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sexta-feira, 20 de março de 2020

Fotomemória: Elis Regina, a voz de um cometa. Por Guina Araújo Ramos

Elis Regina no ensaio do show Transversal do Tempo - Rio, 1978 - Foto Guina Araújo Ramos

por Guina Araújo Ramos 
Neste difícil momento em que o Brasil, com a chegada ao país de uma pandemia, entra numa espiral que talvez seja mortal para muitos brasileiros, que seja também tempo de relembrar alguém que, vivendo a vida intensamente (que “viver é melhor que sonhar”), teria feito, neste 17 de março de 2020, exatos 75 anos: uma das nossas grandes vozes, Elis Regina, a “Pimentinha”, entre tantos outros epítetos elogiosos que mereceu.

Quem sou eu para “biografar” Elis Regina, uma estrela no luminoso céu da música popular brasileira... Diria apenas que, diante da rapidez e do brilho de sua trajetória, talvez seja mais preciso dizer que Elis Regina foi, para mim e para o Brasil, um verdadeiro cometa.
Conto abaixo apenas a parte que me coube do contato com esta luminosa presença musical.
Fotografei Elis Regina apenas uma vez, e não frente a frente mas à distância. Foi dos fundos da plateia vazia do Teatro Ginástico, no Centro do Rio de Janeiro, durante um ensaio do show Transversal do Tempo, que estrelou no bem muito distante ano de 1978.
O material publicado creio que se resumiu a esta curiosa foto em que Elis Regina canta quase esparramada no chão do palco do teatro, sentada à frente de uma estrutura de andaimes metálicos, usando um terno masculino, que lembra uma roupa de morador de rua.


Interessante que o crítico da Fatos & Fotos, onde foi publicada a matéria, não gostou nem um pouco do visual do show. Destacou a qualidade da intérprete e do show, “o melhor de Elis”, mas arrasou com a proposta do cenário, “o pior visual que um show poderia ousar”.

De minha parte, achei ótimo poder fazer uma imagem assim inusitada, ao menos para quem não viu o show. E conseguir pegar, por conta da espontaneidade dela, uma expressão tão vivaz de quem levou tão intensamente a vida.

Ou seja, Elis Regina (se) saiu muito bem na foto.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Fotomemória: Alcione, a boneca Marrom. Por Guina Araújo Ramos

Filha de maestro, Alcione é cantora e instrumentista. Acima, performance no trompete, em 1978.
Foto de Guina Araújo Ramos. 

por Guina Araújo Ramos 

De repente, fico sabendo que hoje (ontem), 21/11, é dia do aniversário, 72 anos, de Alcione, a Marrom, cantora e compositora de muito sucesso, em todo o Brasil, há décadas.
Bom motivo para trazê-la aos Bonecos da História!
Tive apenas duas oportunidades de fotografar a Marrom.
A primeira, em 23/10/1979, em show bastante elaborado que suponho ter acontecido no Canecão, e o fiz para a Bloch Editores, quase certamente (porque em preto e branco) para a revista Amiga.
Por algum motivo estranho (porque não era comum) restaram nos meus arquivos vários negativos do show, praticamente a cobertura completa, com Alcione usando vários vestidos e em várias performances, incluindo o momento em que toca trompete, o que nunca vi alguma outra cantora brasileira fazer.
Alcione na Mangueira do Futuro - Rio, 1992 - Foto Guina Araújo Ramos

Volto a encontrá-la somente em 1992 e em condições muito distintas. À época, eu trabalhava para Notícias Shell, veículo corporativo da multinacional, que patrocinava um projeto esportivo na Vila Olímpica da Mangueira, justamente a escola de samba do coração de Alcione. Do evento, em que apoiava a causa e também era homenageada, me restaram dois slides sem muita expressão (e coloco aqui o melhor deles).

MAIS FOTOS NO BLOG BONECOS DA HISTÓRIA, CLIQUE AQUI


domingo, 23 de junho de 2019

Fotomemória: uma lente sobre os caminhos de Chico Buarque. Por Guina Araújo Ramos

por Guina Araújo Ramos (do blog Bonecos da História)

No dia 19 de Junho de 2019, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no Brasil foi o aniversário de 75 anos de Chico Buarque. Parece que a grande maioria dos brasileiros se sente um pouco amigo de infância de Chico Buarque, até porque há muita História nisso... Eu, por exemplo, comecei a me interessar por Chico Buarque de Hollanda por volta dos meus 15 anos de idade, meados da década de 1960. O primeiro motivo foi, certamente, o espanto que me causou a música “Pedro Pedreiro”, com a sua estranha letra, meio minimalista na forma e meio absoluta no conteúdo.


Chico Buarque, Canecão, Rio - Foto: Guina Araújo Ramos, 1993

Pouco depois, lá estava ele nos “festivais da canção”, com praças e sabiás, quase sempre ganhando, sempre se destacando, aparecendo de forma brilhante naquele belo momento da cultura musical brasileira, já na defesa de uma produção musical independente em relação à poderosa indústria cultural americana, este poder que vinha de longe no país e que, nas décadas seguintes, o dominaria completamente.


Chico Buarque - Rio, 1978 - Foto Guina Araújo Ramos
Ainda nesse tempo, no conturbado ano de 1968, me envolvi com um dos seus belos produtos musicais, embora sobre texto alheio: participei da montagem de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, realizada pelo grupo de jovens da igreja de São Geraldo, no subúrbio carioca de Olaria, com Perfeito Fortuna no papel principal, e desde logo me ficou evidente que a música de Chico Buarque dava trabalho...
Envolvido com a sua obra, de certo modo o acompanhei (e a Marieta Severo) em seus tempos de exílio romano, vítimas todos nós da imbecilizante violência social imposta pela ditadura civil-militar do Golpe de 1964, ancorada, a partir de 1968, no AI-5, o maior asfixiador cultural que o Brasil já sofreu.
No final da década de 1970, então, é que minha trajetória profissional ganha, pretensiosamente, um ponto de contato tangencial à dele. No que entrei para a Bloch Editores, em 1977, e passei a fotografar para suas coloridas revistas, eis que, um dia (digo, uma noite) lá fui eu fotografar um show de Chico Buarque. Não tenho mais nenhum registro de quando e onde, mas tenho quase certeza de foi em 1978 e no Canecão. Nos meus sofridos arquivos, restou apenas uma foto, um slide, que recuperei até onde foi possível. Ainda neste período, em aproximação indireta, fotografei, em 1978, a primeira montagem da Ópera do Malandro, no Teatro Ginástico, no Centro do Rio, mas disso não tenho fotos.


Chico Buarque chega ao Ato - Lapa, Rio - Foto Guina Araújo Ramos, 2018

Só voltamos a nos encontrar pessoalmente quando Chico Buarque, retornando aos palcos, iniciou a temporada do show com as músicas do disco Paratodos, em 1993, de acordo com as parcas anotações nas minhas fotos. De novo, a convicção é de que este encontro aconteceu (embora não garanta e nem consegui confirmar) no Canecão, à época o mais importante palco musical do Rio de Janeiro, ele no palco, eu no “gargarejo”, entre as mesas da plateia e beira do palco... Destas fotos (para também não sei mais qual empresa jornalística) ficaram algumas sobras, também muito desgastadas pelo tempo.



Chico Buarque e Marieta Severo - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018

Longas parábolas mútuas nos separaram no tempo. Apenas fotograficamente, é óbvio, que sempre diziam que jogava futebol (nisso, nunca achei que fosse tão bom assim) e que cada vez ficava melhor a sua impressionante obra, ampliada da Música e do Teatro para a Literatura, e logo para o Cinema. Nesse período, creio que o melhor exemplo do grau de criatividade que atingiu e que reconheci ficou marcada na preciosidade do livro e filme “Budapeste”.



Chico Buarque no Ato da Virada - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018
Este reencontro, porém, ocorreu em outro tipo de espaço, não mais no palco da música, mas no da política. Entre tantas presenças marcantes na Lapa, Rio de Janeiro, em 23/10/2018, no chamado “Ato da Virada, Brasil pela Democracia”, na prática o derradeiro comício da campanha de Fernando Haddad à Presidência da República, lá estávamos nós, 25 anos depois: o mesmo Chico Buarque, agora mais curtido, mais grave, sempre lúcido, sempre combativo, exemplo de cidadão na defesa da democracia brasileira, e eu, já aposentado como fotojornalista, mas sempre disposto a registrar em fotos as minhas vivências.
Além da admiração pela sua postura política justa e serena,aumenta cada vez mais uma profunda admiração pela obra musical e literária, acima da média do panorama cultural brasileiro, em quantidade e qualidade. Não por acaso, Chico Buarque volta às mídias neste ano de 2019, ao ganhar, merecidamente, o Prêmio Camões de Literatura, para alegria de portugueses e brasileiros.
Não sei comparar, mas, se vamos por aí e se o Prêmio Nobel de Literatura de 2016 levou em consideração apenas as letras das canções do cantor e compositor Bob Dylan, estou desconfiado que Chico Buarque de Hollanda tem boas chances, embora se fale nas possibilidades de Lula, de ganhar neste ano mesmo o nosso primeiro e tão demorado Prêmio Nobel...

    quinta-feira, 2 de maio de 2019

    Beth Carvalho (1946-2019) - O povo na voz e na imagem - Por Guina Ramos

    Beth Carvalho, 1979. Foto de Guina Ramos

    Beth Carvalho, 1979. Foto de Guina Ramos

    Apenas uma vez as nossas trajetórias se cruzaram, em uma entrevista realizada em sua casa (e não me lembro mais onde), principalmente porque, embora acompanhando a sua carreira pelas mídias, poucas vezes cobri (e muito pouco circulei por) rodas de samba.

    Mas, agora, neste 1º de Maio, entre tantos outros motivos de sofrimento para o povo brasileiro, com a tristeza generalizada da perda de uma das figuras mais queridas da Música Popular Brasileira (ou, mais precisamente, do samba carioca), busco, emocionado, este reencontro com Beth Carvalho.

     Estas fotos (slides, 35mm) são de 1979, dos meus tempos de Bloch Editores, o que explica o estado de suas cores, o tom geral tendendo para o amarelo, e com tantas invasões de magenta e pontos pretos, embora boa parte deles eu tenha retirado com o Photoshop...

    Estas fotos devem ter sido feitas, muito provavelmente, para publicação na Manchete, ainda que nada impedisse de serem repassadas à revistas Amiga ou Sétimo Céu, que também publicavam fotos coloridas. Ou que tenha acontecido algum dos possíveis vice-versas... Restaram comigo estas duas, e não tenho mais qualquer noção das condições nem dos motivos desta seção de fotos.

    É curioso que sejam dois “closes” tão assemelhados, mas o estilo pode ser resultado de uma demanda da redação, pois muitas vezes os editores, especialmente em revistas, instruíam o fotógrafo sobre qual tipo de imagens pretendiam para a matéria.

    Este é apenas um registro pessoal, como tantos colegas o fizeram (e em geral com mais qualidade), mas desde já com grande sentimento de saudade. As fotos relembram, para mim (e espero que para todos), não só a beleza e a simpatia da cantora, também seu intuitivo charme como modelo fotográfico.

    Afinal, o que importa mesmo é a emocionante trajetória de Beth Carvalho, a sua firmeza no apoio aos artistas do povo, de quem era "madrinha", a sua defesa das causas dos mais necessitados na sociedade brasileira.

    E, muito mais do que através das minhas fotos, é com esta presença que Beth Carvalho ficará na lembrança do povo brasileiro.

    (por Guina Ramos, do blog Bonecos da História)

    sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

    Fotomemória: O retorno do guerreiro que a História tornou Herói da Pátria

    Aeroporto do Galeão, Rio, 10 de setembro de 1979: a revogação do AI-5, em dezembro de 1978,
    abriu caminho para a volta dos exilados. Entre eles, Miguel Arraes, que fez seu primeiro discurso
    cercado pela imprensa e apoiadores. Foto de Guina Ramos. 

    Miguel Arraes. Foto de Guina Ramos

    por Guina Ramos (do blog Bonecos da História)

    Esta semana, mais uma vez, misturaram-se, em comemorações, os conflitantes sentidos da História do Brasil.

    Hoje (ontem), em especial, é uma data de chumbo... É a “comemoração” dos 50 anos de decretação do AI-5, o mais pesado dos Atos Institucionais da ditadura civil-militar do Golpe de 1964. O governo, ao pretender calar por completo a oposição ao regime, através da ampla prisão de opositores e fechamento do Congresso Nacional, acirrou a luta pelo retorno da democracia, que atravessara o ano com manifestações de rua e atos de contestação, instigando a reação armada de grupos políticos na clandestinidade, firmemente combatidos por ações repressivas, incluindo torturas e mortes. Eis que, agora, com apoio de importantes setores da sociedade, a eleita "nova" classe política brasileira quer um retrocesso de 50 anos, o retorno àquela situação asfixiante que o país vivia...

    Ontem, por outro lado, um dos grandes perseguidos daquela ditadura, preso nos primeiros momentos do golpe de 1964, o então governador do estado de Pernambuco, Miguel Arraes (que, aliás, faria 102 anos neste 15/12/2018), teve o seu nome gravado no livro de aço dos Heróis e Heroínas da Pátria, junto a mais 20 personalidades e políticos do país (inclusive, neste Bonecos da História, o ex-governador Leonel Brizola).

    Fotografei o ex-governador de Pernambuco apenas uma única vez, para a revista Manchete, quando do seu retorno do exílio na Argélia, em seu desembarque no aeroporto do Galeão (hoje, Tom Jobim), em 10 de Setembro de 1979, no correr de uma sequência de retornos de políticos brasileiros ao país.

    Miguel Arraes, cercado pela imprensa e por apoiadores, fez o seu primeiro discurso de retorno do exílio no próprio saguão do aeroporto do Galeão, envolvido por centenas de pessoas que se mantiveram sentadas no chão para ouvi-lo.

    Restaram-me do momento apenas estas duas fotos, uma delas sofridamente escaneada...

    LEIA NO BLOG BONECOS DA HISTÓRIA, AQUI

    quarta-feira, 5 de setembro de 2018

    Armando Rozário: detalhes do processo contra a Manchete, que se tornou referência na luta pelo direito autoral do fotógrafo


    Ontem, no texto-homenagem "Armando Rozário: do outro lado do mundo", publicado aqui e no blog Bonecos da História, o fotojornalista e escritor Guina Araújo Ramos cita o processo que Rozário moveu contra a Manchete e que se tornou um marco na defesa dos direitos autorais dos fotógrafos brasileiros.

    Aquele caso envolveu uma foto hoje histórica de Júlia Kubitschek, mãe de JK. Mas faltava detalhar o episódio. O próprio Guina saiu em busca de mais informações e recebeu de Luiz Ferreira reportagem publicada em 2003 na revista Photo Espaço, da Associação Brasileira de Arte Fotográfica (ABAF), em que Armando Rozário explica direitinho a história da famosa foto da mãe do JK.

    A seguir, as digitalizações da entrevista que ele concedeu a Luiz Ferreira, também autor das fotos de capa e abertura da matéria, com texto de apresentação de George Racz.

    Na terceira reprodução abaixo, página 10 da Photo Espaço, estão a foto da D. Júlia que, aos 98 anos tornou-se pivô de uma questão de direitos autorais, e a história do processo que começou em 1968 e foi até o Supremo Tribunal Federal onde, em 1977, Rozário finalmente venceu a questão. Foi a primeira vez que o STF deliberou sobre o direito autoral de um fotógrafo.





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    Para ampliar, clique nas imagens

    quinta-feira, 9 de agosto de 2018

    Fotomemória: Caetano, Gal, Bethânia: registros de Guina Ramos para a revista Amiga...

    Caetano Veloso e Gal. Foto de Guina Ramos, 1978. 
    No blog Bonecos da História, Guina Ramos documenta sua trajetória nos principais veículos de comunicação do Brasil. 
    Na semana em que Caetano Veloso comemora 76 anos (dia 7/8) , o escritor e fotojornalista publica algumas imagens feitas em 1978 e estampadas na revista Amiga: Caetano e Maria Bethânia em show no Canecão (que resultou em antológico álbum gravado ao vivo); e Caetano e Gal durante ensaio para a turnê que a dupla faria na Europa. Naquele ano, Gal também preparava um disco histórico: Gal Tropical, que foi lançado em 1979.

    Veja mais fotos e a matéria completa AQUI 

    terça-feira, 3 de julho de 2018

    Fotomemória - Chacrinha por Guina Ramos

    Chacrete e Chacrinha, TV Tupi, Cassino da Urca, 1978.
    Foto de Guina Araújo Ramos

    por Guina Araújo Ramos  (do blog Bonecos da História)

    Este domingo, 01/07/2018, marca 30 anos da morte do “comunicador” Chacrinha (Abelardo Barbosa, que, aliás, teria feito 100 anos em 2017), e eu só fico sabendo disso porque me apareceu uma rememorativa postagem no Facebook, não por acaso do jornalista Denílson Monteiro, autor de “Chacrinha, a biografia”, livro de 2014 (também disponível em e-book).

    O fato é que se Chacrinha continua na memória do povo, talvez seja porque resumiu em sua tão absurda quanto surrealista arte o incompreensível espetáculo que é este país, Brasil.
    E continua vivo nos palcos, assumido pelo ator Stepan Nercessian, que encarna sua irreverência num espetáculo que circula pelo Brasil e deve virar filme em 2019, intitulado, muito simplesmente, "Chacrinha, o musical".

    Que ninguém estranhe ver Chacrinha, nesta série Bonecos da História, de costas para o distinto público do blog!...

    Tive a subida honra (e o grande divertimento) de fotografar algumas das Discotecas do Chacrinha no final dos anos 1970, ainda TV Tupi, no Cassino da Urca, em preto-e-branco para a revista Amiga e em cor para Sétimo Céu, trabalhando para a Bloch Editores.

    O próprio programa era um espetáculo!... Começava pelas longas filas de ansiosos espectadores, seguia pelos camarins congestionados de artistas, jornalistas e técnicos, e se expandia pelo auditório circular, que engolfava um palco ainda mais congestionado: grandes câmeras de TV, dois grupos de Chacretes, contrarregras e grupos musicais, jurados em seus postos etc...

    Centralizando toda esta loucura, o inabalável Chacrinha, sempre brilhante em suas espantosas vestimentas repletas de lantejoulas e de penduricalhos, nesta época ainda nem tanto, mais tarde incluindo a buzina, o disco telefônico, a cartola de cano alto, os óculos de aros grossos, sempre com os gestos largos com que provocava os fãs da plateia, quando não jogava um bacalhau ao léu...

    Não me restaram mais do que estas duas fotografias, de todas estas coberturas da Discoteca do Chacrinha que fiz (e que dependiam das atrações da semana), de uma das quais retiro este boneco de costas. Mas, talvez evidenciando o motivo por que guardei apenas estas fotos, entre tantas que foram parar (e sumir) no desaparecido arquivo da Manchete, publico as duas fotos que me restaram...

    VEJA MAIS FOTOS DE CHACRINHA POR GUINA ARAÚJO RAMOS 
    NO BLOG BONECOS DA HISTÓRIA, CLIQUE AQUI

    sexta-feira, 1 de junho de 2018

    Dos arquivos de Guina Ramos - Erasmo Carlos nas esquinas de Ipanema em 1978...


    Erasmo Carlos, Ipanema, 1978. Foto de Guina Araújo Ramos.

    Reprodução da matéria da Fatos & Fotos. Erasmo lançava a música "Pelas esquinas de Ipanema". 

    O blog Bonecos da História, editado pelo fotojornalista e escritor Guina Araújo Ramos, publica hoje antigas fotos de Erasmo Carlos. Em uma delas, o cantor posa na Visconde de Pirajá, em Ipanema.

    Seguindo os passos da canção "Pelas Esquinas de Ipanema", com trechos que relatam uma caminhada pelo bairro (Caminhar… caminhar… caminhar/Pelas esquinas/Caminhar… caminhar… caminhar/Pipi-dogs, lanchonetes/Jet-sets e ressacas/ Best sellers, discothéques/Bus-stop e pivetes/Copertone e blue jeans/ Big shots e Jobins etc) Guina retratou o Tremendão para uma matéria da Fatos & Fotos, em 1978, ano de lançamento daquele LP.

    Bonecos da História revisitou seus arquivos motivado pela presença de Erasmo Carlos na mídia, hoje, 40 anos depois. O cantor, que comemora 77 anos no dia 6 de junho, está lançando um novo álbum - "Amor é isso". E também está nos cinemas: estreou ontem o filme "Paraíso Perdido", dirigido por Monique Gardenberg, com Marjorie Estiano, Seu Jorge, Humberto Carrão, Hermila Guedes e Júlio Andrade, onde Erasmo faz o papel do dono da boate Paraíso Perdido.

    Veja a matéria completa no Bonecos da História, clique AQUI 

    sábado, 31 de março de 2018

    Livro "Bonecos e Pretinhas", do escritor e fotojornalista Guina Ramos, ex-Manchete, inspira novo blog




    "Bonecos e Pretinhas", o mais recente livro do escritor Guina Araújo Ramos, fotojornalista que trabalhou na Manchete, no Jornal do Brasil, entre outros veículos da grande mídia, é apresentado como "uma novela-reportagem ilustrada que conta a história (em 81 páginas de texto e através de mais de 300 fotos)  do reencontro (e possível encontro) de um casal de já quase históricos jornalistas. O livro agora ganha a extensão digital "Bonecos da História", blog que revisita a trajetória do autor.


    Uma das publicações mais recentes relata uma matéria que Guina Ramos fez para a Manchete, em dupla com o jornalista Marcelo Auler, em 1978. sobre a atuação da igreja progressista com base na histórica Teologia da Libertação. Veja AQUI
    O novo blog também já publicou esta rara foto de Raul Seixas com a filha Scarlet, assinada por Guina Ramos e reproduzida de uma matéria da revista (no link ) Sétimo Céu
    E uma foto de João Gilberto feita para a (no link) Amiga, em 1979. 

    sábado, 9 de dezembro de 2017

    Guina Ramos lança livro com mais de 300 fotos



    Mensagem de Aguinaldo Ramos, fotógrafo que trabalhou na Manchete

    "Neste domingo, 10/12, a partir das 16h, participarei do FIM - Fim de Semana do Livro no Porto - Praça Mauá, no Espaço dos Escritores Independentes, ​com o lançamento (mais um!) do livro "Bonecos e Pretinhas" (ou, mais precisamente, Neste domingo, 10/12, a partir das 16h, participarei do FIM - Fim de Semana do Livro no Porto - Praça Mauá, no Espaço dos Escritores Independentes, ​com o lançamento (mais um!) do livro "Bonecos e Pretinhas" (ou, mais precisamente, "[O dos] Bonecos e [a das] Pretinhas".)

    "Bonecos e Pretinhas" é uma novela ilustrada, com 81 páginas de texto e mais de 300 fotos, que conta a história do reencontro (e do possível encontro...) de um casal de (quase) históricos jornalistas, em meio a uma indecifrável oscilação entre Niterói e Rio de Janeiro e dentro do panorama geral do país.

    Estando, porém, no FIM, e dada a gravidade do momento nacional, faz-se necessário relembrar o que já foi publicado: "2112 ...é o fim!", o livro que traça "uma espécie de painel do i(ni)maginável futuro do Brasil", através de crônicos contos que "descrevem" os próximos 100 anos, baseados estruturalmente em importantes obras literárias e exemplares acontecimentos históricos. Em suma, "o Brasil caindo nos contos de um futuro mal passado"...

    Estes e todos os meus demais livros, todos publicados por Guina &dita, estarão, no atacado e no varejo, juntos com todos nós, no FIM!
    Nos vemos lá!

    Guina Araújo Ramos

    sexta-feira, 24 de junho de 2016

    Guina Ramos lança livro "Personagem Cabal" na Feira Cultural de fotografia


    O escritor e fotojornalista Aguinaldo Ramos, o Guina Ramos, lança o livro "Personagem Cabal" na Feira Cultural da Fotografia, no próximo domingo, dia 26, nos jardins do Museu da República, no Catete. No livro, 100 fotos e textos fracionados constroem e unificam a trajetória do "Personagem"
    Já há seis anos, sempre no último domingo de cada mês, o espaço embaixo das palmeiras do histórico Palácio do Catete recebe a Feira onde fotógrafos montam barracas e painéis para expor seus trabalhos. "Apareçam! Não só por 'Personagem Cabal", também para curtir um dos lugares mais simpáticos e tradicionais do Rio de Janeiro, um daqueles que não queremos perder jamais! Estarei lá das 11h às 15h, e talvez um pouco mais, tendo como ponto de referência o espaço do Buriti Sebo Literário, com seu precioso acervo de livros de Fotografia, uma das especialidades do parceiro fotógrafo-livreiro Marcos Cunha", avisa o ex-Manchete Guina Ramos.

    EM VÍDEO, GUINA RAMOS APRESENTA SEU "PERSONAGEM CABAL". CLIQUE AQUI

    DURANTE A RECENTE FEIRA LITERÁRIA DE SANTA TERESA (FLIST), GUINA RAMOS FEZ UMA PALESTRA SOBRE O FOCO LITERÁRIO DO SEU TRABALHO. CLIQUE AQUI


    sábado, 7 de maio de 2016

    Guina Ramos convida para lançamento do livro "Personagem cabal", no Lapalê, hoje, nos Arcos da Lapa


    * Aguinaldo Ramos, escritor, pesquisador e fotógrafo que atuou na Manchete, JB, Veja, Folha de São Paulo e Estadão. É um dos ganhadores do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia - Funarte, 2010. Publicou os seguintes livros: "2112 ...é o fim!" (2013) e “Rio Só de Amores” (2014), contos, e “A Outra Face das Fotos” (2014), memórias.

    sábado, 16 de abril de 2016

    Pequena declaração ​de princípios (e de continuidades) [Aos amigos que não encontro no Facebook]

    por Aguinaldo Ramos 
    Quando o golpe de 1964 ocorreu eu tinha 13 anos, morava perto da refinaria da Petrobras, em Duque de Caxias e, de diferente, notei apenas as tropas do Exército pelas redondezas.

    Em junho de 1968, quando da "passeata dos 100 mil" e outras, eu, aos 17 anos, morava em Olaria, nos subúrbios do Rio, e acompanhei pelos jornais.

    A partir daí, convivendo com a turma de jovens da igreja local, fui me inteirando da situação. Vieram o AI-5 e o governo Médici e, de repente, eu trocava a pretensão de ser engenheiro pela curiosidade das Ciências Sociais e entrava, em 1971, para o IFCS/UFRJ.

    Em 1973, com ainda mais curiosidade sobre a sociedade humana e depois de uns 15 colegas serem presos durante as férias, saltei fora da universidade e tentei, com parceira e amigo, ir de carona até o Chile de Allende. Por falta de dinheiro e, talvez, premonição dos perigos, voltamos de Mendoza, a 100 km da fronteira chilena...

    A partir de 1977, fui fotojornalista na Manchete (e outras revistas da Bloch) e no Jornal do Brasil, freelancer na imprensa após 1986 e para empresas no correr dos anos 1990. Em todo esse tempo a minha postura diante de protestos ou arranjos, de lutas ou acordos, sempre foi a da maior "neutralidade" possível: dava atenção à imagem e não às ideias.

    Da virada dos anos 2000 para cá, à medida que ressurgia em mim a necessidade de refletir (e de escrever) sobre a convivência humana, fui me envolvendo com (e opinando sobre) temas próximos, até ficarem evidentes os princípios que buscava desde o início:  SOMOS TODOS IGUAIS NESSA TERRA E É ASSIM QUE DEVEMOS CONVIVER.

    Nos últimos anos, as condições sociais e políticas do Brasil me apontaram que a nossa desigualdade social é não só injusta, mas também praticamente insuportável, tanto para quem a sofre quanto para quem tenha consciência disso. E também me indicaram que só a superação dessa desigualdade social trará paz, desenvolvimento, soberania e, em última instância, felicidade ao povo brasileiro.

    Então, hoje, me percebo (e me sinto contente de ser) um cada vez mais intenso ativista político (e social, e cultural etc), entendendo cada vez mais a necessidade de, na medida do possível, estar presente nos atos que constituem a luta por avanços sociais, desde a paciente atuação cotidiana até a emocionante presença em momentos coletivos.

    Se a luta é árdua, se há quem não a entenda ou se há os que apenas defendem o seu pequeno mundo, paciência... Importante é que aprendi que essa perspectiva é justa, é construtiva, é libertadora. E, melhor ainda, é que nesta caminhada tenho encontrado companheiros que enquanto me trazem fé e alegria, vão se tornando queridos.

    Sobre a foto: A selfie foi feita no Largo da Carioca, em 31/03/2016, durante manifestação contra a ameaça de golpe político-jurídico-midiático em curso no Brasil. A camisa azul, além de indicar que a democracia tem todas as cores, é uma homenagem à comunidade de Vila Autódromo, por sua resistência contra o poder econômico da especulação imobiliária, que lhes é imposta pela Prefeitura do Rio. A camisa vermelha, levada como alternativa, foi improvisada sobre a cabeça, como proteção por conta de uma gripe insistente. Os cabelos brancos são uma espécie de registro desta trajetória. As bandeiras ao fundo dão a localização dessa luta: o povo do Brasil é a referência.

    segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

    "A outra face das fotos": no livro do fotógrafo Aguinaldo Ramos, que trabalhou na Manchete e no JB, a vida por trás das imagens...


    O autor de "A outra face das fotos", revela a história surpreendente dessa foto que foi publicada na revista Fatos & Fotos. Foto de Aguinaldo Ramos reproduzida do livro "A outra face das fotos"

    Foto de Aguinaldo Ramos reproduzida do livro "A outra face das fotos"

    Brizola, 1982. Foto de Aguinaldo Ramos reproduzida do livro "A outra face das fotos" 
    por José Esmeraldo Gonçalves
    A fotógrafo Aguinaldo Ramos lançou recentemente o livro “A Outra Face das Fotos – Reminiscências e elucubrações sobre a arte e a prática do fotojornalismo”. No texto de apresentação, o autor define o livro como “uma recuperação afetiva” do tempo em que trabalhou como fotojornalista na imprensa carioca. Aguinaldo conta que, depois de fazer os cursos básicos do Senac e de um período como assistente do fotógrafo Marcelo Ribeiro, em Niterói, encarou o “vestibular” que era o processo de seleção de candidatos ao Curso Bloch de Fotografia. A comparação não tem nada de exagerada: eram cerca de 850 postulantes a 30 vagas e, destes, apenas dez eram convidados a um estágio de três meses na editora. Aguinaldo acabou trabalhando por quase uma ano para as revistas Fatos&Fotos, Manchete, Amiga, Manchete Esportiva, Desfile, entre outras publicações da Bloch. “Foi uma experiência marcante”, diz. “Estava cercado por expoentes da Fotografia, a começar pelo chefe, Gervásio Batista, hoje o decano do fotojornalismo brasileiro, e mais Indalécio Wanderley, Antonio Rudge, Gil Pinheiro, Sérgio de Souza e os mais novos e já prestigiados Frederico Mendes e Carlos Humberto TDC, entre muitos outros, e lamento não citar cada um”, completa.  
    O passo seguinte, após a temporada nas redações do Russell, foi o Jornal do Brasil, onde trabalhou durantes seis anos, até 1986, quando deixou o jornal para abrir uma agência de fotografia, a Fotossíntese, através da qual prestou serviços ao Estadão, Folha, IstoÉ, Veja e outros veículos, antes de se fixar no mercado corporativo. Atualmente, Aguinaldo volta-se para os interesses acadêmicos e literários, “que ajudaram a resultar neste livro”, explica. Em um dos capítulos, Aguinaldo revela um dilema relativamente comum entre os fotógrafos: interferir ou não no objeto ou situação fotografada.  Mas não é apenas uma questão de fotógrafos. Há casos folclóricos de repórteres que fantasiaram excessivamente suas narrativas. 
    Enquanto lia “A outra face das fotos”, lembrei-me de um caso que o tempo tornou mais engraçado do que criticável.  

    Folclore de redação: uma questão de ética ou de etílico?

    Certa vez, um repórter de muita imaginação e teor alcoólico eventualmente acima do resto da humanidade viajou para a Amazônia e o Centro-Oeste. Sua pauta era a vida nos garimpos ilegais. O parceiro era um fotógrafo brilhante que sofria de surdez quase total mas se recusava a usar aparelho auditivo. A dupla ficou fora por mais de duas semanas, o que era normal, mas inteiramente fora de contato, o que era preocupante. Quando finalmente eles voltaram e entregaram texto e fotos, o editor ficou intrigado: estavam lá as cenas do garimpo, alguns depoimentos, imagens das bombas hidráulicas que reviravam o fundo dos rios, barracos, garimpeiros preparando o rango, mas especialmente nos trechos mais dramáticos (garimpos ilegais costumam ser ambientes extremamente violentos e precários) as fotos não combinavam em nada com a reportagem. Como o repórter alegou que estava com uma perna machucada e pediu dois dias de folga, o editor recorreu ao fotógrafo em busca de explicações. Este, relutante, disse que nada vira e, claro, nada ouvira. Não quis “entregar” o colega, mas deu a entender que algo não tinha corrido muito bem. Normalmente, em matérias nessas regiões de difícil acesso, a equipe solicitava algum apoio logístico a órgãos federais ou estaduais, além de entrevistar autoridades responsáveis pelo problema ou tema focalizados. Uns dois dias depois da volta da dupla, um secretário de governo liga para a redação preocupado porque o repórter que o entrevistou lhe pareceu extremamente “alegre”, além de não ter anotado nada. O fato de o tal secretário ter ligado apenas para o editor da revista, e não para um dos diretores, somado à boa imagem do repórter (sóbrio, era um excelente profissional) contribuiu para aliviar a situação, ninguém foi demitido, mas a reportagem não foi publicada. O jornalismo perdeu, então, um eletrizante relato do repórter, com tons de Hemingway,  contando como esteve encurralado no meio de uma ponte de madeira pelo tiroteio entre grupos rivais de garimpeiro. Segundo ele, os garimpeiros usavam fuzis M-16, não por acaso as armas adotadas pelos marines na guerra do Vietnã. O repórter, segundo o texto, ainda foi sequestrado e mantido em um cativeiro, na verdade um buraco cavado na floresta, onde passou três dias comendo apenas tapioca. Havia na matéria uma personagem, uma “prostituta linda”, que seria uma americana procurada pela Interpol e que havia se apaixonado por um garimpeiro que, por sua vez, era ex-guerrilheiro do Sendero Luminoso. A "matéria" era ótima, dava um filme, prendia o leitor desde a primeira linha. Infelizmente, não havia câmera capaz de captar as cenas tão imperdíveis quanto imaginárias. Além disso, onde estaria o fotógrafo? Segundo a versão que se espalhou depois pelos corredores, tentando convencer o repórter a deixar a “marvada” de lado e apurar o mínimo que fosse da “vida no garimpo”.  
    Era conhecida também a tática de um outro fotógrafo que costumava ser escalado para cobrir consequências de enchentes e desabamentos e levava na mochila uma boneca meio desgrenhada,  já previamente enlameada. No local, assim como quem não queria nada (apenas uma foto de abertura) deixava a boneca cair na ribanceira. Depois, era só enquadrá-la em primeiro plano, com a devastação ao fundo. Em graves acidentes, uma ligeira mexida na cena ajudava a dramatizar a imagem: um par de sapatos, um pé caído, o outro improvavelmente pousado no asfalto à frente do carro, ônibus ou trem destruído garantiam a composição e a profundidade da foto. São “causos” que viraram “lendas urbanas” contadas e recontadas no Lamas, no Capela, no Planalto e outros bares frequentados pela rapaziada que trabalhou na Manchete.

    O 'morto' muito vivo na foto de abertura 

    No livro, Aguinaldo Ramos dá sua contribuição ao chamado folclore de redação. Ele conta que ao fazer uma reportagem sobre criminalidade para a Fatos & Fotos percorreu a Baixada Fluminense e o subúrbio do Rio durante dois ou três dias sem conseguir uma cena impactante. “No dia do fechamento,” – relata – “mais uma vez, saímos em direção a Nova Iguaçu. Chegando à Avenida Brasil, o repórter (e vamos deixá-lo incógnito...) indicou ao motorista: ‘Vira aí, vamos para a Quinta da Boa Vista’. (...)  “Sim, mas eu preciso de uma foto de abertura”.  ‘Deixa comigo”, disse o repórter. Na Quinta, deu-se a “armação”. O repórter pediu ao motorista que posasse teatralmente, sem camisa, largado na grama, mãos amarradas, como se fosse mais uma vítima fatal da violência urbana. “No correr dos preparativos”, narra o fotógrafo, “vieram chegando uns garotos curiosos, um deles de bicicleta, e pararam ao fundo”. Com todos os elementos em foco, Aguinaldo registrou a cena.  “Nem perguntei que história o repórter  contou ao editor. Saiu publicada em página dupla, para orgulho do motorista, que vivia (ainda bem) mostrando a todos. O repórter teve que dar muitas explicações aos “coleguinhas”, repórteres concorrentes, que não tinham registro daquele “presunto” tão elegante”.
    Além desse fato que daria um vídeo do “Porta dos Fundos”, Aguinaldo reúne no livro fotos marcantes da sua carreira, como uma famosa imagem de Luiz Carlos Prestes, embarcando em um táxi em frente à Polícia Federal; Fernando Gabeira diante do consulado americano, ao voltar do exílio, em 1979; e Brizola pulando uma fogueira, em 1982. 
    O autor revela, de cada foto,  as circunstâncias por trás das imagens. A memória do jornalismo carioca agradece.





    Saiba como adquirir o livro “A outra face das fotos” no link

    domingo, 23 de fevereiro de 2014

    Fotógrafo Aguinaldo Ramos lança livro de contos "Rio Só de Amores"

    (Da redação)
    O fotógrafo Aguinaldo Ramos, que trabalhou na Manchete e no JB, entre outros veículo, lança nesta 2ª-feira, 24/02, o livro "Rio Só de Amores". Será na Ecco Pizzaria, na rua São Clemente, 164, Botafogo, quase em frente à 19 de Fevereiro. Nas palavras do próprio autor, "são roteiros da cidade e também do amor, disfarçados em dramas, comédias ou qualquer classificação que o leitor lhes queira dar... Neles estão, entre explícitos e disfarçados, os gostos, as artes, os parques, as ruas, as vias, as mídias etc do Rio de Janeiro de antes das interferências urbanistas dos anos 2010. Seria um mapeamento do amor no Rio, tivesse tal esforço suficiente sentido...."

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    sábado, 30 de outubro de 2010

    A Foto Histórica: o blog de Aguinaldo Ramos

    por José Esmeraldo Gonçalves
    Fotógrafo que trabalhou na Manchete e no Jornal do Brasil, entre outras publicações, Aguinaldo Ramos teve o seu projeto A Foto Histórica (e suas histórias) no Brasil contemplado com o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2010. Como parte do projeto, Aguinaldo criou um blog que divulga e preserva a memória fotográfica do país. Para quem, como nós, por gosto e por profissão, acompanha a história que o jornalismo escreve diariamente, vale frequentá-lo. Uma bela viagem cultural. Clique AQUI

    terça-feira, 1 de dezembro de 2009

    Lançamento: O Jogo do Resta Um, Guina Ramos


    O Jogo do Resta Um, Editora Letra Azul, romance sócio-antropológico quase histórico, pouco político, meio filosófico, muito econômico (de Guina Ramos, o mesmo autor de Rio de Amores, livro de contos sobre o amor e o Rio de Janeiro). O lançamento acontece no dia 12 de Dezembro de 2009, sábado, das 13 às 19h, no Bar do Belmiro, rua Conde de Irajá, 503 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ,
    Saiba tudo (ou quase) em
    http://ojogodoresta1.blogspot.com/
    Veja o vídeo, leia o blog... e compre o livro!
    Para quem não está ligando o nome à pessoa, Guina é Aguinaldo Ramos, o fotógrafo que atuou em vários veículos e fez parte do time de grandes profissionais da revista Manchete.