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segunda-feira, 11 de julho de 2016

A mídia na Eurocopa 2016: Capas que contam uma história, previsões que falharam...









por Jean-Paul Lagarride
Portugal não venceu apenas a Eurocopa. Venceu os céticos. No começo do torneio, Portugal quase nem era notado. Apenas Cristiano Ronaldo era citado nos comentários. Quando Islândia e País de Gales se tornaram as gratas surpresas do torneio até CR7 perdeu espaço.
Enquanto isso, o jogo da Alemanha era exaltado como "inteligente", de jogadas altamente científicas e planejadas, quase imbatível; a Espanha, a julgar pelos elogios, era dada como certa nas finais; Iniesta, que é um craque, foi aclamado como sendo dotado de poderes extraterrestres até que se apagou na eliminação da Espanha pela Itália desacreditada. Diziam que a França, embora sem um grande time, talvez chegasse à decisão no Stade de France por sua tradição de se superar em casa. Até a Bélgica ganhou adjetivos admirados.
Portugal, que não passaria de um esforçado coadjuvante, avançou à custa de empates e um golzinho na prorrogação. Só quando os patrícios mandaram País de Gales pra casa passaram a chamar alguma atenção. Os favoritos ficaram no caminho. Curiosamente, perdedores adeptos de um mesmo estilo, o de intensa e rápida troca de passes, Alemanha, Bélgica e Espanha praticaram um esquema que levava a bola às imediações da pequena área mas falhava nas finalizações. Mais ou menos como a França, ontem.
Ao tiki-taka que rolou nos estádios da França, como o estilo da Espanha importado do Barcelona, faltavam um Messi, um Neymar e um Suárez para balançar as redes.
Do Brasil me contam que, ontem, na TV, o capitão Carlos Alberto Torres, que não achou assim tão alto o nível da Eurocopa 2016, deu uma invertida em um comentarista que se preparava para um enredo-exaltação ao futebol das seleções europeias, que ele classificou como de uma "evolução" do futebol. Menos, pediu o craque tricampeão.
A Eurocopa foi sim um grande espetáculo, momentos sensacionais, estádios lotados, uma bela festa do futebol, a Islândia e País de Gales fizeram história, os hooligans que ameaçaram criar problemas no início foram embora mais cedo junto com a seleções da Inglaterra, Rússia, Polônia e Irlanda, mas parte da mídia europeia permaneceu crítica em relação ao nível técnico apresentado principalmente pelas seleções das chamada elite. Alguns jogos foram chatos. Ontem, descontada a emoção típica de final, o primeiro tempo de Portugal e França foi medíocre. O segundo melhorou um pouco.
E Portugal foi justamente premiado pelo esforço, pela defesa que conteve as ofensivas da França, por Ruy Patrício, e pela determinação em procurar o gol nos últimos 40 minutos, aí incluída a prorrogação, e pelo Éder e seu DNA de camisa 9.
Hoje, as capas dos jornais europeus se alternam entre a alegria de Portugal e a tristeza da França.







E O ÔNIBUS DA SELEÇÃO FRANCESA VAI LEVAR UMA NOVA MÃO DE TINTA: JÁ ESTAVA ESTACIONADO À SAÍDA DO STADE DE FRANCE COM A COMEMORAÇÃO DO DO TÍTULO QUE NÃO VEIO...
Reprodução Twitter

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Jornalistas brasileiros são vítimas de agressão racista por parte de torcedores alemães. Polícia francesa se recusa a agir contra os hooligans neonazistas.

O cinegrafista Oliveira foi agredido
por alemães em Paris.
Reprodução/Band 
por Jean-Paul Lagarride 

Uma equipe da Band foi agredida por torcedores racistas, em Paris. A repórter Sonia Blota e o cinegrafista Fernando Oliveira estavam em frente à Gare du Nord, de onde partem trens que levam Stade de France, quando foram cercados por alemães - esses grupos de torcedores são geralmente gangues de neonazistas - que aos gritos  de "go out niggers" empurraram e chutaram os jornalistas. um deles ainda os ameaçou com uma pedaço de madeira e deu um tapa na cara do cinegrafista. Os repórteres procuraram ainda no local policiais que, na prática, foram coniventes sob a alegação de que não podiam fazer nada já que não havia feridos e que se interviesse poderia iniciar um conflito mais grave.
A repórter Sonia Blota: vitima
de torcedores neonazistas alemães. 

As vítimas não foram atendidas na Gare e se dirigiram a uma delegacia onde levaram quatro horas só para registrar a queixa.

A polícia francesa já está sob a suspeita de promover uma repressão seletiva aos hooligans. torcedores violentos ingleses e alemães que não têm sido alvos de medidas mais rigorosas, embora tenham protagonizado tumultos e cenas como a que atingiu os brasileiros. Até o momento, o alvo principal são os hooligans russos, dezenas deles presos e dois já condenados a dois anos de cadeia. Esses grupos, como os assemelhados que atacam os estádios brasileiros, são formados basicamente por bandidos independentemente das suas nacionalidades. E não podem ser combatidos seletivamente apenas por razões de política e geopolítica. Especula-se que, no momento em que a Inglaterra está às vésperas de decidir sair ou não a União Europeia, as autoridades não querem criar problemas com repercussão diplomática ou na opinião pública britânica.

sábado, 7 de novembro de 2015

Robert Capa: exposição na França mostra o fotojornalismo colorido do mestre do preto e branco

Piloto americano à frente de um bombardeiro B-17, na Tunísia. Foto Roberto Capa
Queda de bombardeiro na França. Foto de Robert Capa
Mulher na praia, França, 1951. Foto Robert Capa

Indochina, 1954. Foi durante a cobertura dessa guerra que Capa morreu ao pisar em uma mina terrestre. Foto Robert Capa
Para quem não estiver preso pela Lava Jato ou com medo de viajar para o exterior, como certos dirigentes esportivos e notórios políticos, uma dica é a exposição "Robert Capa et la coleur", no Château de Tours, na Av. André Malroux, em Tours, a menos de uma hora de Paris via TGV. A mostra será aberta no próximo dia 21 e ficará em cartaz até 29 de maio de 2016 e reúne as primeiras fotografias coloridas de Capa, feitas a partir de 1941 até 1954, quando o fotojornalista húngaro naturalizado americano e que era conhecido como um mestre do preto&branco, morreu na Indochina, atual Vietnã, com ao pisar em uma mina terrestre. Capa foi encontrado com as pernas destruídas e com a câmera ainda nas mãos.
Do seu acervo colorido, foram selecionadas 150 impressões, algumas delas publicadas nas revista, Life,  Life and Collier e no jornal Evening Post.Capa, um dos fundadores da agência Magnum, começou a usar a cor ainda em 1938, quando raros fotojornalistas a adotavam. Ele passou a carregar câmeras extras com filmes Kodachrome 35mm ou 4x5 e Ektachrome com a qual fez algumas fotos coloridas durante a Guerra Civil da Espanha e da Guerra China-Japão. Ocasionalmente, ele usou cor na Segunda Guerra, como ao cobrir ações de batalhões franceses e americanos na Tunísia, embora suas fotos mais famosas do conflito mundial sejam as do desembarque na Normandia e as da libertação de Paris. Para mais informações, clique AQUI

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Imagens de um pendrive de viagem: Estrasburgo

por José Esmeraldo Gonçalves
Estrasburgo: canal do rio Ill

Barco de turistas em uma das eclusas dos canais

Ponte Coberta: torres medievais construídas em 1.200 guardavam o rio 

A Barragem Vauban, de 1681, era acionada para fechar o rio e inundar parte do acesso à cidade impedindo invasões. 

A Catedral de Notre Dame.  A obra iniciada em 1277, quando a nave e o coro ficaram prontos, só foi concluida (fachada e portais) em 1439

O Relógio Astronômico da Notre Dame de Estrasburgo.  Sempre às 12h31 figuras mecânicas de apóstolos desfilam diante de Cristo. 

Foi  montado em 1352. São três andares em formato de um grande altar. Mostra a posição da lua, do sol, um calendário e um mapa de eclipses e as datas das festas móveis cristãs.