terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Edward Snowden, o homem que denunciou a atuação da polícia cibernética americana, é indicado para o Prêmio Nobel da Paz

Snowden fotografado em Moscou. Reprodução
Caçado pelos Estados Unidos e atualmente exilado em Moscou, o ex-analista de informações Edward Snowden, o homem que revelou ao mundo o complexo de espionagem de governos, empresas, instituições e pessoas montado pela NSA, a poderosa polícia cibernética americana, acaba de ser indicado para o prêmio Nobel da Paz. É simbólico e é a maneira de as democracias reagirem a práticas totalitárias impostas pelos nichos de "segurança nacional" disseminados em vários países. De órgãos de combate ao terrorismo, tornaram-se sistemas de espionagem industrial e social ativando os vínculos dos "falcões" americanos com o lucrativo complexo industrial-militar do país. Snowden prestou um serviço ao mundo ao expor a invasão de privacidade e o ataque à liberdade dos cidadãos de vários países, inclusive cidadãos americanos, em violação a própria Constituição do país. No ano passado, ele já havia sido agraciado com o "Nobel Alternativo", da Fundação Right Livelihood Award, que recebeu, via videoconferência, no Parlamento sueco. Na ocasião, também foi premiado o diretor do jornal britânico "Guardian", Alan Rusbridger, o primeiro a publicar os documentos vazados pelo ex-analista. Snowden, que está refugiado na Rússia desde junho de 2013, poderá viver na Rússia pelo menos até agosto de 2017. Trabalha em uma empresa privada de tecnologia de informação, mas seu paradeiro é mantido em segredo já que sua vida corre risco.
ATUALIZAÇÃO - O New York Times noticia nesta terça-feira que, após as denúncias, Barack Obama teria mandado a polícia cibernética norte-americana suspender a vigilância sobre líderes mundiais. Só que não, segundo o jornal, já que vários chefes de Estado, incluindo os do Brasil e do México, continuam na mira da "gestapo" hi tech.

Um comentário:

Troy disse...

Tem um país que fazia isso, como é que era o nome, Germania, Deutsch, Alemanha, isso, e que era o chefão? Himler, Guimler, Britler? Ah, Hitler, isso mesmo!