Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores
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domingo, 8 de setembro de 2019
Amazônia ainda na mídia internacional e a gangue das queimadas acima da lei
A mídia internacional enviou equipes para testemunhar no próprio local a destruição da amazônio pelo fogo de fazendeiros, posseiros e garimpeiros. A mídia brasileira aos poucos reduz espaço para o assunto. Nessa semana, apenas a revista Época destaca o problema que persiste e focaliza a gangue que incendeia a mata. Segundo os ambientalistas, setembro é o mês onde tradicionalmente ocorrem mais focos de queimadas. A ver se a mídia nacional vai agir como extintora ou denuncia
quinta-feira, 16 de maio de 2019
Brasil com imagem suja lá fora. Só o esporte e a cultura limpam a barra
por Ed Sá
Durante a ditadura, a imagem do Brasil na mídia internacional refletia a sujeira institucional do país.
As notícias positivas eram geradas apenas pelo esporte (Copa de 70, Nelson Prudêncio, João do Pulo, Emerson Fittipaldi, iatistas garantindo medalhas nas Olimpíadas...) e pela cultura (Gláuber Rocha, principalmente, Melhor Diretor em Cannes com "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", e Leão de Ouro no Festival de Veneza com "A Idade da Terra"...)
Vivemos hoje muito mais semelhanças do que diferenças. O Brasil é agora visto lá fora como um neofascista aliado aos piores, é anti-ambientalista, anti-globalista, consolida-se como inferno do porte de armas, é a favor do uso indiscriminado de agrotóxicos, inimigo da educação e da saúde públicas, prepara um cruel confisco da Previdência travestido de reforma, criminaliza os movimentos sociais, troca o Estado laico pelo privilégio às facções religiosas fundamentalistas e sinaliza novas ações corruptas e até suspeitas de ligações com milicianos paramilitares.
O esporte anda meio em baixa, mas a única e boa notícia recente é histórica: a vitória da equipe de revezamento 4-100 no Mundial de Atletismo. Os brasileiros Rodrigo Nascimento, Jorge Vides, Derick Souza e Paulo André de Oliveira derrotaram os Estados Unidos na final, em Yokohama, no Japão neste domingo (12) no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão.
Quanto à cultura, tida pelo governo como virtual "inimiga", o destaque é o filme "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que está na competição pela Palma de Ouro em Cannes e tem no elenco Sonia Braga, Udo Kier, Bárbara Colen, Silvero Pereira, Thomas Aquino e Karine Telles. Não será fácil, mas o filme tem chances, foi bem recebido pela crítica e recebeu aplausos da plateia em sessão para convidados. "Bacurau" é visto como "um grito de resistência".
Durante a ditadura, a imagem do Brasil na mídia internacional refletia a sujeira institucional do país.
As notícias positivas eram geradas apenas pelo esporte (Copa de 70, Nelson Prudêncio, João do Pulo, Emerson Fittipaldi, iatistas garantindo medalhas nas Olimpíadas...) e pela cultura (Gláuber Rocha, principalmente, Melhor Diretor em Cannes com "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", e Leão de Ouro no Festival de Veneza com "A Idade da Terra"...)
Vivemos hoje muito mais semelhanças do que diferenças. O Brasil é agora visto lá fora como um neofascista aliado aos piores, é anti-ambientalista, anti-globalista, consolida-se como inferno do porte de armas, é a favor do uso indiscriminado de agrotóxicos, inimigo da educação e da saúde públicas, prepara um cruel confisco da Previdência travestido de reforma, criminaliza os movimentos sociais, troca o Estado laico pelo privilégio às facções religiosas fundamentalistas e sinaliza novas ações corruptas e até suspeitas de ligações com milicianos paramilitares.
O esporte anda meio em baixa, mas a única e boa notícia recente é histórica: a vitória da equipe de revezamento 4-100 no Mundial de Atletismo. Os brasileiros Rodrigo Nascimento, Jorge Vides, Derick Souza e Paulo André de Oliveira derrotaram os Estados Unidos na final, em Yokohama, no Japão neste domingo (12) no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão.
O quarteto campeão mundial do revezamento 4x100. Foto de Wagner Carmo/CBAt/Divulgação |
Quanto à cultura, tida pelo governo como virtual "inimiga", o destaque é o filme "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que está na competição pela Palma de Ouro em Cannes e tem no elenco Sonia Braga, Udo Kier, Bárbara Colen, Silvero Pereira, Thomas Aquino e Karine Telles. Não será fácil, mas o filme tem chances, foi bem recebido pela crítica e recebeu aplausos da plateia em sessão para convidados. "Bacurau" é visto como "um grito de resistência".
sexta-feira, 8 de março de 2019
The Guardian destaca o Carnaval brasileiro como festa política
No Guardian: Mônica Benício na Mangueira; Marielle presente; e as "Barbies Fascistas" que ironizam apoiadoras do Bolsonaro. Reproduções. (link abaixo) |
por Jean-Paul Lagarride
The Guardian registra os protestos que animaram o carnaval brasileiro. Críticas a Bolsonaro, sexismo, assédio, feminismo e exigências de respeito desfilaram ao lado de baterias e trios elétricos, além de referências recorrentes a Marielle Franco, assassinada em atentado político ao lado do seu motorista Anderson Gomes. Junto ao título da matéria, o jornal inglês postou uma foto da viúva de Mônica Benício, viúva de Marielle, na Mangueira.
O vídeo pornô divulgado por Bolsonaro, o presidente de folga que navegava na internet, também é citado como tendo levado o mandatário brasileiro ao topo do ranking global do ridículo. The Guardian atribui o compartilhamento do vídeo à irritação de Bolsonaro com os protestos. Nocauteado pelas ruas, ele quis condenar o carnaval. Publicada hoje, Dia Internacional da Mulher, a reportagem destaca a forte presença feminina no carnaval em defesa das bandeiras da alegria, mas sem esquecer a política.
LEIA A MATÉRIA AQUI
sexta-feira, 28 de abril de 2017
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
A Pec da morte na mídia internacional
por Jean-Paul Lagarride
A mídia internacional registrou com desconfiança, em geral, a aprovação da Pec da Morte. Em quase todas as matérias é destacado o envolvimento da alta cúpula do governo em denúncias de corrupção e não é omitida a forte reação popular às medidas que são uma espécie de contrapartida do golpe aos especuladores financeiros.
A mídia internacional registrou com desconfiança, em geral, a aprovação da Pec da Morte. Em quase todas as matérias é destacado o envolvimento da alta cúpula do governo em denúncias de corrupção e não é omitida a forte reação popular às medidas que são uma espécie de contrapartida do golpe aos especuladores financeiros.
No Le Monde, referência às consequências na saúde e na educação publicas. |
Guardian fala em congelamento social |
Protestos nas ruas contra as medidas impostas ao país por um Senado onde muitos representantes são citados em denúncias de corrupção |
Wall Street: mesmo a "biblia" financeira cita no texto da reportagem que a Pec 55 foi aprovada em sessão rápida, op que é inusual, e com pouca discussão. |
A repressão violenta aos manifestantes também ganhou espaço na mídia internacional. |
Daily Mail; medidas controvertidas. |
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Na maratona da cobertura da Rio 2016, a mídia internacional acumula algumas desclassificações... jornalismo "bizarro" no Le Monde, o assalto que parece fantasia, a polêmica do biscoito Globo, o repórter do Daily Beast expulso dos Jogos, o diplomata russo que não era russo nem diplomata...
Lavillenie no Le Monde: "licença literária" |
Quando o brasileiro Thiago Braz surpreendeu Renaud Lavillenie e cravou 6.3m no salto com vara, o francês, campeão olímpico, se posicionou, já no desespero, para tentar superar a marca. Antes mesmo de ecoarem vaias no Estádio Olímpico, a expressão dele era de derrota. A reação da plateia em apoio ao brasileiro desestabilizou de vez o assustado Lavillenie. E não deu outra. Falhou na tentativa e viu Thiago Braz comemorar sua merecida medalha de ouro.
O francês criticou as vaias e se recusou a cumprimentar o brasileiro. Depois, aparentemente desnorteado, comparou a torcida aos alemães que vaiaram o negro Jesse Owens, campeão nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1936, sob o olhar de Hitler.
Uma comparação que não fez sentido. Lavillenie deve saber que os brasileiros que foram ao estádio ver esporte com paixão têm, com certeza, muito menos a ver com o nazismo do que os apoiadores do marechal Pétain e os colaboracionistas franceses que, em plena ocupação alemã, subordinaram a França aos nazistas tentando dar uma aparência "legal" à sangrenta invasão. E muitos não os vaiaram
Mas o besteirol pós-Thiago Braz não parou aí. O repórter Anthony Hernandez, do Le Monde, descreveu a derrota de Lavillenie depois de supostamente ouvir o treinador do francês, Philippe d'Encausse, dizer que o Brasil é um país " bizarro" e que Thiago vencera "com ajuda do candomblé".
O repórter admitiu depois que o treinador jamais disse essa frase e que talvez nem conheça o candomblé. Hernandez confessou que a polêmica declaração foi inserida no texto por ele como uma "licença literária".
Isso sim é jornalismo bizarro.
The New York Times: culinária carioca é o fim da picada. |
A crítica de Segal irritou os cariocas que usaram as redes sociais para responder ao americano. Um citou a mania dos gringos por hamburger feito de "minhoca" e de sobras de carne de quinta categoria. Outro lembrou a fixação dos americanos por pasta de amendoim, ingrediente que eles usam até no sexo oral.
Repórter prepara armadilha para gays e é expulso dos Jogos |
Hines publicou dados dos usuários do aplicativo revelando nacionalidades, altura, peso, idioma etc. Atletas que vieram de países onde o homossexualismo é crime e, em alguns caso, punido com pena de morte, relataram que suas vidas podem correr perigo.
O COI baniu o jornalista, cassou sua credencial, e o Daily Beast retirou a reportagem do ar.
Polícia investiga suposto assalto sofrido por atletas americanos. |
Logo no começo da Olimpíada houve outra trapalhada. Essa, com a ajuda da mídia brasileira que divulgou, sem mínima apuração, o caso de um "diplomata russo", um "vice-cônsul", que teria sofrido um assalto na Barra da Tijuca, reagido, e eliminado o assaltante a tiro. A notícia correu o mundo.
O assalto aconteceu, segundo a polícia, o ladrão foi mesmo morto pelo homem que não era russo, muito menos diplomata, não se chamava Komarov e nem morava em Moscou. O sujeito era mineiro e, na carteira de identidade, estava lá o nome da figura: Marcus Cezar. O consulado russo desmentiu, mas aí a "notícia" já estava correndo o mundo.
Coisa do folclore jornalístico em ação na cobertura da Rio 2016.
Os cariocas agradecem a atenção dispensada, mas dizem que já têm muito problemas reais e não precisam de reportagens incrementadas por "licenças literárias".
ATUALIZAÇÃO em 18/8/2016:
MENTIROSOS
Vídeo e depoimentos de testemunhas divulgados ontem desmoralizaram de vez a versão mentirosa dos atletas norte-americanos.
Um dos atletas confessou que não houve roubo.
Representantes da comitiva dos Estados Unidos apresentaram desculpas oficiais à Rio 2016.
Os americanos mentiram com o objetivo de ocultar a prática de vandalismo em um posto de gasolina e, por motivos pessoais, minimizar eventuais consequências da animada noitada e da bebedeira.
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Rio 2016,
thiago braz
sexta-feira, 18 de março de 2016
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