sábado, 20 de março de 2010

O outro lado...

(do blog de Luis Nassif)
"O jogo ficou assim:
1. Veja informou que o Vaccari foi denunciado pelo doleiro (que ela chama de consultor financeiro) em um sistema de delação premiada. Mencionou relatório sigiloso do depoimento, que estaria no inquérito do “mensalão”. Só disse isso, não apresentou os documentos. O leitor fica dependendo, então, da palavra do repórter. Pouco antes, noticiou que o promotor Blat pediria a quebra do sigilo de Vaccari, devido à suspeita de que tivesse havido desvios para financiamento de campanha. Também sem apresentar documentos. Duas denúncias, portanto, baseadas exclusivamente em declarações: do repórter e do procurador. O PT desmentiu, Vaccari desmentiu. Até aí, morreu Neves. É a palavra de um lado contra a do outro.

2. Aí vem o juiz – que recebeu o pedido de quebra do sigilo de Vaccari – e espinafra o promotor. Acusa-o de promover eventos puramente políticos, já que não havia nada que fundamentasse seu pedido de quebra do sigilo de Vaccari. Ou seja, a palavra do promotor foi para vinagre.
3. Depois, vem a procuradora de São Paulo – que colheu os depoimentos do “consultor financeiro” Lúcio Funaro- e garante que o nome de Vaccari sequer foi mencionado. Desmontou a palavra do repórter.
4. A revista volta ao tema esta semana, espinafra a defesa do PT, critica os que falam de “mídia golpista” mas sobre os desmentidos oficiais à matéria… nada. Fala sobre “evidências” da cobrança de propinas – essas “evidências” já haviam sido desmontadas pelo juiz e pela procuradora, em informações que se espalharam por toda a Internet e por todas as redações do país durante a semana. Pessoal, não dá para ignorar que toda a imprensa leu os desmentidos. Não dá para varrer para baixo do tapete. O jovem repórter Diego Escosteguy está sob suspeita de ter inventado uma matéria. Ele não pode simplesmente responder indignando-se com a não resposta do PT. Seu papel, agora, é mostrar as provas de que a matéria da semana passada não foi inventada, inclusive para não prejudicar uma carreira promissora
."
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2 comentários:

deBarros disse...

Onde há fumaça há fogo, meu caro jjcomunic!!!!

JJcomunic disse...

Quase sempre, debarros, mas o comentário aí é sobre a falta de honestidade da mídia ao manipular informações para provar suas "teorias" e exercer uma oposição fanática (que até se entende, governo que distribui alguma renda que seja, mesmo em ritmo insuficiente para o que o Brasil precisa diante da sua enorme injustiça, é sempre atacado) esquece os princípio básicos do bom jornalismo. Apurou, denunciou, chamou o fulano de ladrão e corrupto? Deve ter provas, democvracia é isso. A ditadura é que prendia e arrebentava sem crime e sem provas. A honestidade seria a atitude correta nessas denúncias até para que o pais possa combater a corrupção com credibilidade, não como se fosse uma guerra Governo x Oposição. Se for assim, a cada eleição teremos apenas a substituição de um grupo de corruptos por outra ala de ladrões. Manipular informação, e já fizeram isso antes (lembra de um das fontes de denúncias anos atrás, um risível piloto bêbado e ja morto?, lembra de outro "escândalo", quando tiveram a coragem de escrever mais ou menos assim "não conseguimos apurar mas vamos publicar assim mesmo"?). Não é só a política que precisa de ética.