Mostrando postagens com marcador 70 anos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 70 anos. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A Veja caça o Coelho...



Paulo Coelho completou 70 anos, ontem. Hoje deve ter acordado com uma ressaca mística. Ou sonhou que era um coelho que passava pela Marginal Pinheiros, em São Paulo, e um caçador o alvejou a partir de uma janela, como um Lee Oswald virtual. Deve estar preocupadíssimo com o texto que um escritor catarinense, ex-seminarista, escreveu na Veja. Foi seu "presente" de aniversário. O cara demoliu Paulo Coelho, a quem chama de "carioca mitômano".

O texto-hater é assinado por Maicon Tenfen, cujo perfil na Wikipedia fala mais sobre sua vida, de como ia de bicicleta para a escola, do que sobre sua obra. Mas Tenfen já escreveu 11 romances e tem dois prêmios: Concurso Nacional de Contos de Araçatuba (SP) e Concurso Nacional de Contos Paulo Leminski, em Campos de Toledo (PR), cidade que é conhecida pela sua maior festa, a do "Porco no Rolete".

"Pode ser um escritor de estilo frouxo, mas pintou e bordou no mundinho miúdo da literatura brasileira. Sua principal contribuição já está dada, e é preciosa num cenário carente de autocrítica. Escancarou a extraordinária grandeza da nossa mediocridade". Com essa última frase, Teffen finalizou sua pensata na Veja.

Nem sempre foi assim. Em 2008, Maicon Tenfen foi entrevistado pelo blog "Sarau Eletrônico" e comentou que sua tese de mestrado era o best-seller e Paulo Coelho, a quem chamou de "fenômeno", seu objeto de estudo. Na época, admitiu que existem narrativas de best-seller "que realmente são muito boas, que têm novidade".

Mais adiante, resumiu sua opinião: "Quanto ao Paulo Coelho, por exemplo, digo que não gosto do tipo de livro que ele faz, vejo alguns problemas sérios na elaboração do texto, na trama, mas para mim é inegável que ele tem uma autenticidade. Principalmente nos primeiros livros ele veio com uma proposta “verdadeira”, na qual ele mesmo acreditava. E fez aquilo com naturalidade. Depois, claro, vêm as imitações, e às vezes o próprio autor vira um plágio de si mesmo"

No artigo para a Veja, Maicon Tenfen não chega a ser original na ferocidade. Paulo Coelho foi admitido na Academia Brasileira de Letras, mas nunca deixou de ser alvo dos críticos, especialmente os brasileiros. Tem legiões de seguidores e também de "haters" na internet.

Talvez seja apenas um escritor que aplica uma receita descomplicada, um "mago" que não faz grandes mágicas na linguagem, não cria personagens de grande profundidade, mas consegue oferecer aos leitores das mais diversas culturas um dial para sintonizar didática e parábolas aplicadas às vidas de cada um. Compra quem quer. Nas letras que fez para Raul Seixas já havia ingredientes dessa fórmula.

Não é nenhum Prêmio Nobel, mas nem críticas, nem teses de doutorado foram capazes de explicar Paulo Coelho e seus 210 milhões de exemplares vendidos no mundo, publicados em mais de 170 países e em 81 idiomas.

Nem a Veja ou Maicon Tenfen e seus sei lá quantos livros vendidos.

O Salgueiro tem, há décadas, o lema "Nem melhor, nem pior, apenas uma escola diferente.

Vai ver, o carioca Paulo Coelho é Salgueiro.

domingo, 27 de setembro de 2015

Pelé, 75 anos: craque é tema de exposição na Halcyon Gallery, em Londres. Uma das fotos é da Manchete




Ontem, em Londres, a Halcyon Gallery, na Bond Street, abriu a exposição Art, Life, Football, que comemora os 75 anos de Pelé e a sua vida esportiva. Um dos destaques é a pintura original de Warhol (em 1977, Andy Warhol criou a série  'Atletas', composta por dez retratos de heróis do esporte). Na época, o artista pop disse que todos seriam famosos por 15 minutos, "mas a fama de Pelé vai durar 15 séculos". A mostra da Halcyon inclui fotografias (uma delas da Manchete), pinturas originais, esculturas e gravuras de edição limitada por 13 artistas, incluindo Andy Warhol, Lorenzo Quinn, Mitch Griffiths, Ernesto Canovas, Santiago Montoya, Ronnie Wood, Russell Young, Raphael Mazzucco e Stuart McAlpine Miller. Troféus, como a réplica da Jules Rimet, medalhas, objetos - a "memorabilia icônica" de Pelé, segundo a galeria - fazem parte da exposição, que ficará aberta até 18 de outubro. 
VEJA NO SITE DA HALCYON, CLIQUE AQUI



VEJA UM VÍDEO SOBRE A MOSTRA, CLIQUE AQUI
No vídeo da exposição, uma foto de Pelé na Copa de 1970, da histórica cobertura dos fotógrafos Orlando Abrunhosa e Jáder Neves para Manchete e Fatos&Fotos. 


BBC BRASIL PUBLICA MATÉRIA SOBRE A EXPOSIÇÃO, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Há 70 anos... Yank: a revista que levantou a moral dos soldados americanos na Segunda Guerra. Há quem diga que as pinups da capa salvaram vidas e ganharam batalhas...



Martha Holliday

Barbara Bates


Betty Page

Marilyn Monroe em uma das suas primeiras fotos

Rita Hayworth
Ann Miller
Lauren Bacall
por José Esmeraldo Gonçalves
Esqueça a Life, a Time, a Look... A revista mais disputada pelos soldados americanos na Segunda Guerra foi a Yank. A revista foi criada pelo Exército americano com o propósito de entreter os jovens soldados e ajudar a neutralizar tensões e ansiedades antes uma batalha e outra. Os números são impressionantes; o semanário tinha uma tiragem de 2 milhões e meio de exemplares e chegava a todos os campos de batalha. De Corregidor às Ardenas, da base aérea americana em Natal aos porta-aviões que lutaram em Midway, do Sena ao Reno, dos Apeninos aos Alpes. Circulou entre junho de 1942 a dezembro de 1945. Era mais fácil se extraviar uma ordem do general Patton ou um telegrama de Eisenhower do que a a nova edição da Yank. Muitos pracinhas brasileiros, que combateram incorporados ao 5° Exército americano, certamente tiveram chance de dar uma olhadinha na Yank antes de partirem pra cima dos tedescos no pesado inverno do norte da Itália. Diziam os soldados que a Yank era uma boa companheira nas noites de expectativa, as piores e mais insones antes de um ataque a um reduto alemão. As pinups posavam de graça como parte do esforço de guerra. No dia 8 de maio, o mundo celebrará o fim da Segunda Guerra com a vitória dos Aliados. É possível que um ou outro sobrevivente, são poucos, hoje, já passando dos 90 anos, saque da memória doces lembranças das pinups que os ajudaram a vencer a guerra. Para eles, todo dia era dia da vitória.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Iwo Jima, 70 anos...

Na foto de Hitoshi Maeshiro, da European Pressphot, reproduzida do USA Today, parentes de soldados mortos em Iwo Jima recolhem areia da praia onde aconteceu o desembarque. Ao fundo, o Monte Suribachi...

...que aparece na foto acima, em plena batalha, e que foi o...

...cenário da famosa foto de Joe Rosenthal.

A bandeira hasteada no Suribachi, em 1945, Atualmente,..
no mesmo local, há um memorial. Na foto, saudado por caças da Marinha dos Estados Unidos. Fotos Memorial Suribachi. 
O jornal USA Today publica uma matéria sobre os 70 anos da batalha de Iwo Jima, que se prolongou do dia 19 de fevereiro a 26 de março. Na semana passada, parentes de soldados norte-americanos e de japoneses mortos no conflito voltaram à ilha. Hoje, no cenário da famosa foto de Joe Rosenthal, que mostrou fuzileiros fincando no solo a bandeira dos Estados Unidos há um memorial. Curiosamente, a foto não marcou exatamente o fim da batalha. A imagem foi feita quando os marines conquistaram o Monte Suribachi, um importante posto da artilharia japonesa. A disputan sangrenta prossegui por mais após a Tanto que três dos soldados que aparecem na foto morreram em ação nos dias seguintes.
VEJA IWO JIMA HOJE NO USA TODAY. CLIQUE AQUI

sábado, 1 de novembro de 2014

Nelson Motta escreve no Globo sobre "Aquela Foto". É a famosa imagem de uma reunião de grandes nomes da MPB, em 1967, no terraço da casa de Vinicius de Moraes. O artigo não diz, mas o autor da foto exclusiva é Paulo Scheunstuhl, que atuou na Manchete

Reproduzido de O Globo

O livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" reproduz e identifica a famosa foto exclusiva de Paulo Scheuenstuhl. Essa é "Aquela Foto" a que se refere o livro "As Sete Vidas de Nelson Motta".

por BQVManchete
O jornalista, escritor e compositor Nelson Motta completa 70 anos. Entre outras comemorações, se encaixa o lançamento de "As Sete Vidas de Nelson Motta". Na última sexta-feira, Nelson reproduziu na sua coluna no Globo um trecho do livro onde fala sobre "Aquela Foto". A foto a que ele se refere é realmente famosa. E exclusiva. Reúne quase todos os nomes da MPB, na época. O jornalista dá a versão correta sobre os bastidores da foto. Esqueceu, ou não sabia, apenas de creditar a imagem ao seu autor. Como ele cita o Jornal do Brasil, o leitor pode ser induzido a achar que a foto era do JB. Não era. O próprio livro, "As Sete Vidas de Nelson Motta". credita a imagem. O autor foi o fotógrafo Paulo Scheuenstuhl, o Paulo Xuxu, que, na época, trabalhava na revista Manchete. O livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata) publica uma reprodução da foto, acompanhada da identificação e da seguinte legenda, que explica a razão da reunião de tantos nomes ilustres da música brasileira: Clic de bossa - O fotógrafo Paulo Scheuenstuhl capta no terraço da casa de Vinícius de Moraes, em agosto de 1967, uma reunião dos maiores nomes da MPB. O grupo planeja uma ofensiva musical para resgatar as marchinhas de carnaval. Se o carnaval não se salva, fica a rara foto exclusiva. 
A célebre foto do Paulo Xuxu já foi publicada diversas vezes, sem o crédito. Mas ele está atento e costuma pedir retificação ao veículos. Certa vez, o mesmo Globo publicou que era de autoria de João Araújo, que, aliás, aparece na foto. Acontece que o falecido produtor tanto gostou da imagem que mandou ampliá-la e cobriu uma das paredes da sala de casa com a constelação de cantores e compositores. Paulo pediu e o Globo corrigiu o erro. Em outra ocasião, o Canecão quis usá-la como cenário de uma temporada de Chico Buarque. Paulo Xuxu soube e entrou em contato com a casa de shows. Não se sabe se por falta de crédito ou por falta de grana, quesito no qual o Canecão era notoriamente complicado, o fotógrafo vetou a utilização da foto. O livro "Aconteceu." também relaciona os nomes de quem aparece na foto: Lenita Plocynsynska, Edu Lobo, Tom Jobim, Torquato Neto, Caetano Veloso, Capinam, Paulinho da Viola, Sidney Miller, Zé Keti, Eumir Deodato, Olivia Hime, Helena Gastal, Luís Eça, João Araújo, Dori Caymmi, Chico Buarque, Francis Hime, Nelson Motta. Vinicius de Moraes, Dircinha Batista, Luiz Bonfá, Tuca, Braguinha e Jandira Negrão de Lima. A foto foi publicada, na época, em reportagem da Manchete sobre o assunto. E republicada muitas vezes em matérias sobre a Bossa Nova ou em edições especiais de Manchete 30 Anos, Manchete 40 Anos, Manchete N° 2000 e Manchete 45 anos. 
A capa do livro...

... a contra capa e...

o crédito ao fotógrafo que foi da revista Manchete.