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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Fotografia & Justiça: a importante vitória de Orlando Abrunhosa





por Sérgio Rodas (do site Consultor Jurídico - Conjur)


O fato de uma imagem ser famosa não afasta os direitos do autor sobre ela. Este foi um dos fundamentos da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para negou apelação da Infoglobo e condenar a empresa a pagar indenização por danos materiais e morais de R$ 93,7 mil a Carlos Orlando Novais Abrunhosa autor da icônica foto de Pelé comemorando um gol na Copa do Mundo de 1970 com um soco no ar. Segundo a decisão, reproduzir fotografia sem prévia e expressa autorização do autor configura a prática de contrafação, proibida pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998).

O autor foi à Justiça após os jornais O Globo e Extra, publicados pela Infoglobo, reproduzirem a imagem em sete ocasiões, entre 2009 e 2014, sem pedir autorização nem remunerá-lo. Segundo ele, a companhia violou seus direitos autorais sobre a fotografia, que foi publicada sem indicação de autoria.

Em contestação, a Infoglobo alegou que as reportagens tinham cunho informativo, de cunho social, sem fim lucrativo. Por isso, não teria cometido danos materiais e morais a publicar a imagem. Além disso, a empresa sustentou que teria havido prescrição, uma vez que já se passaram três anos das veiculações da foto, como estabelece o Código Civil.

Efeito pedagógico
O juiz de primeira instância deu razão ao fotógrafo, mas a empresa recorreu. No TJ-RJ, o relator do caso, desembargador Marcelo Lima Buhatem, entendeu que a reiterada publicação sem autorização das imagens configura danos continuados. Dessa maneira, o prazo prescricional para a ser contado a partir da data da última veiculação – no caso, 5 de janeiro de 2014. Como a petição inicial foi distribuída em 21 de maio daquele ano, não houve prescrição, destacou o relator.

A fotografia é uma obra protegida por direitos autorais, como estabelece o artigo 7º, VII, da Lei 9.610/98, apontou Buhatem. Assim, disse, a sua reprodução sem prévia autorização configura a prática de contrafação. E o fato de ser uma imagem famosa, comumente reproduzida, não afasta o direito do autor sobre ela, ressaltou o desembargador.

Para ele, a Infoglobo infligiu danos morais a Abrunhosa, e o mero pagamento de retribuição autoral não é suficiente. O valor da indenização, a seu ver, deve “desestimular o comportamento reprovável de quem se apropria indevidamente da obra alheia”. Considerando que a imagem foi reproduzida sete vezes, durante cinco anos, Marcelo Buhatem avaliou que a reparação de 100 salários mínimos – o que dá R$ 93,7 mil – fixada pela primeira instância é adequada.

Ele também concluiu que a Infoglobo gerou danos materiais ao fotógrafo, uma vez que usou indevidamente um patrimônio dele. Dessa forma, o magistrado decidiu que o ressarcimento deve ser feito com base no valor de mercado normalmente empregado para utilização de espaço nos jornais O Globo e Extra, a ser apurado na liquidação de sentença. O voto de Buhatem foi seguido por todos os seus colegas da 22ª Câmara Cível do TJ-RJ.

À ConJur, Marcelo Buhatem afirmou que a decisão reitera e potencializa os direitos do autor. De acordo com ele, o acórdão também serve para encorajar profissionais que estejam na mesma situação que Carlos Orlando Novais Abrunhosa — tendo suas obras reproduzidas sem autorização nem remuneração — a buscar a Justiça.


Fonte: Conjur


A FOTO SÍNTESE DA COPA DE 1970




Originalmente em preto&branco, a histórica foto de Orlando Abrunhosa foi colorizada para a capa da  Paris Match, em 1970. A revista francesa foi uma das publicações internacionais que não resistiram à icônica "pirâmide" dos craques do Tri. Antes, na versão p&b autêntica, foi capa da Fatos & Fotos 
A premiada foto do genial Abrunhosa foi alvo de muita pirataria. 
Em vida, ele lutou exemplarmente pelos seus direitos. Desde o uso não autorizado da foto em um selo dos Correios passando por capa de fita de vídeocassete e até inclusão ilegal em catálogo de uma agência internacional. 
Foi em torno da foto-símbolo da Copa de 1970 que o cineasta e jornalista Eduardo Souza Lima, o Zé José, fez o documentário "Três no Tri" sobre a trajetória de Orlando Abrunhosa. 
No caso em questão, a justiça agora feita vale como uma homenagem ao profissionalismo e talento do  grande fotógrafo. (José Esmeraldo Gonçalves)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

"Três no Tri": documentário premiado do diretor Eduardo Souza Lima sobre o fotógrafo Orlando Abrunhosa, que trabalhou na Manchete, será exibido amanhã, às 19h, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio

O diretor de "Três no Tri", Eduardo Souza Lima, o Zé José, com o taça conquistada pelo documentário no último CineFoot. Foto: Divulgação 

Novo documentário de Eduardo Souza Lima, o Zé José, que

conta a história da foto esportiva mais publicada no mundo e de seu autor, Orlando Abrunhosa, será exibido nesta terça-feira, 6, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio. 

Dia 06, terça, às 19h

Entrada franca

E lá se vão 40 anos. Junho de 1970, Copa do Mundo do México. A seleção brasileira de futebol empatava com a Tchecoslováquia. Pelé marca o gol da virada. Corre em direção ao fotógrafo da revista Manchete
Orlando Abrunhosa. Foto Divulgação
Orlando Abrunhosa pulando, dando socos no ar. Atrás dele, Tostão e Jairzinho. Abrunhosa clica aquele momento sem parar, mal tem tempo de ajeitar o foco. Pensou: "Está tudo desfocado, não vai ficar bom". Três no Tri, novo documentário de Eduardo Souza Lima, o Zé José, conta a história da foto esportiva mais publicada no mundo e de seu autor. Uma produção da Franco Filmes em parceria com a Hy Brazil 2001 Filmes. Eduardo Souza Lima, o Zé José, é jornalista, crítico de cinema e cineasta. Dirigiu seus dois primeiros curtas-metragens em VHS, Caçada Implacável e Capitão Eléctron Contra a Ameaça Venusiana" nos anos 1980, ainda nos tempos de faculdade. Ambos fizeram boa carreira no circuito carioca de vídeo da época. Seu primeiro longa-metragem, o documentário Rio de Jano (codirigido por Anna Azevedo e Renata Baldi) foi lançado em circuito comercial em 2004 pala RioFilme; o segundo, Travessias, foi feito sob encomenda da Fundação Roberto Marinho, e exibido no Cine PE de 2010.  Também dirigiu os curtas O Evangelho Segundo Seu João (2006), premiado em festivais como o Vitória Cine Vídeo e o Guarnicê de Cinema do Maranhão, e Pimentípoli (2009), exibido no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria de Feira, em Portugal.
Direção e roteiro - Eduardo Souza Lima
Argumento e pesquisa - Anna Azevedo
Produção - Ailton Franco Jr.
Produção executiva - Anna Azevedo
Direção de Produção - Daniela Santos
Fotografia e câmera - David Pacheco
Montagem - Eva Randolph
Som direto - Júlio Braga / Vampiro
Pesquisa de imagens - Bárbara Morais / Eduardo Souza Lima
Finalização de imagem, créditos e arte - MisterToon
Edição de som - Rodrigo Maia
Mixagem de som - Damião Lopes
(Fonte: site da Franco Produções)

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Orlando Abrunhosa nas telas do Rio. Curta-metragem sobre o autor da foto-símbolo da Copa de 70 é lançado no Rio, neste sábado, 25, no Espaço Itaú de Cinema


Começa amanhã no Rio o 4CineFoot. Mas o dia que interessa aos participantes deste Blog que Virou Manchete é o sábado, 25, às 21 horas, quando será exibido o curta "Três no Tri", documentário de Eduardo Souza Lima, o Zé José, que conta a história da foto esportiva mais publicada no mundo e do seu autor, Orlando Abrunhosa. Ambos, o diretor do curta e o fotógrafo Orlandinho Abrunhosa, trabalharam na extinta Manchete. "Três no Tri" é uma produção da Franco Filmes em parceria com a Hy Brazil 2001 Filmes. Eduardo Souza Lima dirigiu os curtas "Caçada Implacável" e "Capitão Eléctron Contra a Ameaça Venusiana”, "O Evangelho Segundo Seu João" e "Pimentípolie" e o documentário longa-metragem "Rio de Jano".