sexta-feira, 7 de março de 2014

Terminou a festa. Está começando um novo carnaval

por Eli Halfoun
O desfile das campeãs encerra amanhã o carnaval de 2014. Já é carnaval 2015 nas escolas de samba com a escolha de enredos e ajustes de elenco e de contas. Para o desfile do próximo ano algumas mudanças são anunciadas: 
1) o carnavalesco Paulo Menezes deixa a Mocidade Independente de Padre Miguel; 
2) Christiane Torloni perderá o posto de rainha de bateria da Grande Rio; 
3) A Vila não terá mais Cid Carvalho como carnavalesco e deverá perder também o casal de mestre salsa e porta-bandeira formado por Marquinhos e Giovanna; 
4) Apenas Portela e União da Ilha (fez um belo e original desfile) têm enredo escolhido: as duas escolas falarão do aniversário de 450 anos do Rio de Janeiro. 
4) O carnavalesco Paulo Barros, o campeão da Unidos da Tijuca, poderá retomar uma velha ideia e fazer do fim do mundo o tema de enredo do UT.

Um dos saldos positivos do recente desfile foi a transmissão da televisão: depois de anos e mais anos de tentativas a TV Globo, que tem a exclusividade da transmissão, encontrou a maneira exata de transmitir: encostou os desnecessários e exagerados malabarismos visuais (as escolas são suficientemente coloridas não necessitam desse digamos tipo de apoio). Os narradores José Roberto e a experiente Fátima Bernardes aprenderam que não podem falar demais (em televisão a palavra é da imagem), assim como a Globo se mancou e não convocou um monte de comentaristas para dizerem a mesma coisa e ao mesmo tempo não dizerem absolutamente nada. A convocação do carnavalesco Milton Cunha como comentarista foi suficiente: Milton conhece o assunto, fala pouco e sabe o que diz. A turma que conduziu o carnaval da Globo no estúdio montado no Sambódromo fez uma narração descontraída, sem bancar a dona da verdade e mostrou que o melhor lugar para ver o grande espetáculo ainda é em casa diante da televisão, que mostra detalhes que a olho nu dificilmente percebemos. Pode não ser mais animado, mas é extremamente mais confortável e menos perigoso. (Eli Halfoun)

Um comentário:

AB.Dias disse...

Parece que a prefeitura vai sugerir que todas as escolas falem dos 450 anos do Rio