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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O fotógrafo Marcelo Horn capta luzes e cores da fé e religiosidade cubanas

O caminho da fé. Foto de Marcelo Horn

A Sinagoga Beth Shalom. Foto de Marcelo Horn

Kipá na terra da guayabera. Foto de Marcelo Horn

Nas fotos de Marcelo Horn, o judeu solitário e...

...a multidão católica.

Na Igreja de Nossa Senhora da Caridade do Cobre... 

...a oração dos fiéis. Fotos de Marcelo Horn.

por José Esmeraldo Gonçalves
Dilma em Cuba, Cuba é notícial. Na comitiva estão muitos jornalistas brasileiros e, nos próximos dias, certamente veremos na mídia a ilha sob análise. Investimentos do Brasil, reformas econômicas, direitos humanos, dissidentes, Fidel, Raul Castro e as relações internacionais com um país que sofre um bloqueio econômico decretado pelo presidente americano John Kennedy há exatos 50 anos (a operação que visava estragular Cuba economicamente começou em 3 de fevereiro de 1962, meio século na próxima sexta-feira). Haverá muito assunto. Mas o fotógrafo Marcelo Horn, que atuou na revista Manchete, captou um ângulo especial e, de certa forma, pouco focalizado. A expressão da religiosidade local. Marcelo visitou uma sinagoga, uma igreja católica e flagrou uma procissão nas ruas de Santiago. Viu que a comunidade judaica de Cuba é pequena mas ativa. Seriam menos de 2 mil judeus. Em 1959, antes da revoluçao cubana, eram cerca de 15 mil. Alguns historiadores afirmam que entre os judeus que aportaram em Cuba estavam grupos que escaparam de Recife ao fim da ocupação holandesa em 1654.
Há sinagogas em Havana, Santiago e Camaguey. Marcelo fotografou o interior da Beth Shalom, em Havana. Em uma cidade onde há ruas inteiras com prédios em precária conservação, o fotógrafo conta que ficou impressionado ao se deparar com um espaço tão bem cuidado. "É impecavelmente conservada. Não vi nada em Cuba daquele jeito", diz.
A câmera "ecumênica" de Marcelo Horn também flagrou uma procissão católica, religião que, em Cuba,  é marcada  por um forte sincretismo à semelhança daquele que se verifica na Bahia. Centenas de cubanos acompanhavam, em Santiago, a imagem de Nuestra Señora del la Caridad del Cobre, considerada a padroeira do país e que seria a representaçaõ de Ochún (Oxum). A santa, segundo os devotos, teria sido encontrada no mar boiando em uma tábua onde estava escrito: "Sou a Virgem da Caridade".
Um Encontro Internacional de Estudos Sócio-Religiosos realizado em Cuba, há alguns anos, divulgou que cerca de 85 por cento da população teria "algum sentimento religioso".
Marcelo capturou luzes e cores dessa discreta expressão da alma cubana.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cuba, o passado que não passa (segundo registros de viagem do fotógrafo Marcelo Horn)

Cuba 2011. F\oto: Marcelo Horn

Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn


Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn

Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn


Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn

Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn

Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn

Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn

Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn

Cuba 2011. Foto: Marcelo Horn
por Gonça
O fotógrafo Marcelo Horn - que atuou na Manchete e em outras revistas da extinta Bloch - acaba de voltar de Cuba. Em férias do trabalho mas não da arte de fotografar, captou aspectos da vida e rotina da sociedade cubana. Muito além da simples visão do turista acidental - ele ressalta que, ao viajar, um dos seus maiores prazeres, além de fotografar, claro, é conversar com pessoas comuns, tentar aprofundar suas impressões sobre o lugar visitado diretamente com a população, afastando-se de um enfoque pré-concebido. Foi o que fez. Marcelo voltou impressionado com a pobreza em Cuba, com o que viu e ouviu sobre precárias condições de moradia, de trabalho, de opções de ascensão social. Este blog publica uma pequena parte desse material. Aqui, Marcelo capta cenas atuais que remetem a um filme rebobinado. Focaliza as mensagens revolucionárias que persistem em meio à tênue e incipiente abertura econômica empreendida por Raul Castro. Enquadra slogans políticos em contraponto a automóveis dos anos 50, (com as honrosas exceções de um Fusquinha, provavelmente mexicano, um Lada russo. um side-car retrô e um jipão com cara de novo, seria um Land Rover?). Antigos Ford. Oldsmobile, Bel-Air, Nash etc são "icones" da presença americana nos tempos do ditador Fulgêncio Batista. Na visão do fotógrafo, confrontados com os slogans, compõem a cena do passado que não passa.