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terça-feira, 12 de abril de 2016

Arcos da Lapa e Fundição Progresso: Rio em defesa da legalidade democrática e contra o golpe da chapa Michel Temer-Eduardo Cunha, que ameaça direitos sociais

O povo ocupa os Arcos da Lapa. Foto CUT

A presença de muitos jovens. Foto Agência Brasil

A geração que já viveu a ditadura se manifesta contra a derrubada de um governo eleito e, mais do que isso, contra a tentativa de golpe social que ameaça direitos dos brasileiros. Foto Agência Brasil

A disposição para resistir. Foto Agência Brasil

Chico Buarque na Fundição Progresso: "Estaremos juntos em defesa da democracia. Não vai ter golpe". Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Lula: "Parte da elite brasileira não gosta e não acredita na democracia". Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Eric Nepomuceno, Chico, Leonardo Boff e Beth Carvalho. Agência Brasil

Lula e Chico Buarque. Foto Ricardo Stuckert/Instituto Lula
por José Esmeraldo Gonçalves 
Ontem, no momento em que uma Comissão de deputados montada e controlada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aprovava o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, um mero pretexto para um golpe que se arma desde o dia seguinte à posse da presidente para o seu segundo mandato, intelectuais, artistas, estudantes, aposentados e trabalhadores se reuniam nos Arcos da Lapa e na Fundição Progresso para um ato público em defesa da legalidade democrática.

As 5 mil pessoas que estavam na Fundição -  em reunião que começou mais cedo e era transmitida por telão para a praça - uniram-se, em seguida, por volta das 20h, ao público de 60 mil pessoas que lotava os Arcos. Aplaudido pela multidão, Lula falou durante quase 50 minutos contra o golpe, a ameaça de destituição de uma presidente eleita e a consequente implantação de um governo que assumidamente declara que vai investir contra políticas sociais e conquistas dos trabalhadores.

Chico Buarque, Leonardo Boff, Guilherme Boulos, Beth Carvalho, Gregório Duvivier, João Pedro Stédile, Eric Nepomuceno, Vagner Freitas, Tico Santa Cruz, Flávio Renegado, Antonio Pitanga, Tássia Camargo, Juca Ferreira, Rômulo Costa, Nelson Sargento, Marcelo Freixo, Carlos Minc, entre outros, apoiavam a manifestação.

Alguns oradores do ato, que não era iniciativa de um partido, mas de brasileiros preocupados com a tentativa de golpe, criticaram certas iniciativas do governo Dilma caracterizadas como tomadas em nome do mercado financeiro, assim como o distanciamento da presidente dos movimentos sociais e reivindicações populares.

Gregório Duvivier, do Porta dos Fundos, declarou que não se trata de apenas de um 'Fica, Dilma', mas de 'Fica e melhora, Dilma'. Governe para a esquerda, em nome do projeto para o qual foi eleita".

Durante quase cinco horas, os Arcos foram a tribuna livre para a manifestação popular contra a ilegítima chapa Michel Temer-Eduardo Cunha que quer subir a rampa do Planalto levada por interesses que farão do povo e dos seus direitos, muito mais do que de Dilma, a maior vítima.

POLÍCIA MILITAR TENTA RETIRAR FAIXAS CONTRA O GOLPE
Manifestantes estenderam faixas no alto do Arcos.

Pouco antes do ato começar, policiais militares começaram a retirar as faixas.

A multidão protestou contra a atitude da PM. Organizadores da manifestação entraram em contato com oficiais-comandantes, no local, e as faixas foram mantidas. Fotos: J.E. Gonçalves