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domingo, 28 de agosto de 2016

Escultor sugere que estátua de Vinícius seja erguida ao lado da escultura de Tom Jobim, no Arpoador, completando a cena da foto clássica de Carlos Kerr para a revista Manchete, publicada em 1958...

A matéria do Globo sobre a foto da Manchete que inspirou a estátua de Tom Jobim, no Arpoador. Creditada como "Arquivo", a foto hoje clássica é de autoria de Carlos Kerr.

A escultora Christina Motta revelou em entrevista que se baseou em foto da Manchete para homenagear Tom Jobim.
Foto de Ricardo Cassiano/PMRJ

Há cerca de dois anos, o Rio homenageou Tom Jobim com uma estátua no Arpoador.
Na época, a escultora Christina Motta ressaltou em entrevistas que se baseou em uma foto da Manchete.
Na imagem, com o violão ao ombro, Tom parece caminhar no  calçadão de um dos seus locais preferidos na cidade que tanto amou.
No Globo de hoje, na coluna Gente Boa, outro escultor, Edgar Duvivier sugere que Vinicius de Moraes, ao lado de Tom, na foto, também deveria ser lembrado em uma escultura que o mostraria andando, tal qual a cena original da Manchete.
De autoria do fotógrafo Carlos Kerr, essa imagem já clássica foi publicada na Manchete inúmeras vezes. A edição especial Manchete 45 anos destacou e o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" reproduziu a encontro.
O Globo, infelizmente, credita a foto ao "Arquivo". Embora "Arquivo" seja um "fotógrafo" muito atuante e, provavelmente, um dos que mais assinam mais fotos na mídia e em livros, registre-se que Tom e Vinícius posaram para Carlos Kerr em Brasília, em 1958, nas imediações do Catetinho, uma construção em madeira que era a casa e escritório de JK quando o então presidente visitava a capital em obras.
Em fevereiro de 1958,  JK havia encomendado a Tom e Vinícius uma peça musical em homenagem a Brasília. Logo depois, Oscar Niemeyer convidou a ambos para conhecer a cidade em construção, que seria a fonte de inspiração de "Brasília - Sinfonia da Alvorada".
Manchete cobriu com exclusividade o tour do músico e do poeta, que gravaram a sinfonia em 1960. A peça deveria ter sido apresentada na solenidade de inauguração de Brasília em uma grandioso espetáculo de som, luzes e efeitos especiais. Às vésperas da festa, o espetáculo foi cancelado. Conta-se que JK já acossado pela oposição por denúncias de corrupção durante as obras da nova capital recusou-se a pagar o alto preço cobrado pelos produtores franceses do megashow de "son et lumière".
O público só viria a conhecer trechos da "Sinfonia de Brasília durante um programa na TV Excelsior, em São Paulo, em 1966.
Com o golpe que implantou a ditadura militar, JK e tudo o que a ele se referia caíram no limbo da intolerância política.
Só em 1986, com a saída dos generais-ditadores, Brasília conheceu sua música em um concerto na Praça dos Três Poderes.
Assim aconteceu e assim viraram história Tom, Vinícius e a foto de Carlos Kerr.

Segundo a nota do Globo, o escultor Edgar Duvivier sugere que uma estátua de Vinícius seja colocada ao lado de Tom, completando a cena da foto original e histórica de Carlos Kerr para a Manchete

Em outra foto de Carlos Kerr publicada pela Manchete (reproduzida a edição especial Manchete 45 anos) Vinicius e Tom, na mesma ocasião, recostados em uma árvore do cerrado do Planalto Central. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Martins, do Novo Mundo, nas páginas do Globo


por Gonça
Olha o homem aí no Segundo Caderno do Globo. Deu na coluna Gente Boa, hoje assinada por Cleo Guimarães. Antonio Martins Loureiro, 72 anos, o Martins do Novo Mundo. Barman que viu passar pela luz difusa do bar (hoje ele atende no mezzanino, mas estou falando do terrítório escurinho, com poltronas largas e verdes, mesas redondas com tampo de mármore, balcão de couro também verde, com um certo jeitão de pub) presidentes, políticos, artistas da TV, e gerações de jornalistas da Manchete, estes, simples artistas da vida. Na coluna, Martins lembra que o consumo de drinques mudou: "Servia muito Dry Martini, Cuba Libre e gin tônica", hoje o pessoal só pede uísque, cerveja e caipirinha". Recetemente, como este blog publicou, um grupo de ex-funcionários da Bloch voltou ao Novo Mundo e reencontrou o caríssimo Martins, um autêntico personagem do Rio.