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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Oscar 2023 anuncia os indicados - Premiação acontecerá no dia 12 de março. Marilyn Monroe estará presente. Duvida?

 por Clara S. Britto

Ana de Armas em "Blonde", 2022. Foto: Reprodução


Marilyn Monroe em "O Pecado Mora ao Lado, em 1955. Foto Divulgação

A atriz Ana de Armas, nascida em Cuba, interpretou Marilyn Monroe em "Blonde", o filme-série da Netflix que contou a história de um dos maiores simbolos sexuais do cinema. A crítica desconfiou  da escolha. Uma atriz latina vivendo Marilyn? Apesar do preconceito, ela acaba de ser indicada para concorrer ao Oscar de Melhor Atriz. Ana de Arma construiu uma impressionante Marilyn e com um diferencial: mostrou as marcas da difícil infância e adolescência da estrela loura de Hollywood e os passos que moldaram sua vida atgitada e de trágico desfecho. O apresentador da 95° cerimônia de entraga da estatueta será o comendiante Jimmy Kimmel. Marilyn, no corpo espetacular de Ana de Armas, estará na plateia, mas o grande concorrente destaque é o filme "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo", que lidera a seleção, com 11 indicações. 

Melhor Filme

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Os Banshees de Inisherin

Elvis

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Os Fabelmans

Tár

Top Gun: Maverick

Triângulo da Tristeza

Entre Mulheres

Melhor Direção

Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin)

Daniel Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo)

Steven Spielberg (Os Fabelmans)

Todd Field (Tár)

Ruben Östlund (Triângulo da tristeza)

Melhor Ator

Colin Farrell (Os Banshees de Inisherin)

Austin Butler (Elvis)

Brendan Fraser (The Whale)

Bill Nighy (Living)

Paul Mescal (Aftersun)

Melhor Atriz

Cate Blanchett (Tár)

Ana de Armas (Blonde)

Andrea Riseborough (To Leslie)

Michelle Williams (Os Fabelmans)

Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo)

Melhor Ator Coadjuvante

Brendan Gleeson (Os Banshees of Inisherin)

Brian Tyree Henry (Causeway)

Judd Hirsch (Os Fabelmans)

Barry Keoghan (Os Banshees of Inisherin)

Ke Huy Quan (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo)

Melhor Atriz Coadjuvante

Angela Basset (Pantera Negra: Wakanda para Sempre)

Hong Chau (The Whale)

Kerry Condon (Os Banshees de Inisherin)

Stephanie Hsu (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo)

Jamie Lee Curtis (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo)

Melhor Filme Internacional 

Nada de Novo no Front (Alemanha)

Argentina, 1985 (Argentina)

Close (Bélgica)

EO (Polônia)

The Quiet Girl (Irlanda)

Melhor Filme de Animação

Pinóquio de Guillermo Del Toro

Marcel the Shell with Shoes On

Gato de Botas 2: O Último Pedido

A Fera do Mar

Red - Crescer é uma Fera

Melhor Documentário

All That Breathes

All The Beauty and the Bloodshed

Fire of Love

A House Made of Splinters

Navalny

Melhor Roteiro Adaptado

Nada de Novo no Front

Glass Onion: Um Mistério Knives Out

Living

Top Gun: Maverick

Entre mulheres

Melhor Roteiro Original

Os Banshees de Inisherin

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Os Fabelmans

TÁR

Triângulo da tristeza

Melhor Fotografia

James Friend, por Nada de Novo no Front

Darius Khondji, por Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades

Mandy Walker, por Elvis

Roger Deakins, por Império da Luz

Florian Hoffmeister, por Tár

Melhor Trilha Sonora Original

Nada de Novo no Front

Babilônia

Os Banshees de Inisherin

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Os Fabelmans

Melhor Canção Original

Sofia Carson - "Applause" (de Tell it Like a Woman)

Lady Gaga - "Hold My Hand" (de Top Gun: Maverick)

Rihanna - "Lift Me Up" (de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)

"Naatu Naatu" (de RRR)

Son Lux - "This is a Life" (de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Melhor Som

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Batman

Elvis

Top Gun: Maverick

Melhor Edição

Mikkel E.G. Nielsen, por Os Banshees de Inisherin

Matt Villa & Jonathan Redmond, por Elvis

Paul Rogers, por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Monika Willi, por Tár

Eddie Hamilton, por Top Gun: Maverick

Melhor Design de Produção

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Babilônia

Elvis

Os Fabelmans

Melhor Figurino

Babilônia

Pantera Negra: Wakanda para Sempre

Elvis

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Sra. Harris Vai a Paris

Melhor Maquiagem e Cabelo

Nada de Novo no Front

Batman

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Elvis

A Baleia

Melhor Curta-Metragem (animação)

The Boy, the Mole, the Fox, and the Horse

The Flying Sailor

Ice Merchants

My Year of Dicks

An Ostrich Told Me the World is Fake, and I Think I Believe It

Melhor Curta-Metragem (live action)

An Irish Goodbye

Ivalu

Le Pupille

Night Ride

The Red Suitcase

Melhor Documentário em Curta-Metragem

The Elephant Whisperers

Haulout

How do You Measure a Year?

The Martha Mitchell Effect

Stranger at the Gate

Efeitos Visuais

Nada de Novo no Front

Avatar: O Caminho da Água

Batman

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Top Gun: Maverick

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

O Teste Guilaroff de Cinefilia • Por Roberto Muggiati

Sydney Guilaroff e Marilyn Monroe

O primeiro cabelereiro a ter nome nos créditos


Guilaroff, o primeiro à esquerda, no enterro da amiga MM

Amantes do cinema se reconhecem pelo apego ao detalhe. No caso, aqueles créditos de produção que, nos anos 40 e 50 rolavam sempre no começo da “fita”. Dos atores principais ao diretor, passando por cenário, fotografia, música, orquestrações, figurinos e ... cabelos. De tanto ir ao cinema, ficávamos – os mais curiosos – com aqueles nomes gravados na memória. Foi assim que nosso diagramador João Américo Barros me surpreendeu uma tarde na redação ao perguntar a um crítico da
Manchete, à queima roupa, se ele conhecia Sydney Guilaroff. O crítico não era um crítico qualquer, mas um daqueles Moniz Vianna’s boys que galopavam com os cavalarianos de John Wayne no Monument Valley e davam relutantes duas ou três estrelas aos filmes em cartaz no famoso quadro de cotações do Correio da Manhã. Sem nenhum pudor ou culpa o crítico respondeu: “Sidinêi quem?” Vibrei com o Barros, Sydney Guilaroff foi um nome que, desde que o vi na tela pela primeira vez, eu carregaria na cabeça para o resto da vida, mesmo sem conhecer ainda sua incrível história. E saquei na hora também que o Barros tinha criado o teste definitivo de cinefilia. Se o cara ignorava Sydney Guilaroff, não merecia ser considerado cinéfilo, mesmo assinando todas as críticas do mundo. 

Joan Crawford

Filho de um casal russo, Sydney Guilaroff nasceu em Londres em 1907 e ganhou fama em Hollywood. Cabeleireiro principal da Metro Goldwyn Mayer, atuou em mais de 2000 filmes, shows de televisão e apresentações públicas. Tornou-se o primeiro cabeleireiro a ter o seu nome nos créditos de um filme. Em 1930, Guilaroff foi responsável pelo icônico penteado (“capacete”) de Louise Brooks, a maior estrela do cinema mudo. Mas foi Joan Crawford quem mudou sua vida: depois que Sydney penteou seus cabelos nunca mais quis abrir mão dos seus serviços. Durante três anos, a cada novo filme, ela atravessava a América de Hollywood a Nova York para que Sydney criasse um estilo de cabelos para cada papel. Irritado com aquilo, o chefão da MGM Louis B. Mayer resolveu o problema contratando Guilaroff para dirigir o departamento de cabelos do estúdio. Guilaroff trabalhou para a MGM de 1935 a 1970. Correu até a anedota de que, antes de filmarem o leão rugindo para o logo da MGM, Guilaroff penteou suas jubas. Veja aqui

https://www.youtube.com/watch?v=DhNMHcRSNdo

Vivien Leigh

Embora exclusivo da MGM, foi Guilaroff quem fez os penteados de Scarlett O’Hara em ...E o vento levou. Insatisfeita com os profissionais do estúdio de David O. Selznick, Vivien Leigh contratou Guilaroff para criar os penteados que ela desfila ao longo de um dos maiores filmes de todos os tempos. 

Claudette Colbert

Judy Garland

Lucille Ball

Greta Garbo em versão cacheada

E a Garbo como Ninotchka

Ingrid Bergman com o cabelo que virou moda
e foi capa da Time



Marlene Dietrich

Entre outras criações, Sydney assinou a franjinha de Claudette Colbert que ela adotaria para o resto da vida), as tranças de Judy Garland em O mágico de Oz, transformou Lucille Ball numa ruiva, fez os cabelos da turma de Cantando na chuva; modelou duas Garbos radicalmente opostas, em A dama das camélias e Ninotchka. Quando Ingrid Bergman ia estrelar em Por quem os sinos dobram – baseado no romance de Hemingway sobre a Guerra Civil da Espanha – o produtor David Selznick pediu a Guilaroff um corte despojado que o papel exigia. Os cabelos curtos e cacheados da heroína Maria viraram moda e foram adotados por mulheres no mundo inteiro. Já o estilo elaborado que Sydney criou para Marlene Dietrich em Kismet foi algo espetacular e também ousada e diferente a peruca que criou para Marlene em A marca da maldade, de Orson Welles. 

Jean Harlow

Fez ainda perucas para Jean Harlow, a Vênus Platinada, que estava ficando calva de tanto oxigenar os cabelos e morreu precocemente aos 26 anos. E como Esther Williams mantinha os cabelos em ordem sem sair das piscinas? Guilaroff encontrou uma solução simples: um toque de vaselina. 

Guilaroff com Liz Taylor

Grace Kelly no altar by Guilaroff. 
Fotos DP

Elizabeth Taylor, outra estrela que se tornou sua amiga, ameaçou abandonar a filmagem de Cleópatra na Inglaterra quando os sindicatos locais proibiram o ingresso de Guilaroff. Liz insistiu e conseguiu que Sydney fizesse seus cabelos todas as manhãs bem cedo, sem colocar os pés nos estúdios em Pinewood. Foi ele quem penteou Marilyn Monroe para o seu primeiro teste e ficou seu amigo e confidente pelo resto da vida. Foi o cabeleireiro do ultimo filme de MM, Os desajustados, e um dos amigos que carregaram o caixão da estrela. . "Sydney conhecia todo mundo e os segredos de cada um”, disse Debbie Reynolds, estrela da Cantando na chuva e sua amiga. “E era totalmente confiável.” Quando Grace Kelly casou com Rainier de Mônaco, Guilaroff atravessou o Atlântico em voo VIP a fim de preparar suas madeixas para a cerimônia nupcial. 

Guilaroff nunca se casou e em 1938 se tornou o primeiro solteiro nos Estados Unidos a adotar um filho (chamou-o Jon, em homenagem a Joan Crawford.) O estado da Califórnia tentou sustar a adoção, mas Guilaroff não só venceu a causa, como adotaria mais dois filhos. Em seu livro de memorias, Crowning Glories, ele alega que teve relações românticas com greta Garbo e Ava Gardner. Não só as estrelas o adoravam, Sydney era o cabeleireiro favorito de astros como Cary Grant, Clark Gable, Fred Astaire, James Stewart, Spencer Tracy, Tyrone Power, Robert Taylor e Frank Sinatra. 

Satisfeito? Agora você já pode passar no Teste de Cinefilia Sydney Guilaroff…


PS • Nem nossa Pequena Notável escapou de Sydney Guilaroff. Em 1948, o produtor Joe Pasternak convidou Carmen Miranda a fazer dois musicais em cores para a Metro Goldwyn Mayer, A Date with Judy/O Príncipe Encantado e Nancy Goes to Rio/Romance carioca (1950). Particularmente na primeira produção a MGM se esmerou para oferecer uma imagem diferente de Carmen, sem os turbantes típicos e revelando pela primeira vez seus cabelos, com penteados criados por Guilaroff e trocando os trajes de baiana por vestidos e chapéus elegantes desenhados por Helen Rose.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Filmes insólitos • Por Roberto Muggiati





Com minha coleção de filmes num guarda-móveis por conta da brusca mudança de Botafogo para Laranjeiras, ando correndo atrás de DVDs para aliviar meu fim de noite, depois de um dia de trabalho. Muitos dos filmes que encontrei – Doutor Jivago, Lolita, O desprezo, O poeta e o carteiro – protegidos contra pirataria, não tocam no computador, só no DVD-player, que está enfiado numa mala de roupas. 

Vibrei ao encontrar Quanto mais quente melhor e conseguir abri-lo. Tenho uma relação especial com esse filme. É um daqueles que vi em condições especiais – e muitas vezes insólitas. Como Stalag 19, projetado pelos milicos no quartel do CPOR em Curitiba. Ainda no quartel, graças a uma duvidosa unha encravada, fui dispensado de uma marcha noturna carregando 36 quilos de equipamento: ao sair para ir ver Casablanca pela primeira vez quase fui atropelado por meus companheiros, minha casa ficava na rota da marcha. A sensação do interdito deu a Casablanca um sabor especial. Fugindo de uma nevasca em Munique abriguei-me num cinema que passava Paris Blues... dublado em alemão. Ilhado em Florianópolis por causa de um temporal, vi lá A embriaguez do sucesso, um noir sobre os bastidores do jornalismo em Nova York, é um filme que revejo sempre. Maria Candelaria, o melodrama mexicano que foi o primeiro vencedor da Palma de Cannes, eu vi projetado num lençol num galpão de arrasta-pé de caiçaras em Guaratuba. E houve muitos outros, vistos em situações esdruxulas, como The Seven-per-cent Solution, num voo noturno entre Nova York e Londres, e um filme estrelado por Vittorio de Sicca num voo da Sicília para o Rio.

Vi Quanto mais quente melhor de madrugada duas ou três vezes seguidas num cinema de Nice enquanto fazia hora para pegar o voo das cinco da manhã para Londres. Nunca mais o revi. Só agora, com o distanciamento de 62 anos (o filme é de 1959), consigo apreciá-lo devidamente. Na Chicago de 1929, dois músicos (Tony Curtis e Jack Lemmon) testemunham por acaso o massacre de uma gangue de mafiosos por outra. Os bandidos se dão conta de que foram vistos e correm para elimina-los. Vestidos de mulher, os músicos escapam se integrando a uma banda feminina que viaja de trem para uma temporada na Flórida. Curtis e Lemmon se apaixonam por Marilyn Monroe, a cantora e tocadora de ukelele da banda. A situação se presta a comentários sobre transgênero e feminismo nos diálogos espertos do diretor Billy Wilder e do roteirista I.A.L. Diamond. Num happy end honesto, Tony Curtis conta a verdade para Marylin – que o acreditava um milionário – e a moça se conforma com sua sina de se apaixonar por saxofonistas tenores pobres. A frase final do filme é considerada uma das melhores na história do cinema. O milionário Osgood Fielding III (Joe E. Brown, o Boca Larga), apaixonadíssimo por “Daphne” (Jack Lemmon) só quer saber de dançar La Cumparsita com uma rosa entre os dentes e casar com a parceira. Quando Lemmon enumera a impossibilidade final (“Mas eu sou um homem!”), Osgood releva: “Ninguém é perfeito...”

PS: A morte misteriosa de MM • As condições confusas em que foi encontrado o corpo e a celebridade da atriz não tardaram a acionar a Teoria da Conspiração. No livro polêmico de 1973, Marilyn: A Biography, Norman Mailer afirma que Marilyn foi assassinada por agentes do FBI e da CIA, que julgavam o caso amoroso entre RFK e MM prejudicial aos interesses do país. Uma quantidade de escritores e jornalistas endossou a tese de Mailer. MM continuou sendo matéria fértil para escritores: a feminista Gloria Steinem publicou em 1988 Marilyn: Norma Jean e Joyce Carol Oates teve uma tradução da biografia romanceada Blonde relançada agora no Brasil, enchendo as páginas dos cadernos culturais com as fotos icônicas da loura que, pelo jeito, não vai nos abandonar tão cedo. Marilyn e Robert Kennedy foram autopsiados pelo Dr. Thomas Noguchi, o Legista-Chefe do condado de Los Angeles, que também fez a autópsia de Sharon Tate, Natalie Wood, William Holden, Janis Joplin e John Belushi, entre muitos outros. (Nas matérias da Manchete, eu o chamava de “o satânico Dr. No[guchi]”.)


Quando Marylin foi encontrada morta em sua casa de Los Angeles por seu psiquiatra, às três da manhã de domingo, 5 de agosto de 1962, eu sobrevoava o Atlântico num avião da BOAC com destino a Londres, onde iniciaria meu período de três anos no Serviço Brasileiro da BBC. Instalado num hotel próximo a Trafalgar Square, acordei cedo na segunda-feira. Era feriado, um Bank Holiday, o centro de Londres estava vazio, mal botei o pé na rua na manhã cinzenta e chuvosa vi os stands de jornais cobertos de cartazes MM DEAD, MM DIES, o Daily Mail dava na primeira página: MARILYN MONROE: ‘IT LOOKS LIKE SUICIDE’. Minha chegada a Londres ficou marcada por aquela triste notícia. Eu – como toda a minha geração – amava aquela garota.

PPS: Em abril de 1962 Marilyn tinha começado a filmar Something's Got to Give para a 20th Century-Fox, com Dean Martin e Cyd Charisse, sob a direção de George Cukor. Mas o estúdio a demitiu no começo de junho, culpando-a por todo o atraso da produção, e cancelou a filmagem, arquivando durante décadas os 37 minutos que restaram. Mais recentemente, o filme inacabado foi disponibilizado pelo YouTube. Vejam aqui os preciosos últimos minutos de MM nas telas

https://www.youtube.com/watch?v=zVfKpx-aSRk&t=439s


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Psiquiatras investigam a vida e o comportamento de Marilyn Monroe e lançam um livro em que revelam que a atriz era autista

Uma das fotos de Marilyn Monroe que serão leiloadas em Hollywood mostra a atriz em um intervalo no set do filme"The Misfits" ("Os Desajustados"), em 1960. É do fotógrafo Eve Arnold. Marilyn, às vezes, ficava distante, absorta, mesmo no ambiente agitado das filmagens. 
por Clara S. Britto
Um livro lançado na Itália - "L'Altra Marilyn" ("A Outra Marilyn") - apresenta uma nova tese sobre a personalidade de um dos maiores mitos do século passado. Os autores,  psiquiatras Lilliana Osso e Riccardo Dalle Luche, promoveram, com a ajuda de uma grande pesquisa, uma verdadeira "sessão de psicanálise" com Marilyn Monroe. Entre outras coisas, afirmam que ela era autista.

De acordo com essa teoria, a síndrome tanto contribuiu para levá-la tornar-se ícone do cinema como foi fator importante na sua queda. O livro vem com dezenas de fotos - algumas, dizem os divulgadores, rejeitadas pela atriz que, em vida, não permitiu que fossem publicadas - e tem capítulos extremamente técnicos sobre a sua psicopatologia auto-destrutiva, a múltipla personalidade, o perfeccionismo e os riscos psicológicos de todas essas forças em conflitos interiores.

Mas uma das atitudes que permitiu sua ascensão teria sido a pertinácia e o perfeccionismo, características coincidentemente apontadas no jogador do Barcelona, Messi, que seria portador de uma forma também branda de autismo. Autistas tendem a adotar um padrão e repeti-lo. Possuem grande memória. São obstinados, perseguem uma meta. No caso do jogador, isso ajudaria na repertório de dribles, em antever movimentos do adversário e na obstinação em busca do aperfeiçoamento.
Marilyn foi tema de quase 100 livros, biográficos ou não, mas esse é o primeiro que analisa sua estrutura psicológica. A estrela morreu aos 36 anos, em 1962, mas sua imagem e tudo o que se relaciona a ela ainda faturam cerca de 27 milhões de dólares por ano. A agência CMG Worldwide e Anna Strasberg, viúva de Lee Strasberg, professor de teatro de Marilyn, estariam entre os beneficiários já que atriz não deixou herdeiros naturais. Frequentemente são vendidos objetos da sua memorabilia. Ainda este ano, em Hollywood, acontecerá um grande leilão de joias, vestidos, móveis, fotos e até um piano e livros que pertenceram a ela. 

Curiosamente, Marilyn, que incorporou o estereótipo de loura inconsequente, tinha na sua estante obras como "A Queda",  de Albert Camus; "On the Road", de Jack Kerouac; "Ulysses", de James Joyce; "Adeus às Armas", de Ernest Hemingway; "As Aventuras de Huckleberry Finn", de Mark Twain; "Crime e Castigo", de Dostoevsky; "O Capital", de Karl Marx;  e "Madame Bovary", de Gustave Flaubert.
No auge do sucesso, em 1958, Marilyn foi capa da Manchete. A chamada: "Drama na Vida de Marilyn Monroe". Entre 1957 e 1958, ela sofreu dois abortos espontâneos causados por endometriose e surgiram os primeiros sinais de dependência às drogas. 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Eve Arnold: morre ao 99 anos fotógrafa que fez história na Agência Magnum

Marilyn Monroe em foto de Eve Arnold publicada na revista Manchete. Reprodução
 por José Esmeraldo Gonçalves
A épica Magnum teve o poder de tornar lenda muitos dos seus fotógrafos. Eve Arnold, uma dessas fantásticas profissionais que integravam o time da agência, morreu na última quarta-feira, em Londres. "Died pacefully", segundo a porta-voz da Magnum. Eve Arnold, que nasceu na Filadélfia e era filha de imigrantes russos, brilhou nos anos dourados das revistas semanais ilustradas como Life, Paris Match e, como não lembrar?, a  brasileiríssima Manchete. Figuras emblemáticas dos anos 50 e 60, como Marilyn Monroe (a personagem mais fotografada por ela), Marlene Dietrich, Jacqueline Kennedy. Margaret Thatcher e Malcolm X estão no seu célebre acervo. Publicou vários livros, como "Flashback: The 50's", "In China, 1980", In America, 1983", "Marilyn for Ever" e "All in a Day's Work". Seus retratos talvez fossem mais famosos, mas não representam toda a sua obra. Eve, como era aliás do estilo da Magnum, captou cenas memoráveis em reportagens na China, Europa Oriental e África. Era fotojornalista sem deixar de ser artista.  "Se o fotógrafo se preocupa mais com as pessoas do que com as lentes, se é compassivo e se entrega,  é ele o instrumento, não a câmera", dizia Eve Arnold. Talvez esteja aí uma das chaves da sua arte.  

A notícia da morte de Eve Arnold no Mail Online. Reprodução
Veja fotos de Eve Arnold no site da Magnum. Clique AQUI

Sete dias com Marilyn Monroe, o filme

Os dois posteres promocionais do filme sobre Marilyn Monroe, que será lançado no Brasil no dia 10 de fevereiro  
por JJcomunic
Com Michelle Williams (do filme Namorados para Sempre) no papel principal e baseado no livro "Sete Dias com Marilyn" , de Colin Clark, estréia no Brasil dia 10 de fevereiro. O filme, que recebeu indicações para o Globo de Ouro (resultado sai no dia 17 de janeiro), conta o sucesso, as paixões e os dramas de Mariilyn Monroe, que morreu em agosto de 1962, há quase 50 anos..

sábado, 29 de outubro de 2011

Ídolos mortos ainda garantem um faturamento muito vivo

por Eli Halfoun
Familiares de ídolos com Elvis Presley, Marilyn Monroe e Michael Jackson, entre outros podem até sentir saudade física deles, mas não podem reclamar quando o assunto é dinheiro: continuam vivendo muito bem com os altos rendimentos que os ídolos que se foram ainda garantem. A revista Forbes acaba de publicar a relação dos maiores faturamentos pós-morte. O campeão é Michael Jackson com 170 milhões de dólares seguindo de Elvis Presley e Marilyn Monroe com faturamento de 55 milhões de dólares. A relação também inclui os nomes de John Lennon e Elizabteh Taylor com 12 milhões. Assim a saudade pode até apertar. O resto não. (Eli Halfoun)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fotografou a visita e agora pode ganhar milhões...

por JJcomunic
Em dezembro de 1961, Marilyn Monroe foi ao apartamento do fotógrafo Len Steckler visitar um amigo, o poeta Carl Sandburg. Essa semana, 48 anos depois, Steckler divulgou as fotos que tirou nove meses antes da morte da atriz e anunciou que as venderá ao público. Fará apenas 250 cópias de cada imagem. Preço: entre US$ 1.999 e US$ 3.999 por fotografia. Coisa para mais de 1 milhão de dólares, se vender todas as cópias.
Curioso é que MM, preconceituosamente classificada como o protótipo da "lôra burra", era dada - sem trocadilhos - a amigos intelectuais e paparicada por estes (Sandburg, na época, já era um ganhador do Prêmio Pulitzer). Antes, a "lôra" foi casada com o dramaturgo Arthur Miller. Ao anunciar o casamento, um jornal mandou uma manchete mais ou menos assim: "Grande Cérebro Americano Casa-se Com Grande Corpo Americano" . (Foto: Len Steckler/Divulgação). A série, chamada Marilyn Monroe: The Visit, pode ser vista no site The Visit Series. Clique AQUI

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Viagem ao passado com lindas mulheres

por Eli Halfoun

Quem sente saudades do passado pode fazer do passado um novo presente: a edição desse mês da revista Playboy americana vem recheada de fotos do, digamos, “antigamente”. Com o título de “Porque nós amamos os anos 60” a Playboy faz uma viagem fotográfica com os Beatles, o LSD (A droga da moda naquela época), Woodstock e John Kennedy. É claro que não faltam belas mulheres exibindo parte de sua nudez. Naquele tempo as fotos (e as mulheres) eram mais comportadas. Estão lá exibindo seios e bundas atrizes famosas como: Catherine Deneuve, Silvya Koscina, Ursula Andress, Kim Novak, Nathalie Wood, Marilyn Monroe, Brigitte Bardot, Mamie van Doren, Stella Stevens, Raquel Welch, Joan Collins, Jane Fonda, Nancy Sinatra e Ann-Marget.. Todas orgânicas, ou seja, sem “agrotóxicos”, ou seja, adição de, por exemplo, silicone. (Nas reproduções, Marilyn Monroe, Kim Novak, Rachel Welch e Ursula Andress cena em que saía do mar no filme O Satânico Dr. No, do 007, que a tornou famos e a levou à capa da Playboy).