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sábado, 1 de novembro de 2014

Nelson Motta escreve no Globo sobre "Aquela Foto". É a famosa imagem de uma reunião de grandes nomes da MPB, em 1967, no terraço da casa de Vinicius de Moraes. O artigo não diz, mas o autor da foto exclusiva é Paulo Scheunstuhl, que atuou na Manchete

Reproduzido de O Globo

O livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" reproduz e identifica a famosa foto exclusiva de Paulo Scheuenstuhl. Essa é "Aquela Foto" a que se refere o livro "As Sete Vidas de Nelson Motta".

por BQVManchete
O jornalista, escritor e compositor Nelson Motta completa 70 anos. Entre outras comemorações, se encaixa o lançamento de "As Sete Vidas de Nelson Motta". Na última sexta-feira, Nelson reproduziu na sua coluna no Globo um trecho do livro onde fala sobre "Aquela Foto". A foto a que ele se refere é realmente famosa. E exclusiva. Reúne quase todos os nomes da MPB, na época. O jornalista dá a versão correta sobre os bastidores da foto. Esqueceu, ou não sabia, apenas de creditar a imagem ao seu autor. Como ele cita o Jornal do Brasil, o leitor pode ser induzido a achar que a foto era do JB. Não era. O próprio livro, "As Sete Vidas de Nelson Motta". credita a imagem. O autor foi o fotógrafo Paulo Scheuenstuhl, o Paulo Xuxu, que, na época, trabalhava na revista Manchete. O livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata) publica uma reprodução da foto, acompanhada da identificação e da seguinte legenda, que explica a razão da reunião de tantos nomes ilustres da música brasileira: Clic de bossa - O fotógrafo Paulo Scheuenstuhl capta no terraço da casa de Vinícius de Moraes, em agosto de 1967, uma reunião dos maiores nomes da MPB. O grupo planeja uma ofensiva musical para resgatar as marchinhas de carnaval. Se o carnaval não se salva, fica a rara foto exclusiva. 
A célebre foto do Paulo Xuxu já foi publicada diversas vezes, sem o crédito. Mas ele está atento e costuma pedir retificação ao veículos. Certa vez, o mesmo Globo publicou que era de autoria de João Araújo, que, aliás, aparece na foto. Acontece que o falecido produtor tanto gostou da imagem que mandou ampliá-la e cobriu uma das paredes da sala de casa com a constelação de cantores e compositores. Paulo pediu e o Globo corrigiu o erro. Em outra ocasião, o Canecão quis usá-la como cenário de uma temporada de Chico Buarque. Paulo Xuxu soube e entrou em contato com a casa de shows. Não se sabe se por falta de crédito ou por falta de grana, quesito no qual o Canecão era notoriamente complicado, o fotógrafo vetou a utilização da foto. O livro "Aconteceu." também relaciona os nomes de quem aparece na foto: Lenita Plocynsynska, Edu Lobo, Tom Jobim, Torquato Neto, Caetano Veloso, Capinam, Paulinho da Viola, Sidney Miller, Zé Keti, Eumir Deodato, Olivia Hime, Helena Gastal, Luís Eça, João Araújo, Dori Caymmi, Chico Buarque, Francis Hime, Nelson Motta. Vinicius de Moraes, Dircinha Batista, Luiz Bonfá, Tuca, Braguinha e Jandira Negrão de Lima. A foto foi publicada, na época, em reportagem da Manchete sobre o assunto. E republicada muitas vezes em matérias sobre a Bossa Nova ou em edições especiais de Manchete 30 Anos, Manchete 40 Anos, Manchete N° 2000 e Manchete 45 anos. 
A capa do livro...

... a contra capa e...

o crédito ao fotógrafo que foi da revista Manchete.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tim Maia ganha musical e filme sobre uma vida que parecia (mas não era) ficção

por Eli Halfoun
O delicioso e movimentado livro “Vale Tudo - O som e a fúria de Tim Maia" que Nelson Motta lançou há meses sairá das estantes para ganhar vida no palco: está sendo (era inevitável) adaptado como musical e também ganhará uma versão cinematográfica. A vida de Tim Maia parecia mesmo ficção, mas tudo o que está deliciosamente narrado no livro é a mais a pura verdade. Tim Maia viveu como um personagem no qual acabou se transformando.

sábado, 4 de julho de 2009

Baú do Gonça











Frio em Petrópolis, calmaria no sótão-escritório do Gonça, hora de revirar o baú de livros. De lá sai um pequeno tesouro, nem sei se o Nelson Motta ainda tem um exemplar, deve ter, vou perguntar, mas vale postar o achado neste eclético blog. A edição original lançada em 1968 pela The New American Libary é baseada no desenho animado Yellow Submarine, por sua vez inspirado em histórias que o jornalista Lee Minoff extraiu de letras das canções dos Beatles. Um ano depois, Nelson Motta fez uma inspirada adaptação brasileira para a Editora Expressão e Cultura, com "bolação" - diz o expediente - e orientação editorial de Fernando de Castro Ferro, "apoio moral" de José Carlos Oliveira, direção de arte de Chisnandes, paginação e montagem de Ventura. A capa anunciava: "Uma nova e explosiva dimensão em cinema. Um livro pra frente como nunca se viu - Os Beatles - Submarino Amarelo". A tradução, como não podia deixar de ser, usa e abusa dos termos da época. Pepperland, o país imaginario onde tudo acontece, virou Pilantrália. Superbacana, ademã, genial, vamos balançar... O surrealismo e a louca alegoria ainda permitiam um segunda leitura cheia de alusões ao momento que o Brasil vivia, sob os coturnos da ditadura. Há a Luva Dedo-Duro, os Azulões, dados a acessos de fúria e cercados de bajuladores, expressões como "tudo cinzento em Pilantrália". No final, a música vence os autoritários Azulões. Mas John, Paul, Ringo e George alertam na última página: "Temos um comunicado muito sério! Novos azulões, cada vez mais azuis, foram vistos na vizinhança da sua casa, amigo, gostaríamos de sugerir que você... comece a cantar!". E completava com um último aviso: "Os inimigos talvez não sejam azuis, podem ser... verdes".