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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A divertida guerra que o mundo precisa aprender a fazer

Tony Ramos e Irene Ravache em "Guerra dos Sexos", 2012. Foto: Divulgação TV Globo
 
 
Paulo Autran e Fernanda Montenegro em "Guerra dos Sexos", 1983. Foto: Divulgaçao TV Globo
por Eli Halfoun
O carnavalesco Joãozinho Trinta, o gênio que transformou o desfile das escolas de samba em magia, dizia que “pobre gosta é de luxo”. É verdade e como a classe menos favorecida é a que mais vê televisão não resta a menor dúvida de que vai se deliciar com a nova “Guerra dos Sexos”, de Silvio de Abreu. O primeiro capítulo foi um luxo só e tudo indica que a novela inteira será luxuosa em tudo, do cenário aos figurinos até a presença de um elenco que já deu mostras de que oferecerá muito ao longo dos capítulos. “Guerra dos Sexos” é mais uma confirmação do cuidado que a Globo toma com seus produtos mais importantes e que sem dúvida lhe garantem a audiência de toda a programação. A sensibilidade do autor Silvio de Abreu e do diretor Jorge Fernando não deixam escapar a oportunidade de, através de imagens de Fernanda Montenegro e Paulo Autran, fazer merecida homenagem a todo o elenco da primeira versão dessa guerra que pelo menos na televisão é muito divertida.
O sucesso é imprevisível, mas no caso da nova “Guerra dos Sexos” dá para apostar todas as fichas em uma grande audiência e em momentos de qualidade e humor em uma novela que é, acima de tudo, caprichadíssima para oferecer ao público um grande espetáculo. No primeiro capítulo, o elenco que já entrou em cena mostrou que podemos esperar excelentes atuações: Tony Ramos e Irene Ravache estão em perfeita sintonia, Glória Pires, sem dúvida, a melhor atriz de sua geração e uma das melhores do país, mostra que é também excelente quando a proposta é fazer comédia, como já tinha feito nos filmes “Se eu Fosse Você I e II”. Emocionante reencontrar Drica Moraes e Reinaldo Gianechinni em plena forma. Estão todos muito bem: Mariana Ximenes que é a beleza e o talento em pessoa, a também talentosa e bonita Luana que enche os olhos e a tela com sua exuberância, Edson Celulari faz um galã despojado e pelo visto atrapalhado. Enfim: a novela será ao longo da trama um inesquecível encontro da arte de representar com a arte de escrever e a fundamental arte de dirigir. Se todas as guerras fossem assim o mundo estaria salvo e muito bem servido.  (Eli Halfoun)