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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Justiça condena Zeca Camargo por supostamente ofender o falecido cantor Cristiano Araújo e a música sertaneja

Uma juíza de Goiás condenou o jornalista Zeca Camargo a pagar R$60 mil de indenização a João Reis de Araújo, pai do cantor sertanejo Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro em 2015, e aos seus empresários. Os autores da ação por danos morais, que dividirão a indenização, alegam que ao ler uma crônica na Globo News, Zeca Camargo foi preconceituoso e ofendeu a imagem do cantor e da música sertaneja. Zeca negou ter ofendido Cristiano, alegou que apenas expôs sua opinião de que ele não era ainda um artista de projeção nacional e que a crítica feita não foi ao seu trabalho, mas ao cenário musical brasileiro. .

Ainda cabe recurso à sentença. Caso confirmada, ela atingirá Zeca Camargo e o jornalismo. A liberdade de expressão será relativizada e os veículos de comunicação terão que rever seus conteúdos. O que é, por exemplo, "ofender a imagem da música sertaneja" ou de qualquer outro objeto de crítica? Zeca Camargo nem entrou nesse mérito, mas, daqui pra frente, confirmando-se essa sentença, não se pode dizer que esse tipo de música, como qualquer outra, pode ser ruim ou até intragável? O funk é muito criticado. Falar mal do funk pode, da música sertaneja, não? Sério?

Leia mais sobre a condenação de Zeca Camargo, clique AQUI

E veja o vídeo da crônica que motivou o processo. Clique AQUI

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Mídia: a pauta dominante da semana passada (e as charges do Alpino)


por Clara S. Britto
A morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo foi o tema principal na TV aberta, internet e rádio, principalmente, além da cobertura factual nos principais jornais do país. A música sertaneja, apesar de ampla exposição da TV, não é dominante nos grandes centros. É absoluta na Região Oeste do país e interior de SP e MG e alcança o interior do PR. Na Região Norte tem penetração um pouco menor e, em Belém, divide a preferência com os ritmos locais, como o carimbó, a toada. No Nordeste, acontece algo parecido, com a forte influência e concorrência do forró e do axé. Em capitais como o Rio de Janeiro e em bairros de classe A de São Paulo, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba e Florianópolis (capital da música eletrônica), a musica sertaneja não mostra muita força em todas as classes, mas tem seu público e consegue atingir certos bolsões. No Rio, por exemplo, a maioria dos sertanejos que fazem shows com bons públicos na Barra da Tijuca, um universo carioca com gostos muito particulares, ou nas casas de espetáculos das cidades do Grande Rio são desconhecidos em Ipanema, Leblon, Lagoa, Gávea, Botafogo e no tradicional bairro da Tijuca, a "capital" carioca do samba. Funk, samba, chorinho, bossa nova, rock, pop, música eletrônica são concorrência forte para os cowboys do interior. Por isso, muita gente e surpreendeu com a repercussão da morte de Cristiano e da sua namorada Allana em acidente de carro. Até apresentadoras erraram o nome do cantor na TV: uma o chamou de "Cristiano Ronaldo", outra de "Leonardo". Claro que as circunstâncias, a idade das vítimas, tudo isso fez aumentar a comoção em torno do acidente e também motivou um interesse maior da mídia. Mas o fato é que grande parte do país não conhecia Cristiano Araújo, que tinha sucessos nas paradas desde 2011, e não via a maioria dos programas de TV nos quais ele era presença frequente. Por ser por preconceito ou por uma simples questão de gosto, mas o fato é que o cantor era
produto de um universo que tem sua importância e seu grande público, goste-se ou não, mas que fica à margem da parcela da maioria da população que aponta para a parte de cima da classe média.
Daí, charges como a de Alpino que bombou na internet. Aliás, Alpino tem a característica jornalística de estar sempre ligado nos fatos, com um lápis rápido no gatilho.
Veja outros exemplos, abaixo, e conheça o blog do cartunista.





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