por Eli Halfoun
A modernidade está nos cobrando um
preço alto: estamos vivendo um grande big brother e, o que é pior, uma
fiscalização que nos limita os movimentos, as opiniões, enfim estamos
prisioneiros de um grande júri virtual que se julga capaz de criticar todo
mundo, julgar e condenar sem chance de defesa e sem apelação. A modernidade
determinada pelos cada vez maus sofisticados equipamentos e espaços virtuais nos
impõe uma autocensura maluca, dolorida e descabida. Não se pode mais fazer e
dizer o que se deseja impunemente. O foco dos “juízes” virtuais está na mira de
cada um de nós, vítimas também das intrometidas máquinas fotográficas de celulares
que nos vigiam e cerceiam os movimentos e na maioria das vezes nos impedem de
livremente. Agora precisamos ter o máximo de cuidado e com todos: o mais
recente exemplo foi dado quando os “juízes" escondidos nas mídias sociais decidiram julgar e condenar Vera Fischer, mesmo sem saber exatamente o que de
verdade aconteceu com a atriz. Não foi (é) a primeira que esse cruel tipo de julgamento
ganha força e atinge o réu diretamente no coração. Foi assim com Carolina
Dickman, com Betty Faria, entre muitos outros exemplos. O terrível é que não é
mais permitido viver livremente: qualquer espirro mais alto pode nos condenar
nas mídias sociais: estamos deixando de ser o que realmente somos para sermos o
que os outros querem. Convenhamos que isso não é o que se pode chamar
exatamente de liberdade. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Não consigo nem em ouvir falar em "Big Brother ", que me dá irritação.
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