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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Diário de São Paulo: jornal-zumbi é acusado de plágio

O Diário de São Paulo, antigo Diário Popular, é uma espécie de recordista de operações de ressurreição. Os grupos Orestes Quércia, Globo e J. Hawila já fizeram tentativas frustradas para tirar o jornal da UTI. Em vão. Sobreviveu entubado, por uns tempos, até que os aparelhos foram desligados. Restaram as dívidas trabalhistas.

Decretada a falência do jornal no ano passado, a marca foi adquirida pelo empresário  Kléber Moreira, ex-candidato a deputado estadual pelo PEN, agora Patriotas.

O site spdiario.com.br , aparentemente ainda incompleto, informa que o Diário de São São Paulo voltará a circular também em versão impressa "com nomes respeitados do jornalismo nacional".

É bom que a equipe seja logo constituída. Segundo matéria publicada pelo Comunique-se, a página do jornal teria utilizado cópias de conteúdos produzidos por outros veículos. É o popular "ctrl C"+Ctrl V", mas conhecido como plágio.
Veja a matéria no site do Comunique-se, AQUI

domingo, 16 de julho de 2017

Leia no Comunique-se: jornalismo PJ


por Pedro Zambarda

Eu sou trabalhador terceirizado há alguns anos. Terceirizado full desde 2014, quando fui demitido do meu último emprego CLT. O patrão que me demitiu na ocasião estava certo no diagnóstico, mas sabia que estava “me jogando aos leões”: “Infelizmente assessoria de imprensa não é pra você, Pedro. Você é repórter”. Peguei minhas coisas, fiquei triste e fui procurar empregos no dia seguinte. Felizmente, tinha experiência como freelancer e uma vantagem muito boa no mercado de jornalismo: 25 anos, uma carta de recomendação de emprego anterior, já tinha passado por um site da maior rede de TV do Brasil e tinha mais dois anos nas costas na maior editora de revistas da América Latina. Desde o meu primeiro estágio, aprendi a fazer currículo e usar minha lábia tanto em entrevistas quanto em fazer redes profissionais. Apesar de encarar alguns embates profissionais muito sérios, em geral eu sempre saí dos empregos com um laço de amizade com a chefia e, sobretudo, com meus pares.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO COMUNIQUE-SE, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 20 de junho de 2016

O fim do jornalismo romântico

por Francini Vergari
(para o Comunique-se)

É possível dizer que a fase para os jornalistas não é das melhores, ou que, por outro lado, nunca esteve tão boa.

Com as mudanças que aconteceram na área, sobreviveram aqueles que souberam se adaptar ao mercado. Do contrário, os mais antigos sofreram desde a tentativa de adaptação das redações até agora, em sua maioria desempregados, tentando se recolocar no mercado digital sem ter os pré-requisitos para manter-se nele — ainda insistem no jornalismo romântico. Este artigo busca trazer um panorama das principais mudanças que aconteceram no jornalismo do ponto de vista prático, de publicações, mensuração de resultados, demanda, passando pela morte dos títulos fantasia com a chegada do SEO, a agilidade que tirou da redação figuras como o pauteiro e o revisor (e, em algumas, o fechamento) e a “buzzfeedização”, que transformou reportagens em listas de apelo sentimental.

Introdução

Voltando um pouco no tempo (mas não muito) e fazendo uma breve recapitulação do que aconteceu com o jornalismo nos últimos anos (desconsiderando vários avanços tecnológicos e sociais, com o intuito de abreviar a análise, realmente), podemos começar por 2001, quando o Google lançou o que viria a ser o Google News: a seção de “últimas notícias”, alimentada com conteúdo de mais de 100 jornais on-line de língua inglesa. Surge, a partir de então, certo desconforto com relação às novas formas de produção e propagação de notícias.

Em 2005 o diário americano The New York Times anunciou a integração das redações impressas e on-line. Em 2006, o UOL, um dos primeiros portais de conteúdo brasileiro, completou uma década de existência e tornou o modelo de portal comum no Brasil. Paralelamente, o diário inglês Daily Telegraph lançou um manual de estilo para blogs, com objetivo de capacitar repórteres para escreverem nos blogs do veículo. Podemos dizer que nesse momento foi legitimada a existência do que viria a incomodar bastante a vida de alguns jornalistas: a figura do “blogueiro”. Com isso, entrou em discussão o exercício da profissão e, em seguida, no Brasil, colocou-se em questão inclusive a obrigatoriedade do diploma para a prática do jornalismo.

Enquanto isso, o Guardian adotou o modelo “Web first”, no qual notícias de correspondentes estrangeiros e de jornalistas de negócios eram publicadas primeiro na internet. A partir de 2008 inúmeros cases de manifestações e grandes eventos transmitidos em tempo real (boa parte via Twitter) trouxeram essa necessidade à tona. No mesmo ano, o NYTimes.com anunciou que apostaria na opinião de especialistas para anexar pontos de vistas às notícias quase que instantaneamente.

A palavra “fim”, um tanto apocalíptica, foi escolhida propositalmente para este artigo porque acompanha o drama e o sentimento com que as pessoas costumam lidar com o surgimento de novos meios. Um bom exemplo sempre recorrente é o de quando falava-se em “fim do rádio” com a chegada da televisão — e, no entanto, isso demorou mais para se aproximar do fim do que imaginavam (se é que chegou a esse “fim”). A questão precisa ser vista com um olhar mais otimista de renovação, movimento e adaptação — e menos pessimista de “fim”. Novas formas de consumo e novas formas de demanda pedem por novas formas de pensar o jornalismo a cada dia.


A “buzzfeedização” do jornalismo

Criado em 2006 por Jonah Peretti, ex-Huffington Post, o BuzzFeed chamou atenção logo em seus primeiros anos por popularizar notícias em formato de listas, testes, GIFs e memes — de gatos, principalmente. Modelos esses que foram depois adaptados pelos concorrentes, mas não com o mesmo sucesso porque não adotaram como cultura de empresa o jornalismo inovador, estratégico e participativo que atende às necessidades de cada ambiente e público digital.

Ao contrário do pensamento por trás do “Se tiver sangue, é manchete”, as pessoas demonstram querer matérias mais construtivas e otimistas. Isso é sabido graças a pesquisas e observações feitas a partir de compartilhamentos de notícias na maior rede social atualmente, o Facebook. Pesquisadores[1] acompanharam a lista das matérias do New York Times mais compartilhadas por e-mail durante seis meses de 2013 e descobriram que as pessoas tinham uma tendência muito maior de compartilhar matérias que despertavam sentimentos positivos. “O que é notícia, então?” é o questionamento que paira sobre os comunicadores. Os extremos devem ser equilibrados. Nem tanto o vídeo de gatinho que é sucesso de compartilhamento; nem tanto o enfoque em violência e desastres. Nem tanto o “caça-clique” com fofocas da vida de celebridades; nem tanto o sensacionalismo em cima da morte deles. Essa linha tênue do jornalismo é que precisa ser trabalhada por todo mundo, inclusive pelos leitores.

Listas, gifs e vídeos remetem às novas formas de consumir conteúdo. Com menos tempo e mais opções e recursos tecnológicos, é raro conseguir manter uma pessoa com uma leitura longa por muito tempo na mesma aba do navegador. Multitasks, as pessoas realizam várias atividades ao mesmo tempo. Conseguir levar alguém à página é um desafio; mantê-la lá é outro. Com as listas, a reportagem fica mais rápida e objetiva, sendo possível, ainda assim, manter o nível de grandes reportagens, mudando somente a formatação da notícia, ressaltando que não é preciso cair o nível do jornalismo.

Anúncios são (boas) notícias

Os anúncios também são notícias e as marcas aprenderam a usar a internet muito bem a seu favor. Há muito tempo os publieditoriais (ou posts patrocinados) são a principal fonte de renda dos blogueiros e alvo de discussões sobre ética. Um caso emblemático é o da blogueira fitness Gabriela Pugliesi, denunciada por consumidores em 2014 porque estaria promovendo conteúdo publicitário sem anunciá-lo como tal. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) abriu um processo para investigar seu blog, Tips4Life, que também tem um perfil com milhares de seguidores no Instagram e no Facebook.

A suspeita é de que ela estaria elogiando produtos e divulgando marcas que pagaram pela propaganda positiva sem explicitar a parceria. Os chamados influenciadores (pessoas que transmitem uma mensagem e que geram impacto nas práticas de outras pessoas) passaram a competir com portais e outros veículos por oferecerem a possibilidade de resultados mais assertivos, já que falam para um público alvo bastante específico e que confia na opinião do influenciador em questão. Em alguns casos, apesar de a audiência ser até menor em números, o resultado é mais fácil de ser medido. E há de se considerar que muitos vloggers já ultrapassaram, em números, circulações de grandes revistas de nicho no Brasil.

Colaboração do leitor

Não é mais preciso ter um repórter em cada bairro da cidade de plantão. Com o mais simples dos smartphones, os leitores podem colaborar enviando texto, áudio e vídeo, contribuindo em tempo real para noticiar alguma ocorrência e manter a redação informada até a chegada da equipe de reportagem no local. Isso tem sido ampliado a aplicativos de colaboração para trânsito, alagamentos e outros serviços. Os equipamentos para gravar um vídeo, por exemplo, já são mais baratos e acessíveis. Em alguns telejornais, como o SPTV, da Rede Globo, os telespectadores enviam seus vídeos, que vão ao ar durante o programa e até fazem entradas ao vivo usando aplicativos de celular.

O SEO matou o título fantasia e os sinônimos

O SEO (Search Engine Optimization) é a prática de otimização, seguindo um conjunto de estratégias e regras, para melhorar o posicionamento nos buscadores especializados em busca por palavras-chave, que ganharam muita força no final dos anos 90 com o intuito de ajudar os usuários a encontrar informações rapidamente e sem custo algum. O SEO começou a ser adotado em grandes redações no Brasil, como na Editora Abril, a partir de 2007, aproximadamente. No SEO, quem manda é a palavra-chave do texto — o que elimina os românticos e criativos títulos-fantasia, substituídos por títulos diretos e objetivos, com a palavra-chave no começo, no “olho”, na url, na meta descrição e repetida algumas vezes ao longo do texto (levando em conta vários fatores, a média de densidade da palavra-chave recomendada no texto é de, geralmente, 5%). Ou seja, também é o fim da caça por sinônimos. “Cabelos” eram “cabeleira”, “madeixas”, “fios” e agora são só “cabelos” várias vezes para fortalecer a palavra-chave. Esses minutos de brainstorm
para títulos e sinônimos foram canalizados para pesquisar a busca pelo termo em questão, concorrência, melhor termo, títulos objetivos e atrativos.

O Google e o Google News

Enquanto este artigo era escrito, o Google anunciou uma parceria com oito veículos europeus para inovar o jornalismo on-line. A DNI, Digital News Initiative, mostra que o Google tem forte interesse na indústria de notícias e tem entendido que o jornalismo melhora a experiência para os usuários. Antes disso, a empresa tinha sido acusada de não proteger os direitos dos autores e, desta vez formalmente, por concorrência desleal, chegando a ficar fora do ar na Espanha depois de pressionado a pagar direitos autorais. Essa seria, então, uma maneira de garantir o bom relacionamento com a imprensa. Sobre o assunto, Caio Túlio Costa, jornalista e executivo na área de comunicação digital, escreveu:

Os jornais, no mundo inteiro, não têm conseguido quebrar a resistência do Google quanto a pagar diretamente pelo uso de seu conteúdo, seja nos resultados da busca seja nos resultados do Google News. Aliar-se ao Google, contudo, pode ser uma solução desde que os jornais tenham seus direitos protegidos e as contas mostrem que vale a pena dar as mãos para a mais poderosa empresa de mídia do planeta. A quebra da assimetria tem de se dar pela força que as publicações conseguem ao se unirem. Pelo tamanho do inventário possível de páginas para receber publicidade em direta proporção à qualidade, e contemporaneidade, do conteúdo jornalístico oferecido (Costa, 2014).

Facebook e o “instant articles”

Simultaneamente à produção deste artigo, o Facebook também anunciou uma novidade: o Instant Articles, em português, Artigos Instantâneos — ferramenta para oferecer uma experiência mais fluida e agradável para a leitura de notícias dentro da própria rede social. Não há nenhum tempo a perder: o tempo médio entre um usuário clicar em um link de notícias e começar a ler o texto é de oito segundos e, segundo a rede social, é tempo demais. Além da velocidade, a empresa garante que alterará seu esquema publicitário, permitindo que os anunciantes mantenham a receita total dos anúncios vendidos dentro da rede e vendendo publicidade para as empresas, neste caso mantendo 30% do dinheiro recebido. O alvo são grandes sites como BuzzFeed, The New York Times e National Geographic.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Rio de Janeiro recebe curso de Texto em TV

O Comunique-se realiza, nos dias 19 e 20 de junho, o curso de Texto em TV no Rio de Janeiro. Mauricio de Almeida, repórter da TV Brasil, ensina nas aulas as técnicas voltadas para a elaboração de um texto jornalístico para televisão com ênfase na reportagem. O aluno aprenderá a construir um bom off, escolhendo as palavras adequadas e evitando termos que muitas vezes são usados na imprensa escrita, mas não são usuais na TV. Por meio de exercícios, os alunos simulam a redação de matérias, notas e notas cobertas.
Quando: 19 a 20 de junho - Sábado (de 9h a 18h) e domingo (de 9h a 13h)
Onde: Windsor Plaza Hotel - Av. Princesa Isabel, 263 - Rio de Janeiro
Ministrante: Mauricio de Almeida, repórter da TV Brasil, do Rio de Janeiro
Mais informações e inscrições: http://migre.me/EgFQ
Fonte: Comunique-se 

domingo, 2 de agosto de 2009

Boa notícia-3


Deu no Comunique-se, Portal da Comunicação: "A juíza Maria da Penha Nobre Mauro Victorino, da 5ª Vara Empresarial, autorizou nesta quinta-feira (30/07) o pagamento integral dos créditos trabalhistas a cerca de 2,5 mil ex-funcionários da falida Bloch Editores com processos já habilitados. Faltam apenas a publicação da decisão e a definição da logística.
“Além de vários ex-empregados que morreram, que estão doentes, que não conseguem mais emprego por causa da idade, existem os que estão mendigando nas ruas. A juíza conseguiu resolver, ao menos em parte, a situação de muitas famílias”, diz o presidente da Comissão de Ex-Funcionários da empresa, José Carlos Jesus.
O dinheiro para saldar as dívidas virá dos R$ 64,5 milhões obtidos com o leilão do prédio da Bloch, em maio deste ano. Cerca de R$ 35 milhões serão utilizados no pagamento dos processos já habilitados e outros R$ 25 milhões ficarão retidos até que sejam julgados todos os recursos contra a decisão que dá prioridade à Fazenda no recebimento. Existem outros 500 ex-funcionários que ainda esperam habilitação, mas a verba restante deve ser suficiente para o pagamento dos créditos. Satisfeito com a decisão e com o possível final para um processo que se arrasta há quase dez anos, Jesus agradece ao empenho da juíza Maria da Penha, do promotor de Luiz Roldão de Freitas Gomes Filho e da advogada da Massa Falida Luciana Trindade".
Leia no Comunique-se.