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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Memórias da redação: quando Manchete quis adiantar o relógio da vida...

De "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou"- 2  (versão virtual)

Lá pelo começo dos anos 80 ter mais de 70 ou 80 anos e estar na ativa ainda era algo raro, bem mais do que hoje. De lá pra cá, a expectativa de vida aumentou e os velhinhos estão aí, firmes, mesmo injustamente acusados de implodir as contas da Previdência.

Pois bem, impressionado com a longevidade de Sobral Pinto, Austregésilo de Athayde, Oscar Niemeyer, Barbosa Lima Sobrinho e outros que não vêm à memória, talvez o historiador Hélio Silva fizesse parte do grupo, um repórter da Manchete propôs em reunião de pauta uma matéria com esses bravos da época.

Justino Martins sugeriu que a foto de abertura da matéria fosse feita no portão do cemitério São João Batista.

Talvez fosse mero sarcasmo, sabe-se lá, Justino tinha no humor uma das suas características. Só que a reunião chegou ao fim com a matéria aprovada e a foto de abertura valendo.

O repórter foi a campo ligar para os personagens da reportagem.

Tudo ia bem até que um deles, que tinha acesso a Adolpho Bloch, comentou que a Manchete estava querendo vê-lo morto já que lhe fizera um bizarro convite para posar para uma foto no cemitério.

Aí quem morreu foi a pauta.

O repórter ficou frustrado, ainda mais porque três dos citados entraram no clima da matéria e toparam posar para a foto. Austragésilo, que não estava com pressa (morreu em 1993 aos 95 anos) declinou do convite. Sobral Pinto morreu muito depois, com 98 anos. Niemeyer e Barbosa Lima Sobrinho ultrapassaram a barreira dos 100 anos.

O repórter está vivo e, se quiser, pode se acusar ao ler essas linhas.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Deu no site NOO: Profeta Allan Richard Way, vidente da revista Manchete, faz suas previsões para 2015, dessa vez em email remetido para o fotojornalista Frederico Mendes.

Reprodução NOO

Reprodução NOO
por Frederico Mendes (para o site NOO)
Como é de praxe nas televisões e revistas, em dezembro vários esotéricos fazem suas previsões para o ano novo. É um tal de babalorixás fajutos, astrólogos especializados em celebridades, ciganas nascidas na Zona Sul dizendo como será o amanhã porque conseguem ver o futuro. Mas não existe no mundo vidente mais eficiente que o cego Allan Richard Way.
Ele é simplesmente o maior profeta vivo. Comparado sempre com Nostradamus, o inglês de origem indiana de 97 anos, previu com detalhes as mortes da princesa Diana, do presidente Kennedy, do filósofo Sartre e de Carmem Miranda, a conversão ao comunismo da China, a eleição de um presidente negro nos Estados Unidos, a Guerra do Iraque e outros tantos furos do além, muitos anos antes que acontecessem — ele publica suas previsões no jornal inglês Times sempre sob a forma de classificados, com um estranho código alfabético e numeral que só ele e seu fiel secretário boliviano entendem.
LEIA MAIS NO SITE NOO, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Museu da Imagem e do Som: memória do Rio ganha forma em Copacabana

Depois de alguns meses em ritmo lento, quando nada se via acima dos tapumes, a construção do Museu da Imagem e do Som na bela Avenida Atlântica ganhou velocidade. Segundo os técnicos, houve um trabalho demorado e complexo nas fundações já que a região de praia exigiu pesadas estruturas de sustentação. O projeto é do escritório de arquitetura americano Diller Scofidio, Renfro, dos arquitetos Elizabeth Diller, Ricardo Scofidio e Charles Renfro. A previsão é que fique pronto em 2015. Um presente que o Rio merece.
Com ficará o MIS. Ilustração-Divulgação



ALÔ MIS, O RIO EM FOTOS SUMIU, NINGUÉM SABE, NINGUÉM VIU


A propósito, uma boa iniciativa do MIS seria localizar e adquirir o acervo fotográfico que pertenceu à Manchete, que foi leiloado e atualmente está desaparecido, provavelmente em risco. 
O livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou"
 (Desiderata) reúne algumas das imagens do acervo, hoje desaparecido, reproduzidas de revistas adquiridas em sebos.  
O arquivo guardava, entre tantas imagens, coleções de fotos do Rio em todos os seus aspectos. A partir de 1952 e até 2000, Manchete registrou semanalmente milhões de cenas da vida da cidade: da política ao esporte, da noite carioca à praia, shows, moda comportamento, fatos, personalidades de todos os setores, bossa nova, cinema novo, "juventude transviada", carnavais, jovem guarda, samba, tropicalismo, arte, tragédias que abalaram o Rio e festas que mobilizaram a cidade como Eco-92, Congresso Eucarístico Internacional, 4º Centenário do Rio etc. O MIS bem que podia ajudar a salvar essas lembranças. O Rio agradece.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Quando Oscar Niemeyer aconteceu na Manchete...

por José Esmeraldo Gonçalves 
Em 2008, durante a preparação da coletânea "Aconteceu na  Manchete, as histórias que ninguém contou", lançada pela editora Desiderata, o grupo de autores, todos jornalistas que atuaram na extinta Bloch, considerou indispensável para a abertura do livro um texto de uma personalidade cuja trajetória se cruzava com a editora. Era Oscar Niemeyer, caro amigo de Adolpho Bloch. A Manchete acompanhou cada passo da brilhante carreira do arquiteto que, inúmeras vezes, visitou a redação da revista. A própria construção de Brasília foi documentada, tijolo por tijolo, curva por curva, por repórteres e fotógrafos da Manchete. Coube ao arquiteto projetar a sede da editora, na Rua do Russell. Outra das suas obras no Rio também o aproximaria ainda mais da revista. Manchete transformava o carnaval carioca em um grande acontecimento. E coube a Niemeyer construir seu palco apoteótico, o Sambódromo, cena de memoráveis coberturas jornalisticas da revista e da Rede Manchete.
Foi assim que, convidado por Lenira Alcure, uma das autoras do "Aconteceu", o saudoso Niemeyer escreveu especialmente para o livro um texto afetivo, com um suave traço da poesia que gravava na ousadia das suas criações em concreto. Leia, a seguir.

  

terça-feira, 8 de maio de 2012

Renato Sérgio, lembranças...

Renato Sérgio autografa seu livro "Bráulio Pedroso - Audácia Inovadora" para Mauro Mendonça e Rosamaria Murtinho, em 2011 
Com os autores da coletânea "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou". Na livraria da Travessa, em novembro de 2008, na noite de lançamento do livro. Na foto, Jussara Razzé, Roberto Muggiati, Carlos Heitor Cony, José Esmeraldo, Ângela de Rego Monteiro, Maria Alice Mariano, J.A.Barros; sentados: Lincoln Martins, Renato Sérgio, José Rodolpho e Daisy Pretola.
Manoel Carlos e Renato Sérgio. Arquivo Pessoal
Com os fotógrafos Indalecio Wanderley e Gervásio Baptista. Arquivo Pessoal Renato Sérgio
Com Justino Martins, diretor da Manchete. Arquivo Pessoal de Renato Sérgio
Com Djavan. Arquivo Pessoal de Renato Sérgio
Com Hermeto Pascoal. Arquivo Pessoal de Renato Sérgio
por José Esmeraldo Gonçalves
O humor era preciso, o texto era elegante, o amigo era do peito. Ao longo da sua trajetória em redações como a do Jornal do Brasil, da TV Rio, Tupi, Globo, da Manchete, da Fatos & Fotos, EleEla e outros dos principais veículos do Brasil, o paulistano Renato Sérgio deve ter ouvido muitas vezes que tinha "o texto mais carioca do jornalismo". Não era um chavão, era um elogio. De fato, o texto do nosso querido Renato tinha mesmo essa marca. Digamos, um certo e saboroso jeito carioca de ver a vida. Mas que ia muito além daquele foco singular de quem viveu com intensidade boêmia a Ipanema dos anos 60 e 70. Aí por volta de 1977, trabalhamos juntos na extinta Bloch. Houve um tempo em que a Fatos & Fotos publicava a cada edição uma grande entrevista. Era uma seção especial, como as "páginas amarelas" da Veja. Acho que aquela série de entrevistas deve ter durado uns dois ou três anos. Renato conversava com os principais nomes da cultura. Duvido que tenha ficado alguém de fora. Lembro-me que o texto - de leitura obrigatória para os jovens repórteres da equipe da Fatos & Fotos - parecia um papo entre amigos. Na verdade, o entrevistador era mesmo amigo pessoal de muitos dos seus entrevistados, Tom, Vinicius, Bôscoli, Elis, Boni, Walter Clark, Jô, Nara... Mas só parecia uma conversa entre amigos. Com certeira habilidade, Renato deixava que seus personagens se revelassem. Transformava o entrevistado em um parceiro e o levava a contar aos leitores tudo aquilo e muito mais do que só diria a um amigo muito íntimo. Anos depois, Renato deixou a revista e foi trabalhar na Rede Manchete. Tornou-se roteirista de vários programas. Mas um deles, em especial, me lembrava aquela fase das entrevistas da Fatos & Fotos. Era o "Bar Academia", onde entre canções e diálogos, ele promovia encontros memoráveis e reveladores de gigantes da MPB como Caetano, Gil, Chico Buarque e tantos outros. Em recente conversa, nós nos perguntávamos onde estariam aquelas fitas, foram destruídas, perdidas? Havia alguns tesouros da MPB naquele acervo. Renato falava com saudade do programa. E lamentava que o país e as instituições cuidassem tão mal da nossa memória cultural.
Na última década, o jornalista deixou as redações e se transformou em escritor. Com a mesma criatividade e um texto onde cada frase parecia se encaixar como uma peça de "lego", Renato Sérgio escreveu, entre outras, as biografias de Sérgio Porto, Bráulio Pedroso, Mauro Mendonça e até a do Maracanã. Isso mesmo, uma "biografia", já que a mística do estádio - hoje demolido - nunca esteve tão viva quanto no seu livro "Maracanã, 50 Anos de Glória".
 Em 2005, junto com outros colegas da Manchete, tocamos o projeto de um coletânea. A ideia era contar não a história oficial das revistas da extinta Bloch, mas relatar a vida e as vidas que ali passaram, incluindo as nossas. Foram três anos de reuniões, depoimentos, pesquisas em sebos e muita conversa jogada fora até o lançamento do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", em 2008. A pretexto de discutir novos projetos, o grupo de autores - eram 16 - tornou aquelas reuniões uma agradável rotina.
Tenho certeza de que todos nós não esqueceremos a sorte que tivemos ao prolongar nesses encontros marcados a convivência com Renato Sérgio.
Até um dia, amigo.    

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Continua acontecendo

Esgotado na editora mas ainda à venda em alguns sites e sebos, o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata) continua circulando por aí cumprindo o objetivo principal dos seus autores: revelar e difundir a história e os bastidores de uma das maiores editoras de revistas do país. O "Aconteceu" foi lançado em fins de 2008 mas como se trata de uma obra atemporal e que já está no acervo de várias bibliotecas universitárias é comum ver na internet críticas e comentários recentes tal qual o texto que pode ser lido no link abaixo.
Clique AQUI   

domingo, 28 de agosto de 2011

Turma da Manchete homenageia José Carlos Jesus pelo seu trabalho à frente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores

Capa da Manchete estampou a camiseta-homenagem.




Em nome da turma, Muggiati agradeceu a dedicação de José Carlos Jesus à frente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores.

por Jussara Razzé

A 2ª Reunião da turma da Manchete, em meio a muita alegria, feijoada e chope, no Bar do Ernesto, reservou um momento para uma importante homenagem. O incansável José Carlos Jesus, Presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores, recebeu reconhecimentro e aplausos por sua liderança e árduos onze anos de trabalho em defesa dos direitos legais de mais de três mil trabalhadores que atuaram na extinta Bloch Editores. E a luta continua. Ainda há muito a defender e conquistar. Mas este foi o momento do "muito obrigado, Zé".

2ª Reunião da turma da Manchete: Aconteceu no Bar Ernesto, na Lapa

por Jussara Razzé


Juvenil de Souza, Marilda Varejão, Renato Sérgio e Glória Alvarez
J.A. Barros, Glória e Paulo Scheuenstuhl
Barros, Glória e Esmeraldo
Barros, à esquerda, no alto, comanda a massa. Abaixo, segue o álbum de fotos disponíveis. Se possível, enviem outras que vou postando aí para completar o panorama



Bar e Restaurante Ernesto, sábado, 27

Bar do Ernesto em festa


Manchete bombando na Lapa


Foi no sábado, 27 de agosto. Alto astral, celebração da amizade ao sabor de feijoada e chope gelado servidos pela competente e simpática equipe do Restaurante do Ernesto. Na foto, em primeiro plano, Moyses Fuks e Juvenil de Souza. À direita, de camisa azul escura listrada, Nilton Rechtman, um dos organizadores do encontro.



Da esq. para a dir. Henrique, Esmeraldo, Gleise, Deborah e Alice



Ao fundo da foto, Juvenil, Bia, Cony e Murilo Melo Filho e Renato Sérgio




Claudia, à frente, animadíssima, comanda mesa.



Vic, "do telex", e Jussara




Tânia, Alice, Luzia Salles, Lairton, Orlandinho, José Carlos, que ao lado de Nilton Rechtman, organizou o encontro, e Jussara



O Bar Ernesto, lotado.



Glória Alvarez e Esmeraldo. À esquerda, de chapéu em clima de Lapa, Moyses Fuks




Marcelo Horn, Esmeraldo, Jussara, Alice, Amaury, Décio e Vic



Quarteto: Márcia, Jussara, Alice e Gleise