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sábado, 10 de agosto de 2013

“Amor à Vida” foi um dramalhão de matar na hora de tirar Nicole de cena

por Eli Halfoun
Foi um festival de lágrimas, um dramalhão de fazer inveja às antigas e superadas novelas mexicanas, mas se a intenção do autor Walcyr Carrasco era apresentar um folhetim como antigamente ele não errou a dose: a morte da personagem Nicole (Marina Rui Barbosa) conquistou recorde de audiência para a novela, o que mostra que não é sempre que o público está interessado em novelas que tentem estar o mais próximo possível de uma realidade às vezes mais tensa, ridícula e exagerada do que a ficção. Público e atores sabiam que Nicole ia morrer e talvez por isso o autor tenha levado para a igreja quase toda a equipe médica do hospital em que ele se tratava do câncer fatal. Só esqueceu de montar na sacristia uma sala de emergência para atender a noiva que emocionada fatalmente passaria mal mesmo que não tivesse descoberto a traição do noivo e da suposta melhor amiga. Foi estranho ver no casamento personagens que Nicole sequer conhecia, mas como em novela tudo é possível...

Talvez os convidados que mal conheciam a noiva e o noivo tenham ido ao casamento por uma mórbida curiosidade já que a morte de Nicole era mais do que esperada e anunciada. O autor Walcyr Carrasco tinha prometido uma cena romântica, mas parece ter esquecido a promessa e exagerou na dose de dramalhão. Isso não invalida o bom trabalho que ele tem feito até agora, especialmente nas cenas que envolvem o personagem Felix e a “inteligência pura” Valdirene. Se dependesse apenas dos exageros (começaram no hospital) do casamento e morte de Nicole a novela “Amor à Vida” teria um título mais adequado se chamasse o “Amor à Morte”. O dramalhão da morte de Nicole foi mesmo de matar. (Eli Halfoun)