Mostrando postagens com marcador hitler. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador hitler. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Cartazes nazistas em Santa Catarina. Justiça não vê "dolo" e absolve integrantes da organização "White Front"





O DCM (Dário do Centro do Mundo) noticia que o  juiz Augusto Cesar Aguiar, da 1ª Vara Criminal de Itajaí, rejeitou a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina e absolveu Fabiano Schmitz e Kaleb Frutuoso das acusações de crime de preconceito de raça, por associação ao nazismo. Eles foram presos em 2014, pela distribuição de cartazes em homenagem ao aniversário de Adolf Hitler. Os cartazes, que tinham a inscrição “Heróis não morrem. Parabéns Führer”, apareceram no Centro de Itajaí e eram assinados por uma entidade chamada White Front – Frente Branca. O juiz achou que não houve dolo nem intenção de divulgar o nazismo. Leia mais no DCM, AQUI

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Brasil tem encontro marcado com a Noite dos Cristais?

O pior legado desses dias é a intolerância institucionalizada e cada vez mais evidente nas ruas.

Com o avanço da direita e das facções religiosas fundamentalistas, do preconceito, do racismo, do individualismo acima de tudo, do "Estado mínimo" ou nenhum Estado, da apropriação dos serviços de saúde e educação e das demais estruturas públicas, desenha-se o faroeste caboclo.

Manda e usufrui da sociedade quem tem força. Milícias da direita radical e neonazista já partem das palavras para a ação e já inspiram leis no Congresso.

Políticos fazem avançar projetos que jogam o Brasil em um fosso de atraso social, traficantes ligados a evangélicos quebram locais de culto a entidades de religiões afro-brasileiras; protótipos de terroristas que enxergam o diabo até na mãe lançam bombas em centro espiritual; mães-de-santo são agredidas a pedradas; qualquer indício de diversidade é julgado, condenado e lançado na fogueira moral; frequentadores de uma exposição de arte são filmados e ameaçados; um general que certamente tem cúmplices prega o golpe em ataque à Constituição é agora elogiado por superiores e fica imune a punição; escolas são invadidas e professores ameaçados por não pregar o ideário fascista; índios e grupos de sem-terra são massacrados por policiais, ruralistas e garimpeiros; por último (veja a ilustração), um advogado negro se depara com um cartaz nada sutil colado em frente ao seu escritório há poucos dias.

Jornalismo é um dos temas preferidos desta página. Em 1920, um pequeno jornal de Munique, o  Münchener Post, publicou a seguinte nota:

“Uma espécie de partido, que ainda anda de fraldas e aparenta ter saúde bem fraca, vem aparecendo às vezes em público sob o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Na terça-feira à noite, um senhor chamado Hitler falou sobre o programa desse partido".

O texto ainda informava que o antissemitismo era um dos pilares do novo partido que havia sido fundado um ano antes, com 200 filiados. Ninguém pode acusar Hitler de esconder o jogo: ele já propagava então as ideias que pôs em prática pouco mais de dez anos depois dessa simples e discreta notícia publicada em um jornal que rodava menos de 10 mil exemplares e que a grande mídia da Alemanha não percebeu.

Para saber mais sobre o Münchener Post há um bom livro nas boas casas do ramo, fruto de uma minuciosa pesquisa da jornalista brasileira Silvia Bittencourt: “A Cozinha Venenosa – Um Jornal Contra Hitler”. "Cozinha venenosa" era o apelido que Hitler dava ao pequeno jornal. Dez anos depois, o partido de Hitler tornou-se uma força política, alcançou 4 milhões de adeptos.

Em 1933, Hitler passou a chanceler do Reich. O Münchener Post não resistiu e, pouco depois, foi invadido e destroçado. Bem antes disso, ao difundir o "grande medo"  - a ascensão do comunismo - os nazistas já haviam se tornado influentes em alguns veículos da grande mídia, além de manter seu próprio jornal, o Der Stürmer, que estampava títulos sobre crimes sexuais e financeiros cometidos por judeus e comunistas, denunciava a arte"degenerada", pregava a depuração racial, o controle dos valores da família e das escolas. Com a ascensão de Hitler, muitos jornais foram encampados e a Alemanha passou a ter uma única voz.

O Münchener Post, se ainda existisse, poderia ter dado a manchete que suas linotipos não chegaram a compor:  "Bem que nós avisamos".

A Noite dos Cristais tropical vai ser quando mesmo?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Trump é o homem do ano da revista Time. Mas o diretor de arte fez seu protesto sutil na capa... Observe que o M virou o chifre do demo...




por Ed Sã

A Time aponta Donald Trump como "homem do Ano, Nada demais. A revista já elegeu Adolf Hitler como a personalidade de 1938.

O empreiteiro está na capa dessa semana. Só que o diretor de arte fez uma pequena sacanagem e plantou um par de chifres acima da testa da demoníaca figura. O detalhe não passou despercebido das redes sociais.

Se Trump vai detonar a bomba A sobre a China, se vai invadir Cuba, se vai lançar gás paralisante na Coréia do Norte, se vai instalar tornozeleira eletrônica em todos os mexicanos, nada disso está confirmado. O que é certo é que o futuro presidente dos States fará a festa dos humoristas e caricaturistas.

E, aí sim, ele poderá acionar os marines contra a rapaziada. Trump já dá sinais de que não vê como humor as gozações com a sua exótica figura nem com as suas correspondentes ideias. Tem reclamando tanto que até parece intimidação.

Nas últimas semanas, ele tem deixado de lado as ocupações da transição do governo para se preocupar com o programa Saturday Night Live, no qual o ator Alec Baldwin faz uma imitação que tem divertido a audiência.

Está tudo lá, incluindo a franja e o biquinho.

O programa está até dando uma folga ao roteirista do quadro. Segundo Baldwin, Trump é roteirista de sua própria série.  "Todo o material que usamos, foi ele mesmo que nos deu”, diz ele.

A Time ainda fez um provocação: deixou claro que Trump é o presidente do Divided States os America, como diz a chamada de capa.

E, para finalizar: a propósito de Trump agora fazer parte da galeria de personalidades do ano da revista, ao lado de Hitler, vale lembrar que, segundo o escritor e pesquisador John Lukacs, que escreveu o livro "Churchill X Hitler",  o líder nazista tinha um "medo mórbido" de ser ridiculizado.

Há relatos de que ele chegou a assistir ao filme "O Grande Ditador", a genial sátira de Charles Chaplin e teria gostado apenas de ver Mussolini retratado com de baixa estatura. Isso não o impediu de determinar ao Partido Nazista agisse para proibir o filme, que só foi exibido na Alemanha em 1958.

Como Trump, Hitler era o autor do seu próprio roteiro. Nem Chaplin criou aquele ridículo bigodinho, nem o Saturday Night Live é o autor da bizarra franja do presidente eleito dos Divided States.  

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Filmes, bonequinhos, palmas e sono

por Lenira Alcure
Os bonequinhos de O Globo batem palmas para o filme ‘A Árvore da Vida’, do americano Terrence Malick, o que não chega a ser novidade, porque o filme ganhou a Palma de Ouro de Cannes. Os mesmos bonequinhos dormem durante a sessão de ‘Melancolia’, do dinamarquês Lars von Trier, expulso do mesmo Festival, não por causa do filme, mas por uma declaração pra lá de desastrada, a de simpatizar com Hitler e até mesmo ser um tanto nazista. Brincadeira? Provocação? Confissão?
Difícil responder por ele. Mas autores e suas obras não podem ser misturados quando se faz a avaliação artística de um livro, uma peça, um filme. Não sou uma crítica especializada, mas acho que um filme, como um livro, tem que narrar uma boa história-fictícia ou real. Os dois filmes falam de conflitos familiares, sob uma perspectiva que inclui a própria história do mundo.
O primeiro, num show espetacular de imagens, deixa a narrativa à deriva, em uma viagem que se pretende espiritual, embalada em alguns chavões psicanalíticos e comportamentos estereotipados. Um tédio! Meu bonequinho interno (e também o da minha amiga, de 25 anos, ao meu lado) mal resistiram ao sono. Já ‘Melancolia’ segura a atenção do espectador o tempo todo. Não é mais o passado, mas o futuro que nos espreita. Enquanto ‘A Árvore’ assume o discurso moralista, bíblico até, o segundo é cético, não aponta nenhuma saída, mas nos acena com a solidariedade no caos que se avizinha. Não é uma boa perspectiva, mas nos faz pesar afinal o que vale ou não a pena. Meu bonequinho bateu palmas! É uma belo filme e eu recomendo.