domingo, 31 de maio de 2015

Ministério da Cultura pode mudar de nome e passar a se chamar Ministério do Entretenimento

O recorte acima foi reproduzido da coluna do Ancelmo, no Globo. O comentário abaixo
é de um colaborador assíduo deste blog. 
por Omelete 
O Ministério da Cultura há muito aderiu ao show business. No mínimo, desde que entrou em vigor a Lei Rouanet, que drena recursos públicos que deveriam ser da cultura para turnês comerciais, dvds comerciais, projetos de marketing comerciais de grandes empresas, desfiles de moda comerciais etc. Não se sabe se os responsáveis por selecionar os "projetos' que receberão a grana da "viúva" entendem de cultura, mas de show business eles manjam. Fico pensando como Carlos Machado e Oscar Ornstein, grandes empresários do passado, podiam promover espetáculos sem descolar uma Rouanet. Vejam a liberação amiga do Ministério da Cultura, acima: talvez os burocratas queiram dar uma força para Andrea Bocelli, entende-se, com a Europa em crise tá difícil levantar grana no Velho Continente; a Tropicália tentou revolucionar modos, músicas e costumes mas na hora de levantar um dinheirinho esquece a contracultura e canta um "soy loco por ti Rouanet", a Galinha Pintadinha é campeã de vendas, recordista em dvds, fatura milhões e faz a alegria da criançada mas parece que mesmo assim não anda bem de verba e precisa de uns bons trocados. Vamos cantar, todo juntos: "Rouanet é um bom companheiro, Rouanet é um bom companheiiiiiirrrrrrrroooooo! Ninguém pode negar".

Contra a ditadura das modelos anoréxicas, a People investe nas curvas.


por Clara S. Britto
Revista abre espaço para as plus-size e mostra um ranking que vai abalar as "modelos de farmácia' e de pele sobre ossos. Entre as donas de poderosas curvas, Queen Latifah e Tara Lynn e Melissa Mc Carthy.

Direita brasileira está sofrendo de hidrofobia e virando talibã. Como se isso não fosse redundância... Acredite: passageiros de avião agridem comerciante porque ele lia a revista Carta Capital...

(do Portal Comunique-se. Link abaixo)
Na quarta-feira, 27, um grupo de pessoas que viajava de avião de Porto Alegre para Brasília resolveu agredir verbalmente o comerciante Elbio de Freitas Flores. O motivo? Ele estava lendo a revista Carta Capital no trajeto. Durante a ação, as pessoas entoaram gritos contra Dilma, Lula e o PT, além de terem agredido o impresso e seus leitores. "Uma revista idiota e lida por idiotas". De acordo com informações do portal Sul21, tudo aconteceu quando o avião pousou. Flores estava esperando a porta ser aberta para desembarcar quando os agressores passaram a ofender o homem pelo fato de estar carregando a revista. Além disso, o grupo o chamou de "bolivariano" e "do Foro de São Paulo”. Gravado por um dos passageiros do avião, um vídeo mostra trecho da agressão.
“Eles se mostraram muito covardes e tentaram me intimidar com gritos e impedir que eu falasse, tudo porque eu estava lendo a Carta Capital. Já ouvi vários relatos de casos semelhantes e não podemos ficar calados. Eles tinham o comportamento característico de covardes e despreparados. Estavam constrangendo as pessoas, agindo em bando, como uma matilha. Os partidos democráticos têm que reagir diante desse tipo de agressão. Tenho amigos no PP, no PSDB e em vários outros partidos e convivo com urbanidade e respeito com eles, sem agredir ninguém. Fui agredido e reagi”, relatou o comerciante ao site. LEIA MAIS NO PORTAL COMUNIQUE-SE E VEJA O VÍDEO DA TURBA AGRESSIVA. CLIQUE AQUI

O OUTRO LADO: os verdadeiros interesses dos EUA ao investigar acusação de propinoduto entre empresários privados, empresas e dirigentes da Fifa. Deu no UOL


(do UOL - link abaixo)
"Eu estou chocado, você não está?", diz John Shulman ao atender a reportagem do UOL. Ele tem uma opinião diferente sobre o envolvimento dos Estados Unidos no escândalo da FIFA. Professor convidado da Fundação Dom Cabral, especialista em mediação de negociações, cofundador do Centro para a Negociação e a Justiça dos EUA, e formado em direito pela Universidade de Harvard, ele acredita que a intervenção "não teve cunho legal, mas geopolítico".
"Com essa ação, os EUA enviam dois recados. Para o mundo, o de que o nosso sistema legal pode te pegar se você estiver fazendo algo errado. Internamente, mostramos que tomamos a iniciativa de resolver a corrupção dos outros", diz o professor.
E John entende tanto de geopolítica quanto de futebol. Seu currículo de mediador inclui diversos trabalhos ao redor do mundo, incluindo no Oriente Médio, na Índia e em Ruanda. Sobre o "soccer", uma curiosidade: o hoje professor já jogou profissionalmente na Índia, onde, segundo ele, foi o primeiro jogador ocidental por aquelas bandas.
"Os Estados Unidos nunca deram a menor bola para o futebol. De repente, pela primeira vez na história, o The New York Times vem com a primeira página inteira falando do assunto. Aí eu me pergunto: por quê?", questiona John. Para o professor, há vários pontos obscuros no envolvimento americano. "A logística de uma operação internacional deste porte simplesmente não vale a pena. Até porque não há um número de vítimas nos EUA que justifiquem tamanha mobilização", argumenta ele. "Há empresas nos EUA muito mais corruptas do que a FIFA, pode ter certeza", crava o especialista.
LEIA MAIS NO UOL/ESPORTE, CLIQUE AQUI

São Paulo veta campanha que propõe uma nova abordagem para a questão do tráfico de drogas



por Flávio Sépia
Censura em SP. Cartazes do cartunistas Laerte, André Dahmer, Angeli (autor do cartaz reproduzido acima), Leonardo e Arnaldo Branco foram vetados em ônibus intermunicipais de São Paulo. As peças eram parte da campanha “Da proibição nasce o tráfico” que já circulou no Rio de Janeiro, e defende a descriminalização das drogas. Além do slogan "A guerra mata mais do que as drogas", o cartaz defende que "Da proibição nasce o tráfico". Está exaustivamente provado que só quem se beneficia da proibição das drogas são as quadrilhas de traficantes que submetem e aprisionam comunidades inteiras nas grandes cidade. Defender a manutenção das leis atuais significa, atualmente e na prática, apenas ajudar a preservar a reserva de mercado da comercialização das drogas pelos criminosos. As quadrilhas armadas de traficantes, além de transformar favelas em campos de concentração, ainda incentivam, fornecem armas e financiam os assaltos e os chamados crimes de rua. Tirar o poder financeiros das organizações criminosas liberaria forças policiais para o patrulhamento de rotina das cidades. Claro que mesmo que um dia o Congresso normatize a questão e regulamente uma legislação de controle, venda e consumo de determinadas substâncias, não serão dispensados o controle em fronteiras (incluindo as armas que abastecem o crime organizado) nem ações policiais de fiscalização e busca de traficantes. Mas cortar a renda milionária que o tráfico gira estimulado por uma legislação ultrapassada poderá quebrar a espinha financeiras das organizações criminosas e liberar jovens e famílias que hoje vivem aprisionados nas suas comunidades pelo poder armado do crime.


sábado, 30 de maio de 2015

Anúncio que insinua que modelo é gostosa como um mega sanduíche de mais de mil calorias faz feministas subirem nas tamancas e irrita patrulha dietética


por Flávio Sépia

Uma rede de lanchonetes norte-americana, a Carl's Jr. costuma fazer campanhas publicitárias ousadas. Dessa vez, tendo como protagonista a modelo Samantha Hoopes, anúncios e cartazes promocionais da casa, que tem filiais no Brasil, estão sob fogo cruzado de entidades feministas e dos adeptos do menu saudável. Para promover um mega sanduíche, a Carl's contratou Samantha, que já fez capas da revista Sports Illustrated e é portadora, digamos, de um airbag poderoso. Assumidamente, na contramão da patrulha dietética, a lanchonete se orgulha de propagar que o sanduba gigante tem 1.080 calorias. Daí a analogia visual com os calóricos e turbinados seios da modelo. O detalhe é que os comerciais da campanha só começam a ir ao ar, nos Estados Unidos, no dia 1 de junho. Mas bastou a empresa divulgar fotos e teasers para enfurecer feministas, vegans e defensores de menu saudável. 

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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Blatter é reeleito presidente da Fifa

Joseph Blatter comemora a reeleição para a presidência da Fifa. Foto/Fifa
Depois de derrotar o príncipe jordaniano Ali bin Hussein na eleição para o cargo de presidente da Fifa, Joseph Blatter atribuiu à insatisfação dos Estados Unidos com a escolha da Rússia para sediar a Copa de 2018 e à frustração da Inglaterra quanto à Copa de 2022, no Catar, o que ele chama de campanha contra a Fifa. Blatter pediu às confederações união contra a pressão que a entidade sofre e sofrerá em função das duas escolhas. Como se sabe, quando da escolha da Copa de 2018, a Inglaterra concorreu e foi humilhada ao obter apenas dois votos contra uma esmagadora vitória da Rússia. Já os Estados Unidos perderam para o Catar. O dirigente pediu às confederações que façam reformas e estabeleçam regras mais rígidas para controlar negociações, contratos e funcionários. Na eleição de hoje, Blatter obteve 133 votos contra 73 do candidato da oposição. O número de votos do jordaniano foi considerado alto e atribuído aos efeitos da operação policial programada para a véspera da eleição em função do apoio dos Estados Unidos ao príncipe. Ao ver que não tinha chances de vitória, Hussein desistiu de participar do último turno. Mas a briga vai continuar. A UEFA vai decidir se manterá relações com a Fifa. Há um racha a administrar na entidade e isso consumirá parte do trabalho de Blatter. Outro ponto delicado é a resistência crescente que os Estados Unidos comandam por motivos de política internacional, e nisso arrastam a Europa, à Copa da Rússia. Para os americano, futebol virou item de geopolítica e manobras internacionais. Os Estados Unidos terão eleição presidencial em 2016 e um possível boicote à Copa será um dos temas e talvez até forte bandeira dos candidatos. Em 1980, os Estados Unidos boicotaram a Olimpíada de Moscou. Quatro anos depois, a então União Soviética, em represália, não foi a Los Angeles. A atitude de ambos os países ao misturar esporte com fatos políticos frustrou os atletas de uma ou duas gerações. Ambos os time treinaram durante por mais de um ano até saber que não poderiam competir. Muitos jamais tiveram outra oportunidade de participar do Jogos.

Jéssica Alba fica bilionária com uma ideia que teve durante a própria gravidez: a venda de assinaturas para um serviço delivery de fraldas e lenços para bebês. Ela está na capa da Forbes


por Clara S. Britto
A atriz Jessica Alba, 34, está na capa da Forbes. É apontada como a mulher mais rica, self-made, dos Estados Unidos. à frente de um império de bilhões de dólares e uma fortuna pessoal líquida de 200 milhões de dólares (em 2012, estava na rabeira do ranking de atrizes endinheiradas com 50 milhões de dólares). E a maior parte da fortuna não vem do cinema. Jessica Alba fundou a  companhia Honest em 2012, avaliada hoje em US$1 bilhão, que vende fraldas e lenços fornecidos a milhões de clientes a domicílio através de um assinatura mensal que custa 80 dólares. A ideia surgiu durante a própria gravidez da atriz que constatou a necessidade de criar um serviço prático para as mães. Jessica cuida agora de expandir internacionalmente a Honest.



Cuba reverencia Ernest Hemingway e mantém preservados os sinais das suas temporadas na ilha...


VEJA MATÉRIA E VÍDEO NO MASHABLE. CLIQUE AQUI

Sessão pornô: Câmara dos Deputados em dia de Xrated

Uma equipe do SBT flagrou deputados curtindo uns videozinhos pornôs no plenários da Câmara durante a votação da suposta reforma política. O dono do celular é o deputado João Rodrigues (PSD-SC). Em nota enviada à imprensa ele confirmou que se tratava de material explícito enviado por um grupo do Whatapps. Aliás, registre-se que o deputado não cometeu crime algum. Talvez mais pornográfica foi a manutenção em votação naquele dia do financiamento privado de campanhas eleitorais, o motor das tais "bancadas" corporativas que estão na Câmara para defender interesses setoriais.  O detalhe é na mesa do parlamentar aparece o convite para uma missa. Veja o vídeo, clique AQUI 
Reprodução de imagem do SBT

Fifa: é difícil saber o que é mais sujo, se a corrupção dos cartolas ou o jogo político dos Estados Unidos com vistas à Copa de 2018...

O atual escândalo da Fifa só é novidade para
quem não leu o livro de David A. Yallop. A edição brasileira
 foi lançada em 1998 e praticamente ignorada pela mídia.
Explica-se: um dos alvos do livro, João Havelange,
era então figura íntima dos empresários que controlam
a comunicação no Brasil.
Em 1998, foi lançado no Brasil o livro "Como eles roubaram o jogo", de David A. Yallop, com os "segredos dos subterrâneos da Fifa". Muito do que você lê nos jornais de hoje está detalhado lá. O livro denuncia a polêmica atuação de João Havelange no comando da entidade e o modus operandi de dirigentes, empresas de marketing e patrocinadores. O livro de Yallop quase não repercutiu no Brasil. A mídia não deu muita atenção ao calhamaço de denúncias. Poderoso e íntimo dos 'capi' da imprensa, Havelange, que Yallop chama de "Rei Sol', foi poupado, à época, por jornais e revistas. Qualquer jornalista que atuou no esporte durante os anos dourados do "Rei Sol" sabe que jornais, revistas e TVs não publicavam matérias críticas ao poderoso ex-presidente da CBD, da CBF, da Fifa e membro do Comitê Olímpico Internacional. Ao contrário Havelange desfilava em tapete vermelho nas redações e só cairia em desgraça uma década depois a partir de acusações de envolvimento na escolha de países-sede de Olimpíadas alvo de investigações e processos na Europa. "Como eles roubaram o jogo" revela não apenas propinas e subornos ou pagamentos em dinheiro para cabalar votos de confederações como manipulação extra-campo (jogadores suspensos e rapidamente absolvidos à véspera de jogos importantes, escalação duvidosa de árbitros, coisas do tipo). Até a famosa ISL, empresa suíça de marketing esportivo que foi saudada pela mídia brasileira com exemplo de profissionalização do futebol ao assinar contrato com o Flamengo há cerca de 15 anos, tem suas digitais nos fatos levantados pelo livro-reportagem de Yallop. A ISL, que intermediava patrocínios, prometeu investir 80 milhões de dólares no clube brasileiro. A parceria virou escândalo com denúncias de lavagem de dinheiro em paraíso fiscal. A empresa suíça foi acossada nos anos seguintes, pediu falência e deixou dívidas para o Flamengo pagar. Um detalhe importante: quando o Flamengo assinou contrato, a ISL já era personagem do escândalo denunciado no livro "Como eles roubaram o jogo". As matérias da época, apesar do livro lançado dois anos antes, não fizeram essa ligação. A mídia via a chegada da ISL como uma espécie de "abertura dos portos" do futebol. Tudo isso era conhecido, incluindo-se as suspeitas recorrentes sobre as vendas de milionários direitos exclusivos de transmissão de campeonatos. As denúncias atuais, que levaram à prisão, entre outros, do "revolucionário" de 1964, o servidor da ditadura José Maria Marin, merecem várias leituras. É bom não comprar gato por lebre. Que a corrupção existe, ninguém duvida. Por aqui, já houve a famosa CPI da Nike, implodida pelos deputados da chamada "bancada da bola" eleitos pelo financiamento privado de empresas e interesses ligados ao futebol brasileiros, de entidades a clubes e patrocinadores. Esse mesmo financiamento privado que a Câmara dos Deputados acaba de perpetuar e que equivale a um "investimento", a empresa banca eleições e depois vai cobrar resultados do seu "legislador-funcionário". No ano passado, a Polícia Federal desvendou um esquema multinacional de venda de ingressos para a Copa, uma espécie de rico mercado paralelo. Houve prisões seguidas dos habituais habeas corpus e o escândalo deu em nada. Há duas semanas, o Estadão revelou um estranho contrato que a CBF fez com uma empresa de marketing que manda e desmanda na programação de amistosos da Seleção. Agora, surge essa surpreendente operação do FBI. O mérito da ação é trazer à tona mais uma vez o jogo de propinas e subornos. A dúvida é quanto aos reais propósitos da operação deflagrada às vésperas das eleições na Fifa, com os Estados Unidos apoiando o  príncipe jordaniano Ali, representante de um país aliado. Para os estadunidenses, seria vital assumir o controle da Fifa às vésperas da Copa do Mundo de 2018, cuja sede é a Rússia. Com o revitalização da "guerra fria", Estados Unidos e a sempre submissa União Europeia, em choque com Moscou, trabalham para viabilizar um boicote ao mundial. Está mais do que claro o objetivo político da investida do FBI na Suíça. O alvo é a Copa de 2018. É o caso típico de um "cavalo de Tróia", que é a "boa causa" (o combate à corrupção), que leva nas entranhas o inconfessável objetivo de passar a manipular o futebol através de um entidade que tem mais países filiados do que a ONU. Um aspecto que está em debates entre especialistas do Direito Internacional é o fato de a polícia americana, obviamente com a colaboração das autoridades suíças - o que não é difícil de conseguir, já que a Suíça está longe de ser uma potência e não tem condições de resistir a pressões, nem as mais leves, dos Estados Unidos - estender um braço até Zurique a partir de investigações desconhecidas pela justiça suíça, que mansamente acatou as ordens de prisões.Trata-se, mesmo que se apoie o resultado em função da transparência que se exige no futebol, de um perigoso precedente. Não é por apoiar a investigação  - e espera-se que através da Polícia Federal, produza efeitos também no Brasil -, que se deve esquecer certos aspectos da ação contra a Fifa. Não há mocinhos nesse jogo.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Revista i-D comemora 35 anos com um recorde: edição vem com 18 capas diferentes

por Clara S. Britto
A revista britânica i-D não economizou na edição de aniversário. O fotógrafo Alisdair McLellan fotografou 18 modelos para igual número de capas. Nos estúdio, entre outras: Kate Moss, Lara Stone, Freja Beha, Jourdan Dunn, Anna Ewers, Daria Werbowy, Stella Tennant e Natalie Wrestling. A apresentação gráfica levas as assinaturas dos designers Karl Lagerfeld, Phoebe Philo, Riccardo Tisci e Alexander Wang. Edições limitadas dos originais das capas serão vendidas no London's Dover Street Market. Abaixo, três das 18 capas.

Anna Ewers


NatalieWestling


Jourdan Duun

Lara Stone

Na capa da VIP de junho, a atriz Maria Casadevall


Maria Casadeval. Divulgação/VIP


terça-feira, 26 de maio de 2015

A COMISSÃO DOS EX-EMPREGADOS DA BLOCH EDITORES INFORMA: NESTA SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO, ASSEMBLÉIA DOS TRABALHADORES HABILITADOS À MASSA FALIDA DA EMPRESA

ASSEMBLÉIA DOS TRABALHADORES HABILITADOS À MASSA FALIDA DA BLOCH EDITORES, NESTA SEXTA-FEIRA,  29 DE MAIO, 11 HORAS, NO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, RUA EVARISTO DA VEIGA, 16/ 17º ANDAR, CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ.
EM PAUTA, ATUALIZAÇÃO SOBRE A GESTÃO DA MASSA FALIDA, AS PRÓXIMAS REIVINDICAÇÕES E O ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE INTERESSE DOS CREDORES. 
O COMPARECIMENTO DE TODOS É ESSENCIAL. 
HÁ QUESTÕES PENDENTES DE INTERESSE GERAL
A MOBILIZAÇÃO DOS EX-FUNCIONÁRIOS É IMPORTANTE PARA TORNAR POSSÍVEL O ALCANCE DOS OBJETIVOS COMUNS E A PRESERVAÇÃO DOS DIREITOS ASSEGURADOS POR LEI. 

domingo, 24 de maio de 2015

Pac-Man: 35 anos depois, o game chega aos cinemas...

por Clara S. Britto
O designer Toru Iwatani criou o Pac-Man, o herói mastigador, em 1979, no Japão. Quando chegou aos Estados Unidos, no mesmo ano, era conhecido como Pakkuman (o termo paku-paku descreve o som de mastigar). Inicialmente, os marqueteiros americanos pensaram em batizá-lo com Puck-Man até alguém observar que a garotada podia trocar, de gozação, o "p" pelo "f". A grande comemoração do aniversário do Pac-Man vem com o filme "Pixels", com Adam Sandler. O longa, que será lançado no Brasil no dia 23 de julho, conta a história de uma cápsula do tempo que foi enviada pela NASA para o espaço, em 1982. Na cápsula havia diversos itens sobre a cultura da civilização humana, inclusive jogos de fliperama. O objetivo era que o material fosse encontrado por seres de outros planetas e assim eles pudessem estabelecer os primeiros contatos com os terráqueos. Só que os alienígenas acharam que a cápsula era uma grande ameaça e por isto resolveram que era melhor destruir o planeta Terra utilizando os próprios objetos que estavam na cápsula, incluindo o Pac-Man.
VEJA O TRAILER DE PIXELS, CLIQUE AQUI


E VEJA ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE O PAC-MAN, CLIQUE AQUI




Memórias da Redação: "Olha o milho abençoado! Quem comprar leva de graça uma medalha do Papa!"

(do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou") 
Entusiasmado com as técnicas de irrigação em Israel, Adolpho Bloch cria a Bloch Agricultura. Em Minas, planta, entre outras coisas, milho selecionado. A primeira colheita é um sucesso. Adolpho se sente "aquele" agricultor. Chega a encher um caminhão de espigas de milho, leva para o Russell e manda distribuir para alguns funcionários. A exemplo da revista especial da Manchete com a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, quando um dos contínuos, o Charuto, saiu às ruas com um punhado de revistas para venda avulsa, Adolpho resolve aplicar a mesma técnica ao estoque de milho. Só que as revistas tinham como brinde uma medalha com o rosto do Papa e no verso a N.S Aparecida. Charuto vendeu mais de mil exemplares, plantado no Centro do Rio, oferecendo a revista aos transeuntes. "Chama o Charuto! Ele vai vender tudo! ele sabe!", diz o Adolpho, ao lado da carga de milho, em frente ao prédio da Manchete. Dito e feito. Charuto vai com o caminhão rumo à Praça XV, mas não vende nada. Ao voltar, argumenta: "Mas seu Adolpho, a revista tinha medalhinha do Papa". "Não seja por isso. Manda vir da gráfica as medalhas do Papa que sobraram", comanda Adolpho. Charuto volta às ruas. "Olha o milho abençoado pelo Papa! Quem comprar leva de graça uma medalha do Papa"!!! Resultado: o caminhão voltou vazio. Milagre?

Há 85 anos, o Zeppelin chegava ao Brasil. Primeira parada foi no Recife...


Fotos Acervo Jobson Figueiredo e Museu da Cidade do Recife/Divulgação do livro "Zeppelin no Recife"

O Graf Zeppelin aterrissou no Brasil, mais precisamente no Recife, há 85 anos. Para celebrar a data, um livro e uma exposição (no Museu da Cidade do Recife) são atrações especiais na capital pernambucana. O livro foi organizado pelos pesquisadores Dirceu Marroquim e Jobson Figueiredo mostra uma seleção de 30 fotos, muitas inéditas. Recife mantém tombada a única torre de atracação e abastecimento do dirigível ainda existente no mundo. O Rio preserva, em Santa Cruz, um dos poucos hangares que restaram. Depois da escala no Recife, o Zeppelin chegou ao Rio no dia 25 de maio de 1930.

Elle: a capa mais natural foi para a edição on line; a capa conservadora saiu na revista impressa. Censura?

A capa da Elle australiana (junho) provoca polêmica. A modelo Nicole Trunfio posou amamentando o filho, Zion. Mas a polêmica não aconteceu pela foto em si mas pela decisão da Elle australiana de dar na versão impressa a capa mais conservadora da modelo encoberta. A mais realista e bonita ficou para a capa da versão on line. Na rede, muitas leitoras acusaram a Elle por censura e preconceito. A revista nega. E afirma que a capa da amamentação mais natural não foi planejada. Em um intervalo da sessão de fotos, a modelo precisou amamentar o filho. "Foi um momento completamente natural, que resultou em uma imagem poderosa", escreveu a editora Justine Cullen, que decidiu dar a capa na edição on line como um bônus às leitoras.
Na verdade, entre as mal formadas cabeças conservadoras há mesmo restrições à amamentação em público. Entre leitores que comentaram a capa da Elle, muitos se disseram chocados e que se incomodam ao ver em público tal cena. Atrizes e modelos, como Angelina Jolie, Miranda Kerr e Gisele Bundchen, que já posaram amamentando bebês ou postaram fotos na internet, também foram criticadas mas também elogiadas por incentivar alimentação natural e saudável. No Brasil, alguns estados e municípios tiveram que aprovar leis que asseguram o direito da mulher amamentar em público. É que aumentavam os casos de fundamentalistas e fanáticos religiosos ou moralistas que não tiveram mães, ou tudo isso junto, que ameaçavam mulheres e bebês. Há pouco mais de 20 anos, a Manchete publicou uma capa da modelo Monique Evans amamentando seu bebê. Não há notícias de que o mundo tenha vindo abaixo naquela ocasião. E nem o armagedom aconteceu.

sábado, 23 de maio de 2015

Dado Villa-Lobos lança o livro "Memórias de um Legionário", um mergulho na trajetória épica da banda Legião Urbana.


por José Esmeraldo Gonçalves (especial para a Contigo!) (*)
Foi há 20 anos. Verão de 1995, mais precisamente, dia 14 de janeiro. Ao fim de um show no palco da casa de espetáculos Reggae Night, em Santos (SP), a banda Legião Urbana desplugou os instrumentos do que seria seu último concerto de rock.
Na plateia, ninguém sequer imaginou que fosse o fim. Se avisado, o espectador que acertou uma lata de cerveja na cabeça de Renato Russo (1960-1996) talvez tivesse poupado o vocalista naquela noite. Provavelmente apenas um dos integrantes da banda, o guitarrista Dado Villa-Lobos, 49, tenha intuído definitivamente, após o último acorde, que não dava mais para fazer shows ao vivo. O grupo vinha de uma longa turnê, estava exausto, embora impulsionado pela animação da plateia santista, que gritava o nome da Legião. O contraste no clima da apresentação era a apatia do vocalista. Quando foi alvejado, Renato protestou, parou de cantar e passou a andar pelo palco, antes de se deitar no tablado. “Não demorou para que nos perdêssemos completamente devido à ausência de uma voz que nos guiasse”, recorda Dado que, em um raro vídeo desse show, aparece tentando comandar o grupo - além do baterista Marcelo Bonfá, 50, estava no palco a Banda Tralha, como apoio, com os músicos Gian Fabra 55, Fred Nascimento, 51 e Carlos Trilha, 45 – com um “ar assustado”, segundo sua própria descrição. Com o plateia já impaciente, Renato voltou cambaleante mas inspirado, fez discurso, reconquistou o público e levou a banda a concluir o show. Ao final, incidente à parte, os fãs deliravam. Tudo deve ter parecido quase normal. Mas não para a Legião que, nas semanas seguintes, passou a recusar todos os convites para apresentações ao vivo, incluindo a participação em uma noite especial no Hollywood Rock, um dos mais badalados festivais da época. O grupo preferia não correr o risco de assinar contratos e não poder cumpri-los. Eles voltariam a se reunir, em estúdio, um ano depois, para a gravação de “A Tempestade”, o último álbum. Aquele concerto em Santos entrou para a história como o sinal mais crítico do drama interno que o grupo vivia desde que o líder da banda, Renato Russo, recebera um diagnóstico de HIV positivo. “Ele, naturalmente, ficou mais ciclotímico, com altos e baixos, tinha momentos em que se drogava muito, bebia muito”, diz Dado. Entre o diagnóstico e a morte do vocalista, passaram-se seis anos. A quem se surpreende com o fato de o grupo ter se mantido vivo em meio a uma inimaginável pressão emocional, Dado justifica: “Depois do “Quatro Estações”, lançado em 1989, a Legião se consolidou como uma entidade com vida própria. Estava ali a instituição. Foi logo depois da turnê de lançamento desse disco que Renato Russo descobriu-se doente. Criou-se uma questão que, na minha cabeça, foi definitiva. Era clara a necessidade de se manter o grupo independentemente do que fosse acontecer. A Legião devia permanecer ativa, o Renato ocupado”, recorda Dado. O sentimento do grupo era um só: haviam chegado juntos até ali, atravessariam juntos a última ponte. “Naquele período, a gente gravou os LPs “Cinco”, “O Descobrimento do Brasil” e “A Tempestade”. E o Renato gravou dois discos solo”, lembra Dado que, às vésperas de completar 50 anos, que fará em junho, lança o livro “Dado Villa-Lobos, memórias de um legionário” (Mauad Editora), escrito na primeira pessoa, em parceria com os historiadores e amigos Felipe Demier e Romulo Mattos.
Dado recebeu a Contigo! em seu estúdio no bairro do Horto, na Zona Sul do Rio de Janeiro, montado em uma casa tombada, de 1894, que ele adaptou internamente. É onde passa a maior parte do seu dia. O mesmo espaço é o cenário do programa “Estúdio do Dado”, do canal por assinatura Bis, no qual o guitarrista recebe amigos compositores que mostram suas músicas preferidas. Perto do estúdio, há um campo de futebol onde o ex-Legião costuma jogar uma pelada com os amigos. “A ideia do livro surgiu, na verdade, durante uma dessas peladas. Dois anos atrás, o Felipe Demier, fã da Legião Urbana, perguntou por que eu não escrevia minhas memórias. Foi algo que me fez pensar. Ao mesmo tempo, eu via que a história da banda estava se dissipando através de informações de terceiros que, de repente, não eram adequadas. Resolvi colocar tudo a limpo”, diz Dado, para quem revisitar a própria história valeu como um balanço de uma trajetória de vida intensa e ligada à Legião. Por coincidência, exatamente ao virar cinquentão. “Essa questão da idade começa a me perturbar um pouco fisicamente. Tenho uma tendinite aqui há meses (risos). Os 50 anos são uma idade redonda, um marco, o que significa que já entrei no segundo tempo. Eu faço psicoterapia para descobrir quem eu sou e a idade entra na pauta. Quero manter o espírito alerta, sempre, um corpo que funcione. Continuo jogando futebol mas não com a frequência de antigamente. Pratico uma hora e meia de ioga diariamente e faço ciclismo”, conta. Para ele, gravar centenas de horas de depoimentos para o livro e rever fotos e fatos da carreira valeram como uma terapia extra. “Não só repensar a banda, mas a minha infância, viagens, a chegada em Brasília, os primeiros contatos com a geração que formaria depois a Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e até os dias de hoje. À medida em que ia colocando as coisas no papel passei a me entender mais e ver, de uma perspectiva de hoje, o que fui. E a partir daí sigo a vida com mais tranquilidade”, avalia com a convicção de quem vira uma página que permanecia aberta. 
Tranquilidade talvez seja, a propósito, uma palavra-chave na vida e carreira de Dado Villa-Lobos. Provavelmente, o traço da sua personalidade que explica a persistência com que lidou com a própria trajetória. “O trabalho na Legião tinha muitos momentos mágicos, a criação, a definição das linhas melódicas. Eram os melhores momentos. Agora, eu também acho que tive um papel de contrapeso, de equilibrar as demandas, negociar os primeiros contratos, ir atrás de advogados e tentar um patamar mais estável para a banda”, conta Dado, admitindo que ter um pé na realidade foi importante nessa fase. Já do ponto de vista artístico, o desafio era fazer as gravadoras entenderem a linguagem musical da Legião. “Não éramos uma banda para divertir, mas para alcançar a cabeça das pessoas. Tínhamos o nosso som, a nossa energia, aquele âmago não poderia ser diferente. O Renato tinha isso muito claro. E essa marca está na primeira frase do primeiro LP que gravamos:  “Tire suas mãos de mim/ Eu não pertenço a você/ Não é me dominando assim que vc vai me entender”. .. (da canção “Será”).
Dado avalia que 1990 foi o ano em que a banda alcançou seu auge. O LP “Quatro Estações” batia a marca de 730 mil cópias vendidas em menos de um ano. Renato Russo estava na capa da Veja como o novo “rei do rock”. Paradoxalmente, foi o ano em que tudo começou a terminar. Renato, levado pelo alcoolismo, havia acabado de sair de uma clínica de recuperação. Além disso, segundo Dado, o vocalista temia estar contaminado pelo vírus da aids e, por isso, os médicos pediram um exame de sangue. “Eu estava junto quando nosso empresário, o Rafael Borges, foi pegar o resultado”, relembra. Mais tarde, o vocalista revelou a amigos que foi contaminado pelo namorado, o americano Scott Hickmon, já falecido, que se relacionara com um paciente terminal de aids. Em um trecho do livro, Dado conta que foi visitar Renato e que conversaram sobre o assunto. No papo, depois da introdução tímida – “bom, sua condição é essa, né”? – Dado, que teve sua diabetes diagnosticada aos 11 anos e, desde então, a controla com insulina, lembrou ao amigo, em uma tentativa de quebrar a tensão do momento, que também tinha uma “condição instável”, embora sem a mesma gravidade. “Cara, estamos nessa condição, então vamos nessa”, disse Dado. A resposta de Renato veio com uma dose de humor resistente. “Somos os dois “éticos” da banda, você diabético e eu aidético”, disse o vocalista, rindo. Dias difíceis viriam, mas a banda se apegou à tarefa de produzir o disco que Dado aponta como o mais difícil da carreira e que, naquelas circunstâncias, teria que superar o mega sucesso do antológico “Quatro Estações”. O doença de Renato Russo foi mantida em sigilo. Eventuais internações não chamavam tanta atenção e eram atribuídas ao alcoolismo e às drogas usuais na vida do vocalista. A Legião vivia seu drama silencioso entre as quatro paredes do estúdio. “A criação acontecendo com intensidade e aquela atmosfera predominando no ambiente. As canções todas eram carregadas pelo momento, pela despedida”, conta Dado, admitindo que tudo isso ”bateu” no último disco, como ficou evidente em canções como “A Via Láctea”, na qual Renato clama sobre a “febre que não passa” e canta “a tristeza não é passageira”. Àquela altura, começavam a circular rumores de que o vocalista da Legião seria soropositivo. No disco, a voz dele sinaliza a fraqueza, mas sua performance foi avaliada pelo críticos, de um modo geral, com respeito ao seu talento. Dado relembra nas suas memórias o último dia em que viu o amigo, em outubro de 1996. “Quando eu entrei no quarto, vi um corpo esquálido como o de um prisioneiro judeu no holocausto, em uma cama de hospital e sob lençóis brancos. Eu fiquei em estado de choque. Ele se virou e o médico lhe perguntou, apontando para mim: “Renato, quem é esse cara aí?” E ele respondeu, antes de se virar de bruços novamente: ´’É o guitarrista da minha banda”. Eu não aguentei: entrei no banheiro e comecei a chorar”. Renato morreu três dias depois. Para Dado, foi um momento de imensa tristeza. Ele confessa que se sentia exaurido. Mas, passado o choque e os tributos a Renato Russo e à Legião, ele e o baterista Marcelo Bonfá descartaram em uma coletiva qualquer possibilidade de a Legião seguir em frente sem Renato Russo. Era a hora de encarar uma nova etapa. “Interessante é que, ainda dentro da Legião, vendo que aquilo já estava de um jeito, procurei fazer outras coisas, buscar novidades. Abri uma loja no Leblon, a Rock It, criei um selo, fui tocar com outras pessoas, buscar uma renovação. Procurei manter o espírito olhando para a frente”, diz, sem negar que a Legião está profundam ente ligada à sua vida e carreira. Foi durante uma apresentação da banda, no Napalm, em 1983, em São Paulo, que ele conheceu a designer Fernanda, 57. Autora do projeto gráfico do primeiro LP da Legião, ele foi empresária do grupo até 1986. Dado e Fernanda estão casados desde então e têm dois filhos: Nicolau, 27 e a Miranda, 25. Nenhum dos dois optou pela carreira musical. “É, nenhum foi pra música. Miranda é estilista. Nicolau estudou cinema na PUC mas hoje é um grande jogador de pôquer. Profissionalizou-se há cerca de três anos. Participa direto de torneios, já venceu alguns. Ele acabou de chegar de Madri e seguirá para Las Vegas onde participará do mundial. Foi surpreendente a escolha, mas vi que para ele era sério”, diz Dado, que foi pai cedo, ainda aos 22 anos. “Era o auge da banda, isso nos sacrificou um pouco, sim. Viajávamos muito, Fernanda ficava, eu ia. Mas tentava estar presente ao máximo. Eles moram conosco até hoje. Não são casados. Não tenho perspectiva imediata de ser avõ, mas daqui a pouco... (risos). A nossa relação com eles é ótima. A adolescência era aquele período conturbado normal, muito embate, mas o tempo reaproxima. São meus amigos, viajamos juntos, temos um diálogo de adultos. Eles me cobram certas coisas, eu cobro deles’, conta Dado.
Quase duas décadas depois do fim da Legião, a música continua sendo seu compasso. Além de estar no palco, criar canções novas, tocar com vários grupos e conduzir o programa do Bis, Dado tornou-se um especialista em musicar filmes. Tem no currículo longas como “Bufo & Spalanzani”, “Pro Dia Nascer Feliz”, além do seriado “Mandrake”. A expertise o leva a promover um workshop de música, on line, de 12 capítulos, na Escola São Paulo. “Gosto do desafio de pegar um filme novo, buscar soluções, colocar a música, isso me motiva”, diz. Recém-saído do processo de literalmente revirar um baú de recordações, ele não é saudosista. Mas, antes de apagar as luzes do estúdio, ao fim da entrevista, deixa escapar uma crítica, com uma nota de nostalgia, sobre o rock, gênero que guiou sua vida e talento. “Acho que hoje, basicamente, é um gênero que não está repercutindo nas pessoas. Vejo a garotada indo mais para um lado por, mais luminoso. Acho que mudou o modelo e não só no Brasil. Não tem mais aquele grupo que vai transformar o planeta. Minha experiência hoje é de ver as pessoas muito conformadas no palco, querendo entreter determinado público. Não há mensagem, não há ideologia”, conclui.
(*) Com trechos extras

FOTOGRAFIA: AO CONTRARIO DO QUE O P&B FAZ CRER, O MUNDO ERA COLORIDO EM 1913. VEJA ESTE RARO ENSAIO A CORES...

FOTO RPS/SCIENCE AND SOCIETY PICTURE LIBRARY/GETTY IMAGES. Reproduzidas do Mashable (link abaixo)

FOTO: RPS/SCIENCE AND SOCIETY PICTURE LIBRARY/GETTY IMAGES. Reproduzidas do Mashable (link abaixo)
Para a fotografia, o passado era em preto e branco. Era. Esteticamente, não havia cores no mundo, pelo menos que as câmeras fotográfica captassem, no começo do século passado. As cenas de rua ou de acontecimentos tomados então em Londres, Rio, Paris ou Nova York passavam invariavelmente tons algo sombrios em densa atmosfera P&B. Isso na fotografia, já que a pintura figurativa ou impressionista retratava desde muito antes o mundo como ele era. Mas, apesar de pouco difundida, já havia cor na fotografia. Era elemento raro, como mostra uma matéria do site Mashable, e não estava ao alcance de qualquer um. Em 1913, o engenheiro elétrico Mervyn O'Gorman fotografou a filha, Christina, em Dorset, na Inglaterra. Gorman tinha a fotografia como hobby e usando seus conhecimentos técnicos resolveu experimentar o processo Autochrome, uma tecnologia pioneira de cor e que usava placas de vidro revestidas com amido de batatas e corantes que filtravam a imagem. Com isso, ele captou o vestido vermelho de Christina e o visual em torno. As cores dão até um ar moderninho à menina. Veja a matéria completa no Mashable, clique AQUI 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Para a turma assistir a final da Liga dos Campeões... mas só uma Heineken abre a fechadura da casa. Veja o comercial...

A final da Liga dos Campeões da UEFA está chegando. Vai ser no dia 6 de junho, um sábado, no Olympiastadion, de Berlim. Para quem vai reunir a turma em casa para ver o jogo, a Heineken criou um fechadura eletrônica inteligente que só abre a porta caso os amigos cheguem com uma Heineken. O treco tem um leitor ótico e não permite trapaças. O melhor da campanha (criada pela W+K São Paulo) é que você pode cadastrar seu evento e concorrer a uma das cinco fechaduras que serão sorteadas no dia 27 de maio. Se for sorteado, a fechadura será instalada na sua casa e você poderá ficar com ela, caso queira, ou poderá pedir à Heineken para desinstalar o dispositivo após o jogo. Confira no site www.thedoorlock.com.br
 VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Preferência nacional: comercial da Nivea viralizou com quase 600 mil visualizações no You Tube...


Como a campanha da Itaipava Verão, esse comercial da Nivea (produto Hidratante Firmador) foi lançado nas TVs um pouco antes da temporada de sol e mar. Continua no ar nos canais por assinatura e tornou-se igualmente um viral de sucesso na internet onde está na parada dos bem acessados. Vela o vídeo, clique AQUI

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Olha a faca! Temporada de assaltos no Rio. Mas só assusta quem não tem segurança e carro blindado pago por verba pública

por Flávio Sépia
Um selva estimulada pela lei e pela falta de lei. Nas últimas semanas, repetem-se os casos de ataques a facas, no Rio. A modalidade é tão cruel que os assaltantes antes esfaqueiam a vítima e, em seguida, anunciam o assalto. Geralmente, levam bicicletas, celulares, bolsas ou carteiras. As autoridades se queixam de que apreendem os menores e logo eles voltam às ruas com suas facas e para as mesmas regiões: Centro, Lagoa, bairros da Zona Sul, principalmente. De fato, são espantosamente frequentes os casos de condenados, incluindo traficantes conhecidos, que facilmente ganham benefícios e voltam às ruas. Um  bairro do Rio, Santa Teresa, está com comunidades em guerra exatamente porque chefes da droga foram beneficiados pela Justiça e voltaram para retomar a rotina de assassinatos, venda de drogas e intimidação de populações inteiras. Portar faca, por exemplo, não é crime. Seria apenas contravenção. Até investigações ficam prejudicadas porque prisão só em flagrante. Mas falta, de qualquer forma, um ação efetiva para descobrir e enjaular que quem compra celular roubado, bicicleta roubada, quem usa cartões de créditos roubados, carros roubados. Explodir esses esquemas já ajudaria. Coincidentemente, a onda de ataques a faca, que já contabiliza mortes, aumentou depois que a Justiça, sob crítica do Ministério Público, promoveu um mutirão (a palavra já levanta a suspeita em relação ao critério expresso) que devolveu às ruas centenas de menores infratores. A sociedade - e não se fala aqui apenas da classe média da Zona Sul, Baixada, Zona Norte, Zona Oeste sofrem igualmente com a violência - não tem quem a defenda. Provavelmente porque a grande maioria dos legisladores não sofre esse problema já que usa seguranças próprios, carros oficiais blindados e dispõe de verbas públicas para isso. Muitos daqueles que aplicam as leis também estão protegidos, bem ao contrário do chamado cidadão comum. Raramente, muito raramente, um ou outra dessas figuras é vítima de assaltos em rua. Pode-se especular que são setores privilegiados que não têm, no caso, a mesma perspectiva do problema. Se andam de bicicleta é nas áreas internas de condomínio fechados ou em jardins de mansões em Angra. Claro que há componentes sociais na terra de ninguém da violência. Melhor distribuição de renda, mais empregos, melhores salários, educação pública, saúde pública, habitação, saneamento, tudo isso falta e tentativas históricas de mudar isso costumam levar "coxinhas" a protestar nas ruas. Os itens citados, de política social, são aliás os alvo atuais do arrocho fiscal tão saudado pela mídia e pela elite financeira. Bom lembrar que não apenas isso resolve. Países democráticos desenvolvidos, apesar disso, não deixam a sociedade indefesa, sem leis e com criminosos seja lá de que idade, por regra, impunes. Até o combate ao tráfico de drogas - cujas quadrilhas aterrorizam, invadem casas, tomam bens, expulsam moradores e estupram meninas das comunidades - recebe críticas. A intimidação que as gangues promovem diariamente não comove os especialistas no assunto. Há quem ache que quadrilhas armadas podem ser combatidas sem armas, o que faria do Brasil um país único nesse aspecto. Nem a Suécia combate tráfico e terrorismo - o trafico, aqui, equivale a terrorismo - com flores. Vida é um direito de todos. Não é questão de ideologia, nem de religião, nem de política partidária, nem de privilégio de classe social. Enquanto as teorias são discutidas, as pessoas, na prática, morrem todos os dias.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Quem decifra o Brasil?

por DeBarros
Afinal, o que está acontecendo neste país?  Quando o PT assumiu o governo a Petrobras tinha mais ou menos 50 mil empregados com adicionais de risco de vida e de insalubridade, até mesmo para aqueles que trabalham no seu prédio sede na Avenida Chile no Rio de Janeiro, e já existiam setores da empresa em atividades fim terceirizados. Digo atividades fim terceirizada porque em um dos últimos desastres de uma plataforma na Bacia de Campos que explodiu,  seis ou mais operários morreram e na investigação apuraram que eles eram terceirizados. Agora, aparece essa discussão sobre terceirização meio e fim e diz o governo que terceirização permitida é só sobre atividade meio. Parece que alguma parte está faltando com a verdade.
Doze anos depois a empresa passou a ter 80 mil funcionários e 300 mil terceirizados. Por que agora esse debate sobre terceirização de mão de obra só para atividades meio? Quando na verdade a mão de obra para atividades fim já era de há muito utilizada e contratada.
Agora é o Judiciário que quer acabar com seus funcionários concursados de cartórios por mão de obra terceirizada. E o que estão fazendo aqui no Estado do Rio? Estão transferindo funcionários, concursados, e bacharéis em Direito para municípios distantes de sua sede, separando casais, com a mulher transferida para Rio Bonito ou outros municípios e o marido com emprego estabelecido na sua cidade de origem. E isso é feito arbitrariamente com o funcionário vindo a tomar conhecimento de sua transferência quando a lê publicada no Diário Oficial.
Isso é reforma administrativa? Já acabaram com a profissão de tabelião. O cartório não tem mais o velho tabelião que conhecia todas as leis  sendo substituído por chefias de Cartório.
Em todos os cartórios o número de funcionários diminuiu consideravelmente e é claro que com isso o serviço de que se queixavam que era lento ficou mais lento.
A dona Dilma reeleita, para mais um mandato de quatro anos herdou uma herança maldita de seu governo anterior. Com as medidas tomadas com uma política econômica de baixar juros por decreto e manter os preços controlados de combustível  e energia elétrica resultou, como herança, para seu novo mandato, inflação, escândalos de corrupção em vários órgãos estatais, notadamente a Petrobras e uma queda de popularidade jamais vista em qualquer outro governo anterior ao seu.
Não estou nem criticando nem julgando o governo Dilma Rousseff, estou apenas constatando os fatos, que hoje a dona Dilma não pode aparecer em público nem falar ao povo através dos canais sociais que sofrerá vaias e panelaços. E sou contra qualquer ato que leve ao impeachment. Ela foi reeleita para cumprir quatro anos de mandato então que os cumpra até o fim
No Congresso seus dois presidentes do Senado e da Câmara tomaram as rédeas do poder, apesar de estarem citados na operação Lava Jato, mandam e desmandam derrotando MP do governo. E para surpresa da sociedade a presidenta do país nomeia para seu ministro da Fazenda, o candidato que seria da oposição se fosse  eleito, um economista do Bradesco, que em primeira medida de ministro é tirar do trabalhador o pouco que ele consegue como vantagem profissional.
O que está acontecendo afinal neste país? O ministro quer cobrir um rombo de 80 bilhões de reais às custas do bolso do trabalhador? Isso não vai acabar bem. O trabalhador vai se sentir lesado e traído e movimentos de rua vão voltar a acontecer com manifestações mais fortes contra política econômica da dona Dilma e do seu atual ministro da Fazenda, que no meu entender não resistirá a pressão popular.
Quem viu o depoimento da amante do doleiro Youself, deu a entender que sabia de tudo que se passava afinal, cantarolou ela: “Amada amante” e no meu entender acabou sintetizando em poucas palavras tudo o que está ocorrendo: “O Brasil só anda com corrupção e a operação Lava Jato acabou com a corrupção e o Brasil parou” E é uma verdade, o país está parado com aumento da inflação, aumento de desemprego, a indústria não está investindo até porque os investidores não sabem o que vai acontecer com esse corte orçamentário de 70 a 80 bilhões de reais. E aonde esse acadêmico economista ministro da Fazenda pretende cortar? Na Educação? Na Saúde? Nos Transportes? Onde ele cortar vai mexer no bolso do trabalhador.
Como sempre a carga pesada vai cair, como já está caindo, em cima do povo brasileiro. Diante do que vem acontecendo cheguei a conclusão de que  Itamar Franco foi o melhor presidente que esse país já teve. Foi o único presidente que obrigou a Petrobras a baixar o preço da gasolina nos postos diante da queda forte do preço do barril de petróleo no mercado mundial e sua maior mágoa foi não ter conseguido encontrar e abrir  a caixa preta da Petrobras.
Na minha opinião um dos homens mais inteligentes do pais inegavelmente é o senhor José Dirceu. Enquanto estava sendo indiciado, julgado e condenado como réu do “Mensalão” ele estava ganhando mais de 30 milhões de reais com sua empresa de consultoria e mais além de condenado tinha de pagar uma multa de quase 1 milhão de reais e não com dinheiro de seu bolso que pagou a multa mas com a contribuição de inocentes úteis que se uniram e pagaram a multa do senhor José Dirceu. É ou não é um homem inteligente.

Catar prende jornalistas que tentavam denunciar trabalho escravo nas obras da Copa. Cerca de cinco mil operários já teriam morrido. Jérome Valke, da Fifa, que tanto falou mal da Copa de 2014, no Brasil, anda caladinho...

O poderoso Jérome Valke anda caladinho. Nem parece aquele barulhento secretário-geral da Fifa para quem a mídia brasileira abria espaço dia e noite para que metesse o pau na Copa do Mundo 2014. Para ele, o mundial aqui seria caos jamais visto. Sua opinião era compartilhada pela maioria dos jornais brasileiros, no caso, por motivos políticos-eleitorais e, assim, Valke talvez tenha sido o sujeito que mais teve espaço na imprensa nos 12 meses que antecederam a Copa. Ambos, Valke e a mídia quebraram a cara. A organização da Copa, a festa dos torcedores, a ausência de episódios de violência nos estádios, tudo funcionou, inegavelmente. Só o Seleção brasileira saiu do tom, mas aí é outra história. Pois bem, Jérome Valke anda com a viola no saco. A Copa do Catar, em 2022, tem levantado problemas graves que não têm merecido qualquer declaração da Fifa. Denúncias de uso de trabalho escravo, até com mortes, ameaças de interferências religiosas em vários aspectos do evento, temor já revelado por agências de turismo para os torcedores visitantes, em função da legislação fundamentalista do país e, agora, prisão de jornalistas da BBC que tentavam fazer uma reportagem exatamente sobre as condições de trabalho dos imigrantes nas obras dos estádios. É a segunda equipe de jornalistas que é detida no país onde, estima-se, cerca de cinco mil operários já morreram devido às condições desumanas de trabalho. Isso mesmo, cinco mil. Apesar disso, Jérome Valke e a Fifa estão caladinhos. Bom lembrar que ele ameaçou tirar a Copa de 2014 do Brasil. Cinco mil mortos, para ele, não parecem motivos suficientes para enfrentar as autoridades do Catar.

Ex-Funcionários da Rede Manchete promoverão feijoada de confraternização...

Reprodução da coluna de Patricia Kogut/O Globo

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Chateaubriand no Castelo de Caras. Já viu o trailer do filme de Guilherme Fontes?

O Castelo de Caras, no Vale do Loire, na França, foi uma das locações do longa "Chatô". Reprodução de cena do trailer.

Cena do trailer do filme "Chatô. 

Os atores Marco Ricca e Andrea Beltrão em cena de Chatô. Reprodução
Em 1999, quando filmou cenas de "Chatô"
no Castelo de Caras,
Guilherme Fonte participou de
um chat do UOL
diretamente do Vale do Loire.
Foto: Reprodução UOL.
O filme "Chatô" pode até não ser um épico, mas é épica a trama de bastidores da produção que se arrasta há 20 anos. Nos últimos dias, o escritor Fernando Moraes, autor de "Chatô, o rei do Brasil", livro que inspirou o roteiro, divulgou no Facebook o trailer do filme dirigido por Guilherme Fontes. Segundo Moraes, o longa está pronto embora ele mesmo admita que o trailer divulgado não está finalizado. Em duas décadas, "Chatô" gerou todo tipo de polêmica. Há processo contra Guilherme Fontes por improbidade administrativa e mau uso de recursos públicos oriundos de leis de incentivo. O Ministério Público Federal diz que ele recebeu mais de 50 milhões de reais e nunca prestou contas sobre o dinheiro. O diretor diz que já prestou contas e que o filme foi concluído.  O STJ analisa o caso.
O projeto foi anunciado por Guilherme
Fontes em 1998,
na Ilha de Caras, em Angra dos Reis,
com a presença de Francis Ford Coppola.
Mas o diretor acabou não participando da
produção. A matéria acima é do Globo.
O empresário Assis Chateaubriand  foi dono de um império de comunicação que reunia revistas, como O Cruzeiro, TVs, rádios e jornais. Era poderosíssimo nas décadas de 1940 e 1950. Sua biografia é polêmica e plena de fatos e versões mal explicadas. Em uma célebre cena, Chateaubriand alugou um castelo na França para dar uma festa. Guilherme Fontes recriou tal episódio em 1999, no Vale do Loire, usando como locação o Castelo de Brissac, também conhecido como Castelo de Caras, onde a revista reunia celebridades anualmente. Um ano antes, no verão de 1998, Guilherme havia lançado o projeto durante um coletiva na Ilha de Caras, da qual participou o diretor Francis Ford Coppola. Havia uma possibilidade de Coppola produzir o filme, o que acabou não se concretizando. Segundo Guilherme Fontes afirmou no começo deste mês, "Chatô" será lançado ainda neste primeiro semestre. Mas em meio a tantos tropeços, melhor aguardar que os cinemas confirmem a data.
VEJA O TRAILER DE "CHATÔ", CLIQUE AQUI


sábado, 16 de maio de 2015

Brasil espera que Comitê Olímpico faça jus ao espírito esportivo e puna ginastas que fazem bullying racista... Ou a cartolagem da CBG é conivente?

O Rio se prepara para sediar uma Olimpíada mas alguns atletas e dirigentes parecem dar exemplos de que não entendem nada de espírito olímpico. Uma federação, a de taekwondo, não acha nada demais levar na equipe atleta acusado de doping; outra, a de ginástica, agora abriga pretensos competidores que dão uma terrível demonstração de racismo em pleno ambiente de treinamento. A cena é grotesca e nem precisa de provas, o crime previsto no Código Penal foi devidamente gravado: em uma mesa, o ginasta Arthur Nory Mariano e os colegas Henrique Flores e Felipe Arakawa promovem uma sessão de bullying escroto com o atleta negro Ângelo Assumpção. O jogo racista consiste em um "charadinha" onde as perguntas são do tipo "se o celular funciona, a tela é branca, se estraga é de que cor? É branco!"; "o saquinho de supermercado é de que cor? É branco!. E o de lixo, é de que cor? É preto!". O vídeo foi postado na rede, o que agrava o crime. Depois da repercussão na internet, os atletas intolerantes ensaiaram um pedido de desculpa do qual o próprio ofendido participa, aparentemente constrangido. Alegam que foi "brincadeira", exatamente o argumento que torcedores racistas e madames que xingam atendentes negras de lojas usam para "justificar" o crime. A Confederação Brasileira de Ginástica divulgou uma nota ridícula e sem noção da gravidade do episódio onde a frase mais contundente é um "esperamos que fatos como esse não se repitam". Como "esperamos"? Os cartolas remunerados pelas verbas públicas estão lá (o grupo treina em Portugal às custas do contribuinte) para impedir que isso aconteça e punir se acontecer e não para encobrir graves manifestações de preconceito. Em matéria no Globo de hoje, levanta-se a suspeita de que o atleta negro não pode se queixar oficialmente para não correr o risco de exclusão da delegação. Ou seja, a vítima corre risco enquanto que para os autores do bullying e do assédio moral o recado da CBG é apenas esperar que o fato não se repita. Uma entidade consequente já desligaria imediatamente os autores da agressão. O Brasil não perderia nada. Não se sabe se os atletas agressores vão ganhar alguma medalha. Difícil. Mas nem o ouro, se por acaso conquistassem, valeria o preço das cenas que o vídeo mostra e do tipo de comportamento e educação que mostra em uns poucos mas reveladores minutos. Se nas próximos dias a CBG não tomar uma atitude decente, vai deixar claro porque tais fatos acontecem no seu ambiente.
VEJA O VÍDEO DO BULLYNG RACISTA, CLIQUE AQUI

ATUALIZAÇÃO EM 21/05
A Confederação Brasileira de Ginástica, segundo divulgou, suspendeu preventivamente por 30 dias os atletas envolvidos no caso de racismo. O prazo, se não for estendido, não impede que os autores do bullying representem o Brasil nos Jogos Panamericanos, em julho, em Ontário, Canadá. Quanto à acusação do crime em si, divulgado claramente na internet, a Educafro, entidade que defende os direitos dos negros, entrará com ação penal. O atleta vítima das agressões racistas, que não seria inéditas, tem dado declarações públicas minimizando a crise e, pelo que se sabe, preferiu não prestar queixa. Matérias na imprensa levantam a possibilidade de que ele teme represálias e prejuízos à sua carreira esportiva. O patrocinador (Caixa) não se pronunciou ainda e não manifestou qualquer repúdio ao fato ou preocupação de associar uma marca popular a práticas preconceituosas.  

Deu no site da CNN: um robô vai tomar seu emprego...

Os jornalistas já estão sob ataque cerrado em matéria de mercado de trabalho. A CNN avisa que vai piorar e inclui a função, surpreendentemente, entre aquelas que em um futuro próximo serão ameaçadas por robô. Amy Webb, fundador do Webbmedia Group, avalia que oito carreiras já estão quase prontas para serem assumidas por androides ou softs inteligentes. Veja, abaixo, alguns profissionais que, em dez anos, poderão sair pra tomar um cafezinho e, ao voltar, encontrarão uma maquina no seu lugar.
Jornalistas - A internet já limou em todo o mundo milhares de jornais e revistas. Prepara-se para rifar, agora, o próprio jornalista. Algoritmos tornarão possível aos sites de notícias varrer fontes na rede e redigir reportagens. Acha que é ficção? Pois saiba que a Associated Press já usa tecnologia semelhante. E, certamente, você já leu algumas dessas matérias distribuidas pela agência e escritas por robôs.
Operadores de cabines de pedágio e caixas. Essas funções vão ser rapidamente substituidas por robôs à medida em que for se expandindo a tecnologia de pagamentos por celulares e dispositivos móveis.
Profissionais de marketing: comportamento do cliente, posicionamento das marcas, ações promocionais... Programas especiais serão capazes de pesquisar em tempo real o mercado e o perfil dos clientes. Com tais informações, o robô criará anúncios mais eficazes. Poderão até perder em criatividade, mas serão imbatíveis na capacidade de vender o produtor. Que é mel na sopa do cliente.
Atendimento ao cliente: no mundo, muitos empregos de atendimento ao cliente foram transferidos para a Índia; no Brasil, os call center tomaram o rumo do Nordeste. A próxima onde tecnológica do setor vai simplesmente eliminar esses empregos. Os consumidores falarão com vozes sintetizadas digitalmente e até com atendentes virtuais sedutoras criadas em centros de efeitos especiais.
Operários de fábricas: Esses já sofrem com os robôs. A diferença é que nos próximos anos as máquinas ficarão mais baratas e médios e pequenos fabricantes terão acesso aos novos equipamentos. Máquinas não fazem pausa para cafezinho nem discutem o jogo do dia anterior. Daí...
Operadores financeiros - Programas financeiros serão capazes de processar transações sem interferência de humanos. Aluns desses programas ameaçarão empregos nos setores bancários, judicial, de seguros, hipotecas...
Advogados: Causas não contenciosas serão operadas por robôs. Você só vai preencher um formulário on line. Tarefas como pedidos de registro de marcas, divorcio, cobranças judiciais ficarão por conta das maquinas. Tais sistemas verificarão em milésimo de segundos a jusrisprudência, as probabilidades, as margens de indenização, os melhores argumentos. Se não for uma questão braba de código penal, pode dispensar o doutor.

sábado, 9 de maio de 2015

Edson Aran, ex-editor de revistas, fala da crise que desmonta redações...

(do Comunique-se)
"Sexy, Vip, Playboy. Foi depois de editar essas três revistas masculinas, além de outras experiências como jornalista, que Edson Aran decidiu mudar. Desde o ano passado contratado pela Globo, o profissional aposta na carreira de roteirista, sendo, inclusive, um dos responsáveis pela reformulação do 'Zorra Total', que vai ao ar de cara nova neste sábado, 9. A mudança profissional tem motivo: falta perspectiva no mercado. "As empresas jornalísticas não investem mais em bons profissionais. Parece que decidiram se suicidar".
Autor de mais de 10 livros, Aran é um profissional multifacetado e sempre esteve envolvido com humor, principalmente em seu trabalho como cartunista. A mudança em sua vida profissional aconteceu diante da vontade de ter espaço e um convite para atuar como roteirista, área que ele já apostava com sua empresa, a Cão Filósofo Produções. "Não existe mais perspectiva de futuro no jornalismo. Adoro fazer revista e acho uma pena o mercado estar desta maneira, com desmonte de equipes". O jornalista comenta que a crise acontece no mundo inteiro, mas que o Brasil chegou a proporções trágicas. "Parece suicídio. Enquanto o jornalismo estiver entregue às mãos dos marqueteiros, o futuro é naufragar mesmo, não tem outro caminho. Aqui, o jornalismo foi nivelado por baixo. Você lê jornais e revistas e não encontra qualidade de texto e apuração".
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Sheron Menezzes é capa da edição da Boa Forma que comemora 30 anos.

A atriz da Sheron Menezzes, 31, é capa da revista Boa Forma, de maio, edição comemorativa dos 30 anos da publicação. Em um mesmo mês duas importantes revistas (a outra é a Playboy, com a bailarina Ivi Pizzot) escolhem mulheres negras para a capa. Beleza, dois passos à frente. Só falta agora os produtores de comerciais e de desfiles de moda deixarem o preconceito de lado e descobrirem, finalmente, que estão no Brasil. Alguns alegam que o  "mercado" rejeita. Mas a consumidora  "coxinha" racista que rejeita já faz as compras em Miami, não vai abalar o caixa. Ou vai na Oscar Freire, a rua paulista de lojas sofisticadas que anda expulsando negros de calçada.


Compre a Caras e leve para casa a voz de Fátima Bernardes...

A Caras ao oferecer aos assinantes de São Paulo, na edição do dia das Mães, um anúncio narrado por Fátima Bernardes. Uma criação da agência WMcCann para a marca Seara. Ao abrir a revista, ouve-se a voz da apresentadora: “O Dia das Mães é muito importante para a Seara. Na verdade, é importante pra você, pra mim, pra todo mundo. Por isso, eu e a Seara decidimos que eu deveria estar aqui falando com você. Era um jeito da gente se sentir ainda mais próximas. Próximas como todas as famílias deveriam estar nesse dia” Feliz Dia das Mães". Se desejar, veja o vídeo que mostra o resultado e os bastidores da produção da peça comercial. detalhe: feita na China. O antigo "Império do Meio, que não por acaso situava a China como centro do mundo, ocupa todos os espaços. Clique AQUI