suzana escreve que “a luta pele sobrevivência consiste em garantir um espaço relevante na internet, onde está a audiência do futuro, mantendo o prestígio da marca do impresso.”.

Sempre haverá espaço para os jornais, mesmo que diminua as oportunidades de emprego para jornalistas. A história tem mostrado que jornalistas e jornalismo também resistem a tudo. Melhor para o povo e a democracia que queiram ou não se faz fundamentalmente a com presença e participação da imprensa. (Eli Halfoun)

2 comentários:

Omar disse...

Para mim, acho que jornais ainda vão durar muito.Mas não crescem mais. A rapaziada lê notícias na internet, para eles é natural, por isso é que está crescendo muito.

Rodrigo S. Nuzzi disse...

Sou estudante de jornalismo, no primeiro período, na minha turma a maioria passou a ler algum jornal de papel só agora por insistência do professor. A galera da mesna idade que faz medicina, engenharia, ler jornal de papel? Negativo