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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Primeira crítica: faltou à seleção “pisar no acelerador”

A seleção brasileira em Rasunda. Foto: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação
Neymar em ação. Foto Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação
Zito, Pelé, Mazzola, campeões de 1958. Foto Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação
Jogadores brasileiros e suecos, da Copa de 1958, posam no gramado de Rasunda, palco da histórica final. Foto Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação
por Nelio Barbosa Horta
Diante da fraquíssima seleção da Suécia, os brasileiros perderam a oportunidade de aplicar uma goleada no jogo que comemorava a primeira conquista da seleção: a Copa de 1958. Com a ausência de Marcelo, suspenso, a seleção ficou "capenga" e nada conseguia pelo lado esquerdo, já que os suecos faziam uma dura marcação sobre Neymar, que quase sempre era parado com faltas. Acho que o atacante do Santos deveria se deslocar mais pela direita, revezando com o Ramirez e acelerando o ataque, que ainda sofre com a ausência de jogadas rápidas e bem treinadas, principalmente as de linha de fundo.
Serviu para aliviar a barra do Mano, após a derrota em Londres. Apesar da vitória, Mano deixou de fora o sampaulino Lucas e o corintiano Paulinho, que só entraram quase no fim do jogo.  Neymar chegou a marcar o primeiro gol, anulado pelo bandeirinha que viu impedimento no atacante brasileiro.  O primeiro gol foi de Leandro Damião, que, sem nenhuma marcação, marcou de cabeça, após cruzamento de Neymar.
O lateral Daniel Alves está visivelmente fora de forma e o zagueiro Dedé,  que só entrou no segundo tempo, traz mais segurança à defesa que o David. O segundo gol, marcado por Pato, foi por acaso;a bola sobrou para ele depois de tocada por Daniel Alves.
Os brasileiros usaram uniforme azul lembrando a final de 58, em festa que teve as presenças de Pelé, Zito, Belini,  Mazzola e Pepe, além de autoridades.
No terceiro gol, de pênalti, cobrado por Pato, a falta foi fora da área. Na cobrança,  ele escorregou e chutou exatamente no meio do gol. Se o goleiro da Suécia ficasse parado, teria defendido tranquilamente. A seleção volta a jogar em setembro.  Espera-se que a próxima convocação traga um goleiro mais experiente do que o Gabriel, que é muito jovem para a posição. (Nelio Barbosa Horta)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Em nome da audiência, Fantástico expõe intimidade de Xuxa. Isto não foi um show da vida

por Nelio Barbosa Horta
O ”depoimento-verdade” a que foi submetida a apresentadora Xuxa, neste domingo, no Fantástico foi, no mínimo, de uma crueldade a toda prova. A maioria das pessoas que assistiram o forçado desabafo da chamada Rainha dos Baixinhos, ficou perplexa diante de tamanha desumanidade, expondo a apresentadora a detalhes íntimos de sua vida e de seu passado o que demonstra claramente o declínio moral da TV que, em busca de audiência, não mede consequências de seus atos e a exploração dos seus ídolos naquilo que eles mais preservam:  a sua privacidade.
A direção da emissora sabe que seus atores e atrizes têm muita dificuldade para ter uma vida normal devido suas evidentes notoriedades. A TV que vive se vangloriando “A gente se liga em você “ esquece que, em nome de pontos na audiência, causou uma enorme repugnância nos espectadores  que assistiram este desastroso depoimento-entrevista. Só quem conheceu, ou conhece a Xuxa, sabe da pessoa simples, amiga e delicada que ela é, e que não deveria de forma alguma, ser colocada num paredão e apedrejada da forma tão cruel pela impiedosa produção, cujos objetivos parecem estar baseados na opinião de Oscar Wilde.  escritor irlandês que afirmava : “Só há uma coisa no mundo pior do que estar na boca dos outros: é não estar na boca de ninguém.
Para uma campanha contra o abuso sexual em jovens e adolescentes, a imagem da Xuxa se presta de maneira muito especial sem que houvesse necessidade de se apelar para tamanha idiosincrasia que retira sua força, permitindo sonhar o passado, despertando a memória e provocando a emoção e a sensibilidade da atriz. Acho que a Xuxa merecia que a Globo mandasse erguer uma estátua de bronze em sua homenagem de tamanho natural e que esta fosse colocada em um lugar de destaque com frases e dizeres sobre a Campanha, eternizando e lembrando a  todos que o sacrifício não foi em vão.
Eu conheci a Xuxa, em Bloch Editores e me lembro, passados tantos anos, do carinho que ela tinha pelas crianças no seu programa infantil na TV Manchete.  Com o tempo, ela se transformou na Embaixadora da Infância e da Adolescência. Como modelo, ela fez fotos para a revista Pais&Filhos, da qual eu era Editor de arte, para a revista EleEla, onde, mais tarde, também fui Editor de Arte, das revistas Carinho, Desfile e Manchete, todas de Bloch Editores. Na TV ela fazia muito sucesso, não só pela simpatia, como pela ingenuidade, característica das crianças e da própria Xuxa numa época sem as cobranças  e os apelos publicitários de hoje. Do seu vitorioso programa, lembro dos personagens, do Praga, da Andréia Veiga a primeira paquita, da Andréa Rosa, a Chiquita, minha filha, que tinha 10 anos e foi trabalhar com ela a pedido da Zila, que era produtora da Pais & Filhos, mas isto é outra história. 
Não sei se a Globo pretende acelerar sua produção e continuar com estas ”entrevistas-verdade”. Acho um caminho perigoso, que pode descambar para a mediocridade.  Já pensaram que desastroso seria outros atores ou atrizes falando sobre seu passado? Acho que só falariam de coisas boas, de sucesso, sem tocar em pontos nevrálgicos,  que só pessoas especiais como a Xuxa teriam coragem de falar... O Fantástico foi para o ar. Milhares de pessoas assistiram e vão testemunhar, no futuro, impropriedades iguais a esta caso continuem. Não esqueçam, diretores da TV Globo: uma estátua para a Xuxa!. Ela merece. (Nelio Barbosa Horta)