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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sergio Ross: momentos de um amigo inesquecível

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Ney Bianchi, Alberto e Sergio Ross em Bento Gonçalves. Abaixo, Alberto discursa no CTG. Foto: Arquivo Pessoal  Alberto Carvalho



Osmar Gonçalves, Sergio Ross, Ney Bianchi e Alberto nas redação da Manchete. Foto: Arquivo Pessoal de Alberto Carvalho

por Alberto Carvalho
Sérgio Ross, o Serginho, como era tratado pelos amigos mais íntimos, se foi. Se foi mas ficou no coração da gente pra nunca mais sair. Falar bem do Serginho é fácil. Difícil é encontrar alguma coisa que desabonasse sua conduta, seu caráter e a fidelidade aos amigos. Começou como repórter da Bloch na Sucursal de Porto Alegre e depois diretor no Rio de Janeiro. e em Brasília. Competente em ambas as funções e sempre fiel aos amigos. O humor era constante nas brincadeiras que aprontava com o pessoal (veja o cartão que ele deu para o José Carlos, no post abaixo). Serginho era assim... Sempre alegre e brincalhão.
Durante a viagem do ex-Presidente Geisel à Europa - amigo do seu pai - ele e o Murilo Melo Filho fizeram parte da comitiva cobrindo o evento para a revista Manchete. Na volta ao Brasil, Serginho me pediu para selecionar as melhores fotos dessa viagem, que o presidente gostaria de vê-las. De posse dessas fotos, eu e o Murilo M. Filho partimos para a Granja do Torto, em Brasília, a fim de projeta-las para a família Geisel, em companhia do Sérgio. 
O carinho que a D. Lucy, esposa do Presidente, dispensou ao nosso querido amigo, me comoveu. Um carinho de mãe para filho. Os dois ficaram um tempão trocando figurinhas sobre a vida que as famílias levavam em Bento Gonçalves. Dizia D. Lucy que durante a viagem não tivera oportunidade para conversarem. Presentes à projeção estavam Geisel, Delfim Neto e outros ministros. 
Certo dia, eu e o saudoso Ney Bianchi, a convite do Sérgio, fomos conhecer a cidade natal desse gaúcho brincalhão. Seu irmão Roberto, nos esperou no aeroporto de Porto Alegre e de lá nos levou para Bento Gonçalves à bordo de um teco-teco, pilotado pelo próprio Roberto. No caminho, a 1.500m. de altura, entre vales e montanhas, Roberto passou o comando do avião ao Sérgio que revelou nunca ter pilotado um avião. Pegou no manche e o avião começou a fazer manobras perigosas incentivadas pelo irmão. Eu e o Ney Bianchi ficamos nos borrando de medo. Para nossa tranquilidade, o irmão voltou ao comando e pousamos são e salvos no Aero Clube da cidade. Os pais do Sérgio nos receberam com aquela característica que é própria aos gaúchos. Nos ofereceram um almoço digno das festas italiana de São Genaro, famosas pela sua fartura.
No dia seguinte fomos conhecer o CTG (Centro de Tradição Gaúcha) de Bento Gonçalves. Participamos de um monumental churrasco, seguido de apresentação de danças folclóricas. Para minha surpresa, o Sérgio me apresentou ao diretor do Centro como uma personalidade importante do Rio de Janeiro. Ney Bianchi, outro gozador, me indicou para fazer um discurso de agradecimento. Fiquei sem graça e não pude recusar. Tomei a palavra e  os dois, entre um chimarrão e outro, ficaram me gozando o tempo todo.
Serginho era assim...