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terça-feira, 3 de julho de 2018

Viu isso? Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Bahia e Atlético-PR torcem contra a Seleção Brasileira

Segundo a coluna Radar on line, da Veja, o dirigente do Flamengo Bruno Espindel se reuniu com os clubes citados no título acima para tentar dar um golpe na CBF e comandar o futebol brasileiro.

Para virar a mesa é importante para os conspiradores que o Brasil não vença a Copa da Rússia.

Daí, uma forte torcida para que a Seleção seja devidamente atropelada.

Sai pra lá!

Vai ver os dirigentes que estão secando o time de Tite esperam ansiosamente que um dos próximos adversários enfie um 7 X 1 no Brasil.  Até aqui, estão decepcionados. Mas talvez ainda contem que a Bélgica vai destruir Neymar, Philippe Coutinho, Firmino, Paulinho, Alisson, Willian e companhia.

Devem ter festejado a contusão de Marcelo, a suspensão de Casemiro ou esperam diarreia galopante no elenco às vésperas do jogo.

Os novos "inconfidentes" dos bastidores deviam era deixar a Seleção fora do jogo baixo dos bastidores. Geralmente, ao contrário dos torcedores, o que dirigente menos gosta na vida é de... futebol.

Copa do Mundo - Dançando pagode russo... os laterais que não entraram numa fria


Tite e o banco de reservas observam Fagner trabalhando na lateral. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

Felipe Luís dá adiós aos mexicanos. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

Faltava sal grosso contra mau-olhado. O Brasil perdeu Daniel Alves e Marcelo, os dois laterais que mais atuaram na Era Tite, e Danilo, substituto do jogador do PSG. Para segurar a onda, Felipe Luís e Fagner vestiram as camisas de titulares e se tornaram xerifes do campo minado que costuma ser aquela estratégica faixa de terreno. O  Estadão já falava em "maldição da lateral". Pai Santana e Mário Américo, massagistas que serviram à Seleção e respeitavam as energias, devem ter trabalhado no Além para aparar a ziquizira que rondava a beira do gramado. .     

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Bastidores da Copa da Rússia - O material esportivo de hoje pode ser "tecnológico", mas as seleções não dispensam os velhos sapateiros para cuidar do que importa: as chuteiras dos craques

Foto Getty Images/Fifa

A Copa do Mundo é cada vez mais tecnológica, o relógio do árbitro apita quando sensores eletrônicos indicam que a bola ultrapassou a linha do gol, o VAR, que estréia na Copa da Rússia pode calar um grito de gol ou referendar ou não pênalti, as camisas são feitas de tecidos inteligentes e as chuteiras incorporam recursos de alto rendimento a cada modelo lançado.

A foto acima mostra o vestiário da seleção da Dinamarca. As ferramentas dispostas sobre a mesa são o elemento romântico que resiste às inovações. O material fica em espaço nobre, arrumado como se fosse o instrumental de um cirurgião.

Apesar de toda a tecnologia, os roupeiros das equipes não dispensam o pé-de-ferro (a bigorna do sapateiro), martelos e alicates para ajustar as travas aos campos secos, molhados, de grama alta ou baixa. Muitos jogadores usam, atualmente chuteiras personalizadas, mas isso não dispensa o ofício do artesão. Talvez apenas elimine uma função que era quase obrigatória no tempo das pesadas chuteiras de couro: amaciar o calçado. Para isso, alguns roupeiros "domavam" as chuteiras e gastavam um pouco de sola e antes de entregá-las aos pés dos craques.

Vale lembrar que a Dinamarca se classificou para as oitavas. Até aqui, o sapateiro da equipe mandou bem no pé-de-ferro. (José Esmeraldo Gonçalves)

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Brasileiro faz a foto que se torna símbolo contra o racismo e a Fifa compartilha a imagem para o mundo

Foto de Rodrigo Villalba
Uma das fotos da Copa mais compartilhadas até o momento é do fotógrafo brasileiro Rodrigo Villalba. A cena, durante o jogo Senegal 2 X Polônia 0, em Moscou, mostra o momento em que Thiago Cionek, o brasileiro naturalizado da seleção polonesa, ajuda Sadio Mané a se levantar.

Rodrigo Villalba queria flagrar a diversidade, como contou ao site Chuteira FC: "Eu estava no estádio credenciado para fazer o jogo. Quando as duas seleções (Polônia e Senegal) entraram no campo, fiquei impressionado. Muito contraste. Senegal muito negro, negro. Polônia, branca. Fiquei com essa ideia na cabeça esperando por um momento.”

A Fifa compartilhou para o mundo a foto que se torna símbolo da rejeição ao racismo.

domingo, 3 de junho de 2018

Rumo à Copa da Rússia: contra a Croácia deu pro gasto...

Neymar; a volta e a comemoração. Foto Lucas Figueiredo/CBFa

"Bobby" Firmino. Foto Lucas Figueuredo/CBF

A Croácia tem um time forte. Talvez melhor do que os nossos três primeiros adversários da Copa: Suíça, Costa Rica e Sérvia. O Brasil mostrou defeitos e virtudes. Teria sido bom que o time de Tite provasse, no primeiro tempo, que não depende de Neyamr. Infelizmente, precisou o craque entrar, no segundo tempo, para decidir. Mas isso não que dizer que Philippe Coutinho, Marcelo, Firmino, Casemiro e William não tenham mostrado valor.

Entre as virtudes, a segurança da defesa. Entre os defeitos, a timidez para tentar o drible como solução individual de ataque, indispensável às vezes e arma poderosa para jogadores habilidosos. Apenas posse de bola e o às vezes irritante tiki-taka europeu, com prioridade para a troca de passe excessiva. que lembra a nossa "roda de bobo" ou um futebol a la handebol, não basta.

O Brasil trocou centenas de passes no primeiro tempo e não furou a defesa da Croácia. Apenas Philippe Coutinho arriscou um drible por baixo da perna do adversário.

A Neymar, no segundo tempo,  bastou apenas um drible para fazer o esperado e demorado gol.

sábado, 19 de maio de 2018

Copa do Mundo 2018: ao contrário da Copa passada, seleção brasileira não vai mais morar na psicologia...

por Niko Bolontrin 

A Folha de São Paulo publica hoje um texto de Eduardo Geraque sobre a relação - que ele define como conturbada - entre a psicologia e a seleção brasileira.

Recorrer a psicólogos para avaliar e ajustar cabeças de boleiros foi prática que começou em 1958. O Brasil vinha de um derrota traumática, a de 1950, e de uma participação sofrível na Copa de 1954, quando a seleção foi desclassificada nas quartas de final. Ainda nos treinamentos, o psicólogo João Carvalhaes reprovou Garrincha em um teste psicológico. O "conflito" começou aí. Felizmente, a comissão técnica que via Mané em grande forma, fazendo chover no Botafogo, não deu bola para o diagnóstico. Em 1962, Copa do Chile, de onde o Brasil trouxe o bi, a psicologia não entrou em campo. Aparentemente, não há registro de motivadores psicológicos no tri, no tetra e no penta. Devem ter achado melhor deixar como estavam as cucas de Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho, Romário, Bebeto, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, etc.

Em 1998, vai ver fez falta. Na crise do Ronaldo Fenômeno talvez ele e toda a comissão técnica precisassem de ajuda no vestiário do Stade de France. Ninguém escapou daquele vexame.

Em 2014, a psicóloga Regina Brandão foi convidada a monitorar cabeças na Granja Comary.
Se os seus métodos foram ou não eficientes não nos cabe dizer, mas aquele seleção deve ter sido a mais chorona que já representou o Brasil. Lágrimas de esguicho, como diria Nélson Rodrigues já rolavam antes mesmo do desastre do 7X1 contra a Alemanha. Talvez fossem um prenúncio do colapso. 

Escaldado, Tite não vai levar psicólogo nem divã para a Rússia. Para ele, segundo a Folha, "a Copa do Mundo é curta e não há tempo hábil para um trabalho mais profundo".

Os jogadores vão se concentrar em outra esfera: a bola

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Copa da Rússia: coxinhas sequestraram o uniforme da seleção. E aí, você vai vestir camisa amarela e sair por aí?

Camisa da seleção versão  Copa da Rússia.
Foto Nike/Divulgação
por Niko Bolontrin

Falta pouco mais de um mês para a seleção brasileira estrear na Copa da Rússia e uma polêmica ronda as redes sociais.

A camisa amarela da CBF será unanimidade nas ruas ou a metade do Brasil dividido que não que ser confundida com os coxinhas das passeatas vai rejeitar o uniforme?

Os "homens de bem" e as "mulheres de bem" que levaram Michel Temer ao poder se apropriaram do verde-amarelo ou quem faz oposição ao ilegítimo enrolado com a lei dará a mínima pra isso e vai torcer vestido de canarinho?

Por falar em Michel Temer, se o Brasil for campeão ele vai surfar no hexa e partir para a reeleição?  Temer é o Garrastazu Médici do século 21, vai sair do 1% em popularidade e se tornar bem-amado se Tite trouxer a taça?

Um pouco de história à margem das quatro linhas. Até 1953, a seleção brasileira usava uniforme branco. Jogou assim a Copa de 1950. A derrota para o Uruguai marcou a camisa. "Deu azar,", imaginou a torcida. O jornal Correio da Manhã detectou esse sentimento e organizou um concurso para a escolha de um novo uniforme a tempo de ser usado nas eliminatória para a Copa de 1954, na Suíça. O gaúcho Aldyr Garcia Schlee venceu entre 200 concorrentes ao sugerir um modelo com as cores da bandeira do Brasil: camisa amarela, golas e mangas verdes, calção azul, meiões brancos. A seleção não brilhou em 1954, mas foi campeã em 1958 (naquela copa estreou o uniforme azul, como segunda camisa, no jogo contra a Suécia, que usava o verde-amarelo também) e bi em 1962. A camisa amarela se consagrou. Com o tri, em 70, virou lenda. Nem o vergonhoso 7 x 1 de 2014 contra a Alemanha levou a torcida a exigir mudança de cores.

O risco agora está fora de campo: é vestir amarelo e ser confundido com coxinha. Vai encarar?


Acima de tudo, vamos torcer para que Temer não reedite o twit que postou pouco antes do desastre contra a seleção alemã no Mineirão, e ainda por cima com uma camisa amarela personalizada. Aquilo deu um azar danado. Naquele dia fatídico, ele vaticinou que o Brasil ia ganhar de 2 x 1.

A expectativa agora é ver o que a torcida vestirá nas ruas e bares na tarde de domingo, 17 de junho, às 15 horas, quando a seleção pisar o gramado da Rostov Arena, na cidade de Rostov-on-Don, Rússia.

Eu já separei o uniforme B do Brasil, o azul, menos contaminado.

Mas cogito usar também a camisa azul da simpática e neutra Islândia. Aquele país onde, para a maioria dos jogadores, futebol era até pouco tempo o segundo emprego de dentista, cineasta, economista etc. Esse tempo de atleta de meio período ficou para trás. Com o sucesso na Eurocopa de 2016, quando chegou às quartas-de-final, muitos dos seus jogadores foram contratados por grandes clubes europeus.

Mas se não perdeu a alma de viking peladeiro, a Islândia deverá ser uma das mais alegres atrações da Copa da Rússia. 

terça-feira, 8 de maio de 2018

Após criticar o trabalho dos repórteres setoristas, Juninho Pernambucano deixa o Sportv

André Rizek lê a nota oficial em que a Globo defende seus setoristas. Reprodução 

Juninho responde no ar e mantém as críticas. Reprodução

O ex-jogador e comentarista do SporTV Juninho Pernambucano pediu demissão da Globo. Estava com passaporte na mão para cobrir a Copa da Rússia, mas já foi substituído por Roger Flores. Ele teria alegado falta de "clima" para continuar no canal.

No último dia 30, quando o programa Seleção Sportv comentava a agressividade da torcida do Flamengo, que atacou o meia Diego, Juninho criticou a cobertura da mídia, especialmente o trabalho dos repórteres setoristas. Na visão do comentarista, algumas matérias incitam a violência. "Os setoristas são muito piores hoje em dia. Eu sei que eles ganham mal, mas cada um tem o caráter que tem. Se eu sou setorista, o que eu ia fazer: tentar fazer um ótimo trabalho para tentar ir para outra etapa, subir", disse. "Já vi isso também de olhar para você, um jogador que é profissional, não tem formação e ganha R$ 100 mil. Tem um cara que está ali, estudou quatro anos, fez de tudo para se formar jornalista, para ser setorista e ganha mal. Talvez ele leve isso em consideração", completou.

Pouco depois, o âncora André Rizek leu um comunicado da direção de jornalismo da Globo rebatendo a crítica. "Temos mais de 30 setoristas trabalhando hoje no Grupo Globo e eles recebem aqui nossa confiança e nossa solidariedade. Muitas vezes são eles que mais sofrem com o desequilíbrio e a eventual violência dos torcedores", diz a nota. Após a leitura, Juninho manteve sua opinião.

Segundo o UOL Esporte, três dias antes da polêmica declaração, o ex-jogador também mandou via rede social umas bolas de efeito no gol dos setoristas. “Matéria no sábado, o cara do UOL escreveu que os jogadores exigiram a troca de ônibus do Flamengo porque quicava. Mentira. Exige a troca porque ninguém quer sair com a bandeira do clube. Você é louco de sair com a bandeira e correr o risco de levar uma pedrada? Aí o cara irresponsavelmente, porque tem relação com o dirigente, setorista, vai e põe uma pilha dessa. Os setoristas são muito piores hoje em dia. Eu sei que ganham mal, mas cada um tem o caráter que tem”,  criticou.


Em fevereiro, durante o jogo Botafogo X Flamengo pela Taça Guanabara, Juninho foi alvo de xingamentos e recebeu ameaças de morte porque criticou o comportamento do rubro-negro  Vinicius, que fez gestos provocativos para torcida do Botafogo. Em função das ameaças, o comentarista não participou da transmissão de Flamengo x Boavista, pela final do turno.

A função de setorista já provocou muitas polêmicas em redações. Jornalistas que recebem essa missão se aproximam de dirigentes, de treinadores e dos próprios jogadores. Muitos setoristas são levados a cultivar contatos que lhes dão as informações exclusivas que os editores cobram diariamente. Esse tipo de relacionamento tem um preço. Omitir determinados fatos pode ser um deles. Veicular preferencialmente as versões oficiais do clube, outro.

Por outro lado, a imprensa esportiva registra casos de profissionais que foram afastados da cobertura diária de determinados clubes a pedido de dirigentes. Cartolas já boicotaram setoristas que, na opinião deles, "não se comportaram bem".

Houve um época em que o Jornal do Brasil acabou com o setorista fixo nos clubes e implantou um rodízio, convencido de que era melhor perder eventualmente uma noticia exclusiva do que comprometer a isenção e se pautar pela assessoria dos clubes ou pelos interesses da cartolagem.

Entre os ex-jogadores que se tornaram comentaristas, Juninho, ao lado de Caio, é um dos melhores.
Não há ainda informação do seu destino, se outro canal o levará a Moscou ou se o corporativismo prevalecerá e as demais opções se solidarizarão com os seus setoristas.

O setorismo e o medo de perder a fonte geram distorções não apenas no esporte. Política e economia estão aí para provar.

De qualquer forma, setoristas não têm vida fácil. Juninho tocou em um ponto sensível da mídia, mas errou ao generalizar. Ele mesmo ressaltou depois que não estava generalizando, há bons e maus. E deu como exemplo até experiência pessoal, quando voltou ao Vasco após longa temporada na Europa, já com 36 anos, e foi ofendido e até "perseguido", segundo ele, por um setorista a quem processou.

VEJA O VÍDEO COM A NOTA OFICIAL DA GLOBO E A REAÇÃO DE JUNINHO PERNAMBUCANO. CLIQUE AQUI

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Presidente argentino quer Carlitos Tévez jogando na seleção ao lado de Messi. Caso lembra a convocação de Dario, em 70, imposta por Médici

Reprodução El Destape

por Niko Bolontrin 

Uma informação divulgada ontem no programa "Fútbol al Horno", do canal 26, de Buenos Aires, agita a Argentina. Ainda sem um time formado, o técnico da seleção dos hermanos, Jorge Sampaoli, ganhou mais um problema: o presidente Mauricio Macri quer impor a escalação do atacante Carlitos Tévez, 34 anos.

Macri, ex-cartola do Boca Juniors, é amigo do jogador. Além disso, planejaria fazer uma média com a torcida do clube já que no ano que vem tentará sua reeleição para a Casa Rosada. Tévez, que disputou as copas de 2006 e 2010, é atualmente jogador do Boca. Macri tem sido vaiado nos estádios argentinos e Tévez costuma defender o presidente em entrevistas.

A pressão de Macri lembra o caso do jogador Dadá Maravilha.

Em setembro de 1969, jogando pela seleção mineira, que foi montada com o time do Atlético, Dario fez o gol que derrotou a seleção brasileira, por 2x1, em jogo-treino. O técnico era João Saldanha, comunista de carteirinha, o que, em plena ditadura, provocava urticárias nos militares. Um mês depois, em outubro, Médici assumiu o plantão da ditadura. Tempos depois, deu uma entrevista na qual elogiava Dadá Maravilha que, apesar de trombar com a bola, era um dos maiores goleadores da época.

Nos meses seguintes, o elogio se transformou em pressão. Médici não escondia a preferência: "Dario tem que ser convocado", dizia. O cordão dos puxa-sacos, como Jarbas Passarinho, então ministro da Educação, levava o recado cada vez mais insistente. No auge da pressão, ao ser indagado por jornalistas se chamaria o "Peito de Aço", Saldanha respondeu com uma frase que ao longo do tempo ganhou várias formas, mas que era mais ou menos o seguinte: "O senhor organiza o seu ministério que eu organizo o meu time". Em março de 1970, o treinador foi demitido. Na verdade, a seleção já estava ocupada por militares como supervisores e preparadores físicos fardados e o João Sem Medo desagradava à ditadura por denunciar torturas e prisões sempre que dava entrevistas à imprensa internacional e algum jornalista levantava a questão.

Zagalo assumiu. Dario foi convocado, foi para o México e virou tricampeão sem entrar em campo. Mesmo  submetido à exigência do Planalto, Zagalo não teve como escalar Dadá Maravilha. Simples: quem ele botaria no banco? Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho, mesmo Roberto (o atacante do Botafogo, que era reserva), Edu, Paulo César? Ficou difícil pro Dadá.

Quanto a Tévez, Sampaoli tem até 14 de maio, data da lista final de convocados para a Copa da Rússia, para fingir que não ouviu o presidente argentino ou ceder a Maurício Macri e botar o parça Carlitos na aba de Lionel Messi.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Red Bull dá asas a Neymar...

por Niko Bolontrin

A Red Bull lança a campanha mundial Neymar Jr's Team, protagonizada pelo jogador da seleção brasileira, que envolve prêmios, envio de postagens de vídeos e fotos. Os melhores posts serão escolhidos pelo próprio Neymar e os dois vencedores terão a oportunidade de jogar ao lado do craque ou atuar como "apoiador" (cheerleader, técnico, DJ etc)  no dia 21 de julho, durante a final do torneio global Neymar Jr’s Five, em Praia Grande (SP).

A imagem de Neymar ilustra a lata comemorativa do energético, de 250ml.

À medida em que se aproxima a Copa da Rússia, os patrocinadores abrem suas promoções. No caso da campanha da Red Bull há uma particularidade interessante. A final da Copa, em Moscou, acontecerá no dia 15 de julho, seis dias antes do anunciado Neymar Jr's Five. Não deixa de ser um risco. Se o Brasil for campeão, a Praia Grande será pequena para o público que irá ver Neymar de perto. Se o Brasil tropeçar, vai sobrar lugar.

Fico com o otimismo da Rede Bull. Vai Brasil!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Copa da Rússia 2018: saiu o mapa do caminho do hepta. A voz do povo é o seguinte: se o Brasil perder a Copa Tite e Neymar podem pedir cidadania ao Putin...


A Fifa realizou hoje o sorteio que formou os grupos e indicou os primeiros jogos da Copa. Brasil pega Suíça, Costa Rica e Sérvia. É bom que o time de Tite garanta o primeiro lugar do Grupo E. Caso fique em segundo pode enfrentar uma pedreira logo no quarto jogo: a Alemanha.

A Argentina pegou moleza no Grupo D e a Rússia abre a Copa jogando contra a Arábia Saudita, que de bola sabe tanto quanto um devoto do Padim Ciço entende do Corão. Não existe um "grupo da morte" que mereça esse nome. Enfrentamento entre países campeões do mundo só a partir das oitavas.

Vamos chutar. Claro que a "zebra" sempre aparece em Copas do Mundo - e é bom que apareça -, mas em cada grupo há dois claros favoritos. Normalmente, se classificam para a segunda fase: Rússia e Uruguai; Portugal e Espanha; França e Peru (ou, vá lá, Dinamarca); Argentina e Croácia (a alegre Islândia pode chegar lá); Brasil e Sérvia; Alemanha e México; Inglaterra e Bélgica; Colômbia e Polônia.
Foto AFP/www.fifa.com

Durante a Cerimônia, Tite foi fotografado ao lado da taça. Espera-se que ele traga a própria em metal e ouro, em carne e osso. Trazer só a fotografia não vale. Selfie com medalha de vice também não.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Brasileiros estão no top 10 entre os torcedores que mais adquirem ingressos para a Copa da Rússia

A Fifa concluiu hoje a Fase 1 de venda de ingressos para a Copa da Rússia. Até agora, foram vendidos e já pagos 742.760 ingressos. Desse total, 53% estão nas mãos de russos e 47% com torcedores estrangeiros. Estados Unidos, Brasil, Alemanha, China, México, Israel, Argentina, Austrália e Inglaterra estão no Top 10 dos países que mais comparam ingressos até agora.

A próxima fase de venda de entradas começa no dia 5 de dezembro de 2017 às 12:00 hora de Moscou. Como medida extra de segurança, todo torcedor deve se inscrever para retirar um ID FAN. Trata-se de um documento de identidade oficial gratuito que deverá ser apresentado nos estádios junto com o ingresso.

ID FAN dá aos torcedores alguns benefícios como a entrada sem visto para a Federação Russa, determinadas viagens gratuitas entre cidades e uso gratuito de transportes públicos em dias úteis. Para mais detalhes, visite www.fan-id.ru.

Fifa apresenta o poster oficial da Rússia 2018. O goleirão Lev Yashin é o símbolo da Copa


Pela primeira vez, um poster oficial da Copa celebra um jogador não apenas como ilustração anônima. O cartaz oficial da Copa da Rússia tem nome, sobrenome e lenda: o goleiro Lev Yashin.
O designer Igor Gurovich escolheu o maior mito do futebol russo na era soviética, apontado até hoje como o maior goleiro de todos os tempos, como símbolo da mais importante evento esportivo do mundo. Yashin usava sempre um uniforme preto, daí o apelido de Aranha Negra. Jogou quatro Copas - 1958, 1962, 1966 e 1970 e foi o único goleiro da história a ganhar a Bola de Ouro. 

A FIFA descreve Igor Gurovich como um designer inspirado pelo movimento russo do Construtivismo do final da década de 1920, em particular os cartazes desenhados por Dziga Vertov e os irmãos Stenberg. Os raios de luz que emanam da bola, uma característica comum do trabalho construtivista, simbolizam a energia do torneio. Não deixa de ser curioso que em plena Era Putin o poster remeta ao estilo dos cartazes soviéticos de 1920 e 1930.

Enquanto Vavá, à direita, comemora seu primeiro gol contra a Rússia na Copa de 1958, Pelé, que vinha na corrida, festeja na frente de Yashin. Foto de Jáder Neves/Reprodução Manchete Esportiva


Vavá solta a bomba, Yashin voa mas não evita o segundo gol do artilheiro brasileiro.
Foto de Jáder Neves/Reprodução Manchete Esportiva

Na Copa de 1958, na Suécia, o Brasil enfrentou a União Soviética de Yashin. O jornalista Ney Bianchi, que cobriu aquele Mundial para Manchete e Manchete Esportiva, escreveu: "Não fosse a extraordinária categoria de Yashin, o Brasil teria conseguido uma contagem mais elevada nessa peleja disputada no estádio de Nya Ullevi". Apesar de Yashin, o Brasil venceu por 2 X 0, com gols de Vavá.


terça-feira, 14 de novembro de 2017

Tristeza na Itália: a Azurra pede desculpas e cai...

O goleiro Buffon, uma lenda italiana, encerraria a carreira na Copa da Rússia. Os dois jogos contra a Suécia
(0X1 e 0X0) anteciparam a despedida. (Foto de Valerio Pennicino/Getty Images/FIFA






por Niko Bolontrin

Itália fora da Copa da Rússia é o tema dos jornais da Bota, hoje. A desclassificação é tratada como um drama. Antes, a Azurra só faltou às Copas de 1930 (optou por não participar) e de 1958, quando não se classificou. Há alguns anos a Itália não se apresenta com um grande time, mas fará falta na Rússia. O país tem paixão por futebol, é tetra, e sua seleção costuma se agigantar nos Mundiais. Para quem é supersticioso, aí vai o lado bom da notícia: em 1958, quando a Azurra não foi à Suécia, a seleção brasileira conquistou sua até hoje única Copa em território europeu. Napoleão e Hitler não conseguiram conquistar Moscou. Quem sabe não é a vez do "general" Tite?

sábado, 21 de outubro de 2017

Tite não quer "papagaio de pirata" fazendo selfie na concentração da seleção brasileira na Rússia...

O assédio de celebridades, mídia e parentes de jogadores na concentração da seleção brasileira começou a passar dos limites durante a Copa de 1998, na França. Houve registros de famílias e namoradas levando encrencas sentimentais aos bastidores e desconcentrando certos craques. Em Paris, a mídia não esteve tão invasiva em relação ao que aconteceria em 2006, 2010 e 2014. Já em 2002, na Copa Japão-Coréia do Sul, os preços e a distância se encarregaram de enxugar comitivas de parentes e até mesmo equipes de jornais, revistas e TV.

Brasileiros lotam estação de Munique. A Copa de 2006 foi a que mais atraiu brasileiros ao exterior.
Na época, com dois meses de antecedência, as agências de turismo
tiveram pacotes esgotados.  Foto J.E.Gonçalves

Na Alemanha 2006,  o bicho pegou. Talvez a parentada até tenha estado mais calma. Algumas mídias não. Celebridades badalando nos treinos, programas de entretenimento da TV fazendo "especiais", jornalistas amigos convidados a jantares com vinho do Reno na concentração e telejornais noturnos obrigando jogadores da permanecer acordados para "entradas ao vivo", patrocinadores fazendo "ações de marketing" etc. Jornalistas de veículos menos afortunados, aqueles aos quais a cobertura estritamente esportiva era fundamental, enfrentaram dificuldades em certos locais e momentos. Talvez a torcida não tenha saudade da Copa da Alemanha, mas alguns jogadores viveram lá noites de belas Valquírias. O dia seguinte aos jogos era livre. E, depois do apito final, cada um seguia seu rumo. Dusseldorf e Dortmund, respectivamente a pouco mais de 50km e a cerca de 150km de distância, foram os destinos preferidos. Em 2010, com o Brasil em bom momento econômico, dólar a menos de R$1.700, com o atrativo irresistível de a Copa ser na Europa, a Alemanha virou Brasil. Colônia, principalmente, mas não apenas essa cidade, com a mobilidade que o país permitia a torcida circulou por outras sedes.

A foto acima mostra torcedores brasileiros  lotando a estação de Munique, a caminho da Allianz Arena, no dia em que o Brasil derrotou a Austrália por 2X0.

Na África do Sul, 2010, o intenso assédio se repetiu. Com um complicador a mais: o então treinador Dunga tentou controlar horários e impor limites à mídia e aos programas de entretenimento - que, cada um, queria sua exclusiva -, e se deu mal ao barrar figuras influentes. Interesses poderosos entraram em guerra com o técnico e muito dessa tensão chegou aos jogadores.

Em 2014, aqui no nosso terreiro, o acesso tornou-se incontrolável. Com a Granja Comary logo ali, os jogadores talvez tenham gastado mais tempo posando para selfies e fazendo participações em programas de TV do que ouvindo preleções do treinador.

Esse liberou geral para acesso aos jogadores nas vésperas de jogos nunca deu muito certo. O maior exemplo é a noite que antecedeu a final da Copa de 1950. Políticos, ídolos do rádio, padre celebrando missa, o filho do Chefe de Polícia, a mãe do ministro, a cunhadinha do juiz, a amante do burocrata federal... O clima era de "já ganhou" e tudo que era papagaio de pirata baixou na concentração. Alguns ficaram até de madrugada. Deu no que deu.

Em 1958, na Suécia, em 1962, no Chile e em 1970, no México, quando smartphones nem ficção eram e só o Agente 86 dos anos 60 tinha telefone móvel no sapato, não houve nada parecido. Na Argentina, 1978, embora logo ali, o pesado clima da ditadura e uma certa descrença na seleção não animaram muita gente. Acrescente-se que a inflação estava em alta, quase 40%, e o dólar batia recordes históricos.

Na Copa da Rússia, quem sabe o que acontecerá? Tite já tem um ideia do que não quer. Ontem, o treinador revelou que não permitirá que familiares de jogadores, como estava sendo cogitado, se hospedem no mesmo hotel que sediará a concentração da seleção. Quer garantir o máximo de privacidade aos jogadores. Apesar disso, ninguém estará muito longe dos craques. A bela cidade de Sochi, que sediou as últimas Olimpíadas de Inverno, é candidata a receber o Brasil. Tem menos de 400 mil habitantes, é um balneário de clima ameno às margens do Mar Negro e limitada pelas montanhas do Cáucaso. Um convite à perdição.  "Ajustar para uma outra possibilidade dos familiares estarem próximos a quem quiser, aí é um outro fator, uma outra circunstância. No núcleo seleção brasileira, não”, disse Tite ao R7. O treinador também promete que excessos por parte da mídia serão evitados. Na Granja Comary, até treinos foram interrompidos para gravações privilegiadas de matérias para a TV Globo.

Se Tite vai segurar esse foguete só o tempo dirá.


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Fifa: é difícil saber o que é mais sujo, se a corrupção dos cartolas ou o jogo político dos Estados Unidos com vistas à Copa de 2018...

O atual escândalo da Fifa só é novidade para
quem não leu o livro de David A. Yallop. A edição brasileira
 foi lançada em 1998 e praticamente ignorada pela mídia.
Explica-se: um dos alvos do livro, João Havelange,
era então figura íntima dos empresários que controlam
a comunicação no Brasil.
Em 1998, foi lançado no Brasil o livro "Como eles roubaram o jogo", de David A. Yallop, com os "segredos dos subterrâneos da Fifa". Muito do que você lê nos jornais de hoje está detalhado lá. O livro denuncia a polêmica atuação de João Havelange no comando da entidade e o modus operandi de dirigentes, empresas de marketing e patrocinadores. O livro de Yallop quase não repercutiu no Brasil. A mídia não deu muita atenção ao calhamaço de denúncias. Poderoso e íntimo dos 'capi' da imprensa, Havelange, que Yallop chama de "Rei Sol', foi poupado, à época, por jornais e revistas. Qualquer jornalista que atuou no esporte durante os anos dourados do "Rei Sol" sabe que jornais, revistas e TVs não publicavam matérias críticas ao poderoso ex-presidente da CBD, da CBF, da Fifa e membro do Comitê Olímpico Internacional. Ao contrário Havelange desfilava em tapete vermelho nas redações e só cairia em desgraça uma década depois a partir de acusações de envolvimento na escolha de países-sede de Olimpíadas alvo de investigações e processos na Europa. "Como eles roubaram o jogo" revela não apenas propinas e subornos ou pagamentos em dinheiro para cabalar votos de confederações como manipulação extra-campo (jogadores suspensos e rapidamente absolvidos à véspera de jogos importantes, escalação duvidosa de árbitros, coisas do tipo). Até a famosa ISL, empresa suíça de marketing esportivo que foi saudada pela mídia brasileira com exemplo de profissionalização do futebol ao assinar contrato com o Flamengo há cerca de 15 anos, tem suas digitais nos fatos levantados pelo livro-reportagem de Yallop. A ISL, que intermediava patrocínios, prometeu investir 80 milhões de dólares no clube brasileiro. A parceria virou escândalo com denúncias de lavagem de dinheiro em paraíso fiscal. A empresa suíça foi acossada nos anos seguintes, pediu falência e deixou dívidas para o Flamengo pagar. Um detalhe importante: quando o Flamengo assinou contrato, a ISL já era personagem do escândalo denunciado no livro "Como eles roubaram o jogo". As matérias da época, apesar do livro lançado dois anos antes, não fizeram essa ligação. A mídia via a chegada da ISL como uma espécie de "abertura dos portos" do futebol. Tudo isso era conhecido, incluindo-se as suspeitas recorrentes sobre as vendas de milionários direitos exclusivos de transmissão de campeonatos. As denúncias atuais, que levaram à prisão, entre outros, do "revolucionário" de 1964, o servidor da ditadura José Maria Marin, merecem várias leituras. É bom não comprar gato por lebre. Que a corrupção existe, ninguém duvida. Por aqui, já houve a famosa CPI da Nike, implodida pelos deputados da chamada "bancada da bola" eleitos pelo financiamento privado de empresas e interesses ligados ao futebol brasileiros, de entidades a clubes e patrocinadores. Esse mesmo financiamento privado que a Câmara dos Deputados acaba de perpetuar e que equivale a um "investimento", a empresa banca eleições e depois vai cobrar resultados do seu "legislador-funcionário". No ano passado, a Polícia Federal desvendou um esquema multinacional de venda de ingressos para a Copa, uma espécie de rico mercado paralelo. Houve prisões seguidas dos habituais habeas corpus e o escândalo deu em nada. Há duas semanas, o Estadão revelou um estranho contrato que a CBF fez com uma empresa de marketing que manda e desmanda na programação de amistosos da Seleção. Agora, surge essa surpreendente operação do FBI. O mérito da ação é trazer à tona mais uma vez o jogo de propinas e subornos. A dúvida é quanto aos reais propósitos da operação deflagrada às vésperas das eleições na Fifa, com os Estados Unidos apoiando o  príncipe jordaniano Ali, representante de um país aliado. Para os estadunidenses, seria vital assumir o controle da Fifa às vésperas da Copa do Mundo de 2018, cuja sede é a Rússia. Com o revitalização da "guerra fria", Estados Unidos e a sempre submissa União Europeia, em choque com Moscou, trabalham para viabilizar um boicote ao mundial. Está mais do que claro o objetivo político da investida do FBI na Suíça. O alvo é a Copa de 2018. É o caso típico de um "cavalo de Tróia", que é a "boa causa" (o combate à corrupção), que leva nas entranhas o inconfessável objetivo de passar a manipular o futebol através de um entidade que tem mais países filiados do que a ONU. Um aspecto que está em debates entre especialistas do Direito Internacional é o fato de a polícia americana, obviamente com a colaboração das autoridades suíças - o que não é difícil de conseguir, já que a Suíça está longe de ser uma potência e não tem condições de resistir a pressões, nem as mais leves, dos Estados Unidos - estender um braço até Zurique a partir de investigações desconhecidas pela justiça suíça, que mansamente acatou as ordens de prisões.Trata-se, mesmo que se apoie o resultado em função da transparência que se exige no futebol, de um perigoso precedente. Não é por apoiar a investigação  - e espera-se que através da Polícia Federal, produza efeitos também no Brasil -, que se deve esquecer certos aspectos da ação contra a Fifa. Não há mocinhos nesse jogo.