quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Noite de horror no STF. Foi punk

por Flávio Sépia 
O STF comemorou ontem, antecipadamente, o Halloween. Foi terror na veia dos brasileiros que se ligaram na Globo News ou na TV Justiça. Os ministros passaram o dia discutindo se o tribunal poderia punir parlamentares sem consultar o Congresso. Em tese, debatiam a Constituição. Na prática, o voto seria contra ou a favor de Aécio Neves, atualmente investigado por corrupção.

A disputa acabou em 5X5 e coube à presidente do STF desempatar. Visivelmente hesitante, Carmen Lúcia embolou o meio de campo, deu a entender que não captou a essência dos votos lidos, foi salva por uma redação de Celso de Mello e, no fim, deu jogou o destino de Aécio nas mãos dos seus pares do Congresso.

O Globo, por exemplo, dedica uma página à votação de ontem, mas a matéria asséptica, acrítica, em tom oficialesco, não consegue passar quase nada do que o STF viveu.

Acredite, foi punk.

Com a votação transmitida ao vivo (ainda bem), milhares de brasileiros assistiram ao bizarro reality show da dona Lei. Se Aécio venceu ou não, o STF, em sua confusa e seletiva decisão, foi o grande perdedor.

Melhor curtir o feriado e ver um pouco das reações dos internautas nas redes sociais. São mais divertidas e verdadeiras.






3 comentários:

Maura disse...

Tirei as crianças da sala. Foi uma trapalhada para fechar a votação. A presidente parecia perdida

J.A.Barros disse...

Realmente a ministra Carmen Lúcia foi uma decepção. Ela ora se reportava ao ministro marco Aurélio ora ao Celso de Melo. Infelizmente, na minha opinião que confiava no bom senso das mulheres, estou vendo que não está se confirmando essa confiança. Primeiro com a rancorosa e incompetente Dilma Rousseff e agora com a ministra Carmen Lúcia, presidente do STF. Deu seu voto de desempate, botando paninhos quentes, arrumou um jeitinho de ficar bem com a classe desonesta dos políticos brasileiros. Com esse seu voto desmoralizou de vez a classe da magistratura brasileira e de ministros do STF.

Mário S. disse...

Carmen Lúcia criou a Constituição gourmet: é aquela interpretada caso a caso