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domingo, 1 de outubro de 2017

Repressão na Catalunha: o ditador Franco morreu mas a Espanha ainda é sua viúva inconsolável...



O genocida e ditador fascista Francisco Franco morreu mas deixou seu entulho na Espanha em leis e atitudes. É o que se vê na Catalunha, hoje.

Da prepotência policial ao racismo, da monarquia de fantasia reinventada - apesar de, na época, a população se manifestar pela República, hoje parte da realeza está mergulhada em denúncias de corrupção - à opressiva ligação entre Estado e religião, há muito do espólio podre que emana do túmulo de Franco ainda em vigor.

A reação policial ao plebiscito na Catalunha, que tem cultura, etnia e idioma próprios e luta pela independência, é um sinal de que Franco deixou seu alter ego em muitas gerações de autoridades e seguidores. Em Madri, um reduto franquista até hoje, já foi sucesso de vendas um boneco inflável do ditador feito para que "camisas negras" matassem a saudade. Basta dizer que a Espanha ainda mantém censura sobre centenas de obras literárias colocadas no índex por Francisco Franco.

As redes sociais, hoje, estão divulgando vídeos com cenas de violência quase inacreditáveis na ruas e prédios de Barcelona e outras cidades da Catalunha.

Franco era um puritano militante. Inconfidências palacianas contam que ele só tinha orgasmo em vida quando assistia a sessões de tortura ou se autoflagelava nas madrugadas, Hoje, se ligou sua TV de ectoPlasma, deve estar gozando na cova, chacoalhando os ossos e entrando em modo convulsivo de prazer diante dos vídeos que estão viralizando na web.
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI  

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Olé, Catalunha

por Gonça
Em votação histórica, deputados catalães aprovaram a proibição de touradas na região a partir de 2012. Em toda a Espanha já há parcela da população que desaprova a crueldade que ensanguenta as arenas. Há alguns anos, em viagem à Espanha, eu e a Jussara procuramos uma mesa de bar para uma pausa em um passeio, vencidos pelo calor de Toledo. Pedimos informações ao garçom sobre as "corridas" do dia. Ouvimos do rapaz, que se mostrou um militante, uma pequena pregação contra as touradas. Ele entendia nossa curiosidade de turista, mas lamentava que a Espanha ainda oferecesse aos visitantes e ao seu próprio povo um show de sangue e primitivismo. Mesmo assim, fomos às touradas. Compramos ingressos em mãos de cambistas, setor do sol, e entramos na arena, que parecia um caldeirão. Valeu para matar a curiosidade. Dos seis touros da tarde, vimos o fim de três animais. O touro, como sabem, é sistematica e covardemente ferido antes de ser servido, cansado, ao toureiro que o mata. Torcemos o quanto pudemos pelo touro. Mas o animal luta em absurda desvantagem. O resto é firula. Esqueça o romantismo de filmes como "Sangue e Areia" ou as descrições apaixonadas de Hemingway, não há beleza naquele espetáculo. A alegação de que é manifestação cultural e por isso as touradas devem ser preservadas é furada. Crueldade não é cultura. Se fosse, ainda seríamos canibais. (Foto: Jussara Razzé)