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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Pelé, 80 anos. Na Manchete Esportiva, em 1957, uma história pouco conhecida de quando o jogador ainda era chamado de Pelê...

 

Na foto, Pelé já entre as feras do Santos: Alvaro, Pepe, Pagão e o técnico Lula. Ektachrome, como se dizia na época, 
de Ivo Barreti. Clique na imagem para ampliar.

A Manchete Esportiva cobriu os momentos iniciais da carreira de Pelé. O arquivo desaparecido da Bloch guardava imagens valiosas dos primeiros gols do craque, ainda reserva no Santos, em jogos contra times cariocas. 

Ele tinha apenas 16 anos quando a revista começava a chamá-lo de craque e publicava fotos de alguns dos seus gols no Maracanã. A reprodução acima é a primeira matéria dedicada integralmente ao jogador. Uma página apenas, das milhares que o focalizariam nas revistas Manchete, Fatos & Fotos e na própria Manchete Esportiva

O repórter José Carlos Stabel conta na matéria uma história curiosa. Pelé, que a revista ainda grafava como Pelê,  tentou a sorte em vários clubes antes de chegar ao Santos. Um desses clubes foi o Palmeiras que lhe deu permissão para treinar no Parque Antártica. O então técnico, Aimoré Moreira, que depois se tornaria um dos admiradores do menino, não estava presente: treinava no Pacaembu a seleção paulista. Coube a um diretor que a história não registra o nome ver e não gostar do que viu. Ao fim do treino, mandou Pelé embora. Antes entregou ao garoto uma nota de 20 cruzeiros para a passagem (hoje, valeria centavos). Valdemar de Brito, que descobrira o jogador ao vê-lo em uma pelada em Bauru, resolveu então levá-lo para o Santos. Na Vila Belmiro, o  treinador Lula não precisou de muito tempo para recomendar a contratação de Pelé. Um ano depois, impressionando estádios, ele ganhava 6 mil cruzeiros por mês. "Eu sabia que um dia acabaria acertando num clube", disse Pelé à Manchete Esportiva. O resto da história é... História.