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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Alma de boleiro

por Gonça

Andrade, Roberto Dinamite, Zico, Alcir, Rondinelli, Juninho Pernambucano, Junior... Haverá outros nessa seleção de jogadores para os quais a bola pulsa no ritmo do coração. Sou vascaíno. O Flamengo, pra mim, é o nome de um bairro, simpático, por sinal. Dizem que este que reproduzo aí ao lado - em homenagem aos rubro-negros Debarros e Neria, amigos deste blog -, é o escudo do clube.
Por que escrevo sobre o título conquistado por um rival histórico? Porque lá no banco estava um cara que merece muito mais respeito do que lhe dedica o futebol brasileiro. Andrade era o eterno interino. Quando as coisas iam mal, entre a saída de um treinador com salário de marajá e a chegado de outro com contra-cheque de sultão, Andrade segurava as pontas. "Chama o Andrade", dizia o cartola. Invariavelmente, o ex-jogador pegava o time em crise, arrumava aqui e ali, até entregar o comando ao treinador-estrela da vez e sair de cena. Ontem, lavou a alma. E, com a modéstia de quem sabe o que faz, nem pegou um microfone e berrou um "agora vão ter que me aturar".
O Flamengo já estava no coração de Andrade. Está lá desde sempre, desde 82, quando foi campeão ao lado de Raul, Leandro, Adílio, Zico, Junior... Mas desde ontem, chegou a vez de Andrade ocupar seu lugar no coração do Flamengo.
E não é como interino.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O olhar perfeito da sabedoria popular

Por Eli Halfoun
Não se pode desprezar a sabedoria popular. De uma forma ou de outra ela sempre se confirma. Agora é o Flamengo que está aprendendo e ensinado isso uma vez mais ao descobrir que tinha ao seu lado o que mais procurava: um técnico capaz de dar ao time a cara do Flamengo. Primeiro o clube tentou, como, aliás, acontece em todos os chamados grandes times, a solução contratando “medalhões” aos quais pagava (na verdade ficava devendo) salários extraordinários. Nada deu certo até o Flamengo perceber que a solução estava ali pertinho, praticamente colada ao seu corpo. Foi só olhar para o lado e dar de cara com Andrade, profissional perfeitamente identificado com o clube do qual foi craque. Andrade sempre esteve ali usado como tapa buraco e sem qualquer tipo de vaidade, se deixava usar como uma espécie de ioiô em um joguinho que não lhe fazia justiça profissional até ser confirmado como técnico (esse negócio de interino é uma hipocrisia) isso depois do Flamengo ter tentado todos os tipos de solução. Mesmo os não rubro negros (meu caso: sou Vasco e pronto) sabem que Andrade está fazendo um excelente trabalho que, aliás, colocou o carioca Flamengo na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. A grande lição (o futebol sempre nos dá maravilhosas lições de vida) que fica é a da sabedoria popular segundo a qual na maioria das vezes o que procuramos está e sempre esteve bem pertinho: basta olhar para o lado.