Mostrando postagens com marcador blocos cariocas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador blocos cariocas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 8 de março de 2022

Carnaval total em abril? E sem máscaras?

por Ed Sá

A Prefeitura do Rio de Janeiro tornou opcional o uso de máscaras em ambientes fechados. Antes, havia liberado o acessório em situações ao ar livre. A decisão é criticada por cientistas. Embora o controle da pandemia esteja à vista, cidades do Grande Rio com enorme integração com a capital não exibem números expressivos de vacinação. 

Vale o bom senso. Ocorrendo aglomeração, use sua máscara em qualquer ambiente.

De qualquer forma, a decisão pode abrir alas para um carnaval total. A prefeitura já havia liberado os desfiles das escolas de samba em abril, segundo o calendário abaixo: 

20/04 (Quarta-feira) – Série Ouro – Liga RJ

21/04 (Quinta-feira) – Série Ouro – Liga RJ

22/04 (Sexta-feira) – Grupo Especial – Liesa

23/04 (Sábado) – Grupo Especial – Liesa

24/04 (Domingo) – Desfile das Crianças – Aesm-Rio

26/04 (Terça-feira) – Apuração

30/04 (Sábado) – Campeãs – Liesa

Com o fim da obrigação de uso de máscaras, caso as estatísticas da pandemia no Rio permaneçam em queda, é possível que os blocos de rua, até agora não oficialmente autorizados, recebam sinal verde para botar o carnaval nas ruas também em abril. A conferir.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Blocos cariocas: não vai ter "cercadinho de coxinhas"...

por Flávio Sépia
O proliferação de áreas vips acaba de ganhar um nome bem mais adequado: "cercadinho de coxinhas". O novo apelido provocou risadas e carimbou o rótulo de breguice na turma protegida pela cordinha do bloco "Me Esquece", que desfilou no domingo passado no Jardim Botânico.
Esse tipo de "curral" em blocos e ensaios tende a abrigar tipos identificados com os "reis do camarotes". Quase sempre, figuras desengonçadas, sem intimidade com o samba. Sabe-se lá de onde vem essa gente.

Nos últimos anos, o oportunismo tem tentado abrir alas no carnaval do Rio de Janeiro. O carnaval de rua mais democrático do país é hoje um fenômeno, mas até a metade do anos 1980 vivia uma triste decadência. O Rio sempre teve uma forte tradição de blocos. São épicos os desfiles dos Boêmios de Irajá, Cacique de Ramos, Bafo da Onça, estes chamados de blocos de embalo, além do Cordão da Bola Preta, o mais antigo do país.

Mas houve aquele período - entre meados dos anos 1970 até 1985 - em que o carnaval de rua perdeu força. As atenções se voltavam para os desfile das escolas de samba, cada vez mais grandiosos. Nas ruas, com exceção de alguns antigos blocos de bairro que resistiam - como exemplo, o pequeno e bravo Cachorro Cansado, no Flamengo - e arrastavam algumas centenas de pessoas, com poucos jovens e muitos veteranos, o destaque cabia à Banda de Ipanema. Fora do Sambódromo e de algumas praças e esquinas das Zonas Norte e Sul, a cidade não parecia respirar o carnaval. Na Zona Sul, especialmente, o clima era de um monótono feriadão. Não havia ruas e avenidas superlotadas, como Salvador e Recife mostravam a cada ano.

A campanha das Diretas, que se transformou em uma festa política, deve ter devolvido aos cariocas o gosto pelas ruas já que foi a inspiradora de blocos que nasceram naquela década como o Simpatia é Quase Amor, o Bloco do Barbas, o Suvaco de Cristo, entre outros. Era a senha de uma revolução que não podia mais ser contida e retomou seu lugar nas ruas de todos os bairros. 

O sucesso crescente, os recordes de público, a repercussão na mídia brasileira e mundial e a afluência de turistas despertaram atenções comerciais e marqueteiras para surfar nessa onda popular. Vieram trios promocionais (que para disfarçar se intitulam "blocos") puxados por gigantescos carros de som. Em um primeiro momento, a prefeitura permitiu que tais trios ocupassem a Vieira Souto, Aterro do Flamengo e Avenida Atlântica, que não estava preparados para receber os gigantescos caminhões com som superpotente, o que tende a atrair ainda mais pessoas. Foi o desastre programado: canteiros da orla e jardins de prédios foram destruídos, ruas viraram banheiros e, em Copacabana, uma fato mais grave: a carreta de um trio se chocou contra cabos e provocou a queda e morte de uma menina. No ano seguinte, as autoridades editaram regras para conter as ameaças do "carnaval sem lei". Trios, que têm seu público, foram deslocados para as avenidas largas do centro da cidade e, este ano, para São Conrado; regras para vendedores ambulantes, instalações de banheiros, cercas para proteger jardins e canteiros, supervisão de bombeiro, serviços de atendimento médico, entre outras medidas, procuram dar estrutura aos blocos; além da política para conter o gigantismo a partir do remanejamento de blocos para outras regiões de fácil acesso e amplos espaços.

Mas persistem alguns riscos. Se uma determinada cantora conseguiu pôr seu bloco nas ruas, outra cantora, que tem menos ligações e influência, também quer. Essa é a pendenga que sites de celebridades estão noticiado. Definir um critério mais preciso, sem favorecimentos, poderá ser uma questão para a prefeitura definir melhor nos próximos anos. Ou o "também quero" vai virar pressão.

Já o "cercadinho do coxinhas" não desiste. Como quem não quer nada, uns e outros insistem na fórmula. Aparecem, na verdade, como um inocente cavalo-de-troia dos marqueteiros para a sonhada implantação do abadá, a famigerada instituição baiana que loteia espaço público e divide a rua em classes.

Felizmente, a prefeitura tem reagido. Se esse ano o "Me Esquece" tentou montar sua área vip nas ruas do Rio com pessoas com camisas especiais, pulseiras de identificação e bebida liberada, há dois anos um grande "bloco" foi denunciado por vender "abadás" para espaço restrito. Hoje, em declaração ao Globo, o prefeito Eduardo Paes diz que a prática é inaceitável e quem criar "curral" pode ser impedido de desfilar em 2017. Os organizadores do blocos que levam baterias dizem ser necessária alguma proteção para os instrumentistas. Pode ser. Mas é preciso ter cuidado para que essa área não seja ampliada espertamente para receber a turma do "abadá" pago.

Diga-se que a maioria dos blocos não-comerciais, de origem espontânea, comunitária, parceira, que nasceram em bairros e não em agências de marketing e de "captação" de patrocínios, é contra o "cercadinho dos coxinhas".  O presidente do Suvaco, João Avelino, diz ao Globo:
- Carnaval de rua não precisa de cordas. Para o Suvaco, todo folião que nos dá a honra de aparecer para o desfile é convidado vip.
Vamos torcer para que a prefeitura do Rio permaneça sintonizada com o espírito livre do carnaval carioca. 

sábado, 12 de março de 2011

O balanço dos blocos...


Simpatia 2011: festa na Vieira Souto, Ipanema. Foto: Gonça
por Gonça
No fim do anos 80 e começo dos 90, no clima da redemocratização, começou a ressurgir o carnaval de rua do Rio. Claro que havia blocos de rua, uns poucos, que resistiam. Mas foi a partir dessa época que por iniciativa dos moradores, sem apoio de governos, surgiram blocos como Simpatia Quase Amor, Barbas, Imprensa que eu Gamo, Suvaco e outros. O carnaval popular tomou as ruas e não parou mais de crescer. As autoridades tentam agora organizar a folia, marcar horários, disciplinar o trânsito, fornecer banheiros, itens necessários. Muita coisa funcionou melhor nesta temporada. Só que no pacote entram na dança autorizações para alguns blocos nitidamente comerciais. Neste fim de semana, saem os últimos blocos. É hora de uma avaliação do que rolou. Primeiro, colocando as coisas no lugar, é bom aposentar a frase "o Brasil para no carnaval". Ao contrário, o país se mexe, literalmente, e abre espaço para a movimentação de uma fantástica indústria de turismo e lazer. Nas grandes cidades, hoteis lotados, restaurantes idem, aviões, ônibus e filas de navios do cais do porto. Tudo isso gera emprego e arrecadação, coisas que cidade alguma pode desprezar. O desafio é conciliar a festa com os direitos de quem não gosta ou não quer participar do carnaval ou de quem quer sair no blocos, levar os filhos, sem correr o risco de ser esmagado. Em Ipanema, por exemplo, o caos se instalou. Que a prefeitura, ano que vem, repense algumas coisas. Por exemplo, transferir trios elétricos, como o da Preta Gil, o Afroreggae etc, para o centro da cidade onde já desfilam com sucesso, para citar os grandes blocos, o tradicional Bola Preta e o Monobloco. O trio elétrico da Preta, nada contra, conseguiu uma surpreendente autorização para desfilar na Vieira Souto já há dois anos e atrai milhares de pessoas ligadas em redes sociais. É, na verdade, um show sobre rodas. Poderia ir para o Riocentro ou para a Sernambetiba e levaria para lá a mesma multidão convocada por facebook e twitter. Copacabana também recebeu um trio elétrico alienígena, cujo desfile resultou até em tragédia. O Simpatia é outra história. Bloco nascido e criado aqui, está no seu terreiro, assim como a Banda de Ipanema. Mas até os seus dirigentes admitem que cresceu demais. Uma solução talvez seja seguir o exemplo do Suvaco que tenta conter o gigantismo saindo de manhã. Se o Simpatia botar o bloco na rua às 9h da matina vai certamente fazer diferença.
Desfilando em locais afastados um do outro, os grandes blocos que não têm vínculos com os bairros poderiam até sair no mesmo dia e horário. Dividiram a freguesia. Alô, Eduardo Paes, foi bonita a festa, pá. Mas dá para melhorar sem transformar a orla carioca em um circuito Barra-Ondina.       

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Carnaval com firma reconhecida? Manda essa tristeza embora...


por Gonça
Tudo bem que é preciso conter os excessos. Mas só isso, os excessos. É tanta regra para o desfile dos blocos que daqui a pouco folião vai precisar de senha, crachá e darf na mão pra mostrar pro guarda municipal. Alô, autoridade, carnaval de rua é uma tradição carioca. Dá só uma olhadinha nessa foto de Hart Preston, da revista Life, nos anos 40. É isso, desde sempre: bloco na rua, sem burocracia. Manera, dotô, manda essa tristeza embora.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O mapa da folia carioca



O fotógrafo Paulo Múmia presta um verdadeiro serviço de utilidade pública. Envia a programação dos blocos cariocas para este Carnaval. Na foto ao lado, de 2008, os recados poílíticos e irreverentes do Simpatia é Quase Amor. Veja os principais blocos:  30/1/2010 - Banda de Ipanema - Ipanema - Rua Gomes Carneiro, Av. Vieira Souto, R. Joana Angélica, R. Visconde de Pirajá, até a Praça General Osório, onde acontece o encerramento.16 às 22 h
30/1/2010 - Spanta Neném- Lagoa- Ciclovia da Lagoa, do Corte do Cantagalo até o Clube Caiçaras.
30/1/2010 - Imprensa que eu Gamo- Laranjeiras- Rua Gago Coutinho, Largo do Machado em frente a Igreja, Rua das Laranjeiras, retornando a Gago Coutinho13 às 19 h
6/2/2010 - Simpatia é Quase Amor- Ipanema- Saída da Praça General Osório, Rua Teixeira de Melo, seguindo pela Vieira Souto (pista das edificações) até a Rua Henrique Dumont14 às 20 h
7/2/2010 - Se não quiser me dar, me empresta - IpanemaAv. Vieira Souto, da Vinícius de Moraes a Maria Quitéria, retornado a Vinícius de Moraes.12 às 18 h
7/2/2010- Suvaco do Cristo - Jardim BotânicoRua Jardim Botânico, da Rua Faro até a Praça Santos Dumont08 às 13 h
12/2/2010 - Rola Preguiçosa - Ipanema- Rua Maria Quitéria, Rua Visconde de Pirajá, Farme de Amoedo, onde dispersa, entre a Visconde de Pirajá e a Prudente de Moraes.19 às 22 h
12/2/2010 - Sapucapeto- Leblon- Sem deslocamento. Apresentação na Rua Dias Ferreira - entre a Prof. Azevedo Marques e a Ataulfo de Paiva18 às 22 h
13/2/2010 - Barbas - Botafogo - Rua Arnaldo Quintela, Rua da Passagem, até o cruzamento com a Álvaro Ramos13 às 19 h
13/2/2010- Dois pra lá, dois pra cá- Botafogo- Rua Álvaro Ramos, Rua General Góes Monteiro, Av. Lauro Sodré, Túnel Novo, Av. Princesa Isabel, Av. Atlântica, encerrando em frente ao Copacabana Palace.8 às 14 h
13/2/2010- Banda de Ipanema- Ipanema- Rua Gomes Carneiro, Av. Vieira Souto, R. Joana Angélica, R. Visconde de Pirajá, até a Praça General Osório, onde acontece o encerramento.16 às 22 h
14/2/2010- Cachorro Cansado- Flamengo- Rua Marquês de Abrantes, Rua Marquês do Paraná, Rua Senador Vergueiro, Rua Barão do Flamengo, onde dispersa.15 às 21 h
14/2/2010 - Simpatia é Quase Amor - Ipanema - Saída da Praça General Osório, Rua Teixeira de Melo, seguindo pela Vieira Souto (pista das edificações) até a Rua Henrique Dumont14 às 20 h
14/2/2010- Bloquinho- Leblon - Rua Dias Ferreira, Bartolomeu Mitre, Humberto de Campos, José Linhares, encerrando em frente ao n. 8514 às 18 h