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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Massa Falida da Bloch Editores: aviso sobre continuidade do pagamento da correção monetária devida aos ex-empregados

por José Carlos Jesus
Dando continuidade ao pagamento de parte da Correção Monetária determinada pela
Excelentíssima Dra. Juíza de Direito Maria da Penha Nobre Mauro, da Quinta Vara Empresarial, sob coordenação do assistente Dr. Cláudio José Silo Soares, informo aos colegas: 
nesta quarta-feira, 04 de setembro, o Banco do Brasil disponibiliza o pagamento da letra N, referente a mais uma parcela de parte da Correção Monetária para os ex-empregados de Bloch Editores habilitados na Massa Falida. Estão liberadas para quitação as letras de A a N. Até o próximo dia 17, é esperado o término dos pagamentos.
O trabalho de preparação dos Mandados — são mais de 2.500 de pagamentos — tem contado com a supervisão da síndica da Massa Falida de Bloch Editores, Dra. Luciana Trindade Pereira da Silva, das Escrivãs Dras. Bárbara Talia Gonçalves de Freitas Carrijo e Márcia Maria Barlleto, do Cartório da Quinta-Vara Empresarial. Segundo previsão, até o próximo dia 17 de setembro, todo o restante será pago
OBRAS DE ARTE
A nova expectativa dos ex-empregados é quanto à questão da liberação do Recurso Especial impetrado contra a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que beneficiou o espólio da família Bloch no tocante às obras de Arte. Este Recurso Especial está há anos nas mãos da Ministra Isabel Gallotti, no STF. Indo a leilão, estas obras de Arte vão gerar recursos para o pagamento dos Direitos Trabalhistas para centenas de ex-funcionários da empresa falida há 13 anos.
Vale lembrar, sobre os Embargos de Terceiro que versam  sobre as obras de arte reivindicadas pelo Espólio de Adolpho, que o Tribunal determinou a divisão do acervo, facultando ao inventariante do espólio, Sr. Pedro Jack Kapeller, a escolha das obras. Tal questão está pendente de julgamento pela Quarta Turma do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial n° 1099879, Relatora Eminente Ministra Isabel Gallotti
José Carlos Jesus
Presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Folha de São Paulo: Ruy Castro reforça denúncia sobre o sumiço do Arquivo Fotográfico da Manchete

Em artigo publicado ontem na Folha de São Paulo, o jornalista e escritor Ruy Castro escreve sobre a importância do acervo fotográfico que pertenceu às revistas da extinta Bloch Editores. Tema de várias matérias em grandes jornais e revistas, o sumiço de cerca de 12 milhões de fotos, negativos, cromos e reproduções mostra como o Brasil e suas instituições de preservação de documentos tratam a memória nacional. Há alguns anos, a Comissão dos Ex-Funcionários da Bloch Editores encaminhou correspondência ao Ministério da Cultura, Museu da Imagem e do Som, Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Associação Brasileira de Imprensa, Prefeitura do Rio de Janeiro, entre outros órgãos públicos, e a fundações culturais privadas (privadas mas muitas mantidas com verbas de renúncia fiscal, ou seja, dinheiro da sociedade, o que deveria levá-las a incluir o interesse público entre suas metas). O Ministério da Cultura respondeu vagamente que o assunto seria encaminhado. Como Ruy Castro destaca acima, o acervo foi a leilão por duas vezes, pelo menos um grande jornal e uma editora de revistas demonstraram interesse inicial, mas na fria análise de custo-benefício seus representantes não foram capazes de avaliar o conteúdo do arquivo àquela altura ainda relativamente preservado e com o tipo de catalogação possível. Um dos entraves teria sido o alto custo de digitalização do material. Com os compradores ausentes, e as instituições culturais omissas,  o acervo - cujo lance inicial chegou a ser estipulado em cerca de 2 milhões de reais - foi arrematado por um advogado por apenas 300 mil reais. Desde então, está desaparecido. O Globo publicou matéria sobre o assunto, chegou a falar com o proprietário, mas  não foi bem-sucedido na tentativa de localizar, investigar e fotografar o local onde supostamente estão guardadas as fotos, se é que ainda existem. Estimulado pela Comissão dos Ex-Funcionários, um grupo de fotógrafos entrou com uma ação na Justiça, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Associação dos Repórteres Fotográficos. Exigem que o proprietário pague direitos autorais das fotos eventualmente vendidas e que dê provas de que estão bem acondicionadas, climatizadas etc. Conseguiram uma pequena vitória, que mesmo assim deu em nada. Até que o mérito da questão seja julgado, o proprietário não pode comercializar o material, deve preservá-lo. Pelo que se sabe, até hoje, quase dois anos depois, não foi localizado para receber a citação. Ou seja, a medida é inócua e inútil como uma nota de três reais. Como o apelo às instituições não foi ouvido, as editoras jornalísticas não estão nem aí e a Justiça, cega, como dizem, não consegue encontrar as fotos, resta apelar a... Eike Batista. Tudo a ver. O empresário, na sua biografia, conta que sua rota de sucesso começou quando ainda na Alemanha viu na Manchete uma reportagem sobre Serra Pelada. Foi ali que decidiu entrar na corrida do ouro, a base do sua fortuna.  Então é isso: Eike, em homenagem à revista que lhe deu o pulo do gato, compra o arquivo e preserva uma fabulosa memória jornalística. 
Nem isso vai ser fácil. Como diz Ruy Castro no seu artigo, o arquivo está guardado "sabe-se lá onde e em que condições". 
"Nele jaz a história do Brasil", finaliza o escritor.