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domingo, 18 de abril de 2021

Na capa da Time:

 


por Flávio Sépia

Na quarta-feira, 21 e quinta, 22, líderes mundiais se reunirão virtualmente para discutir o futuro do planeta. É a Cúpula do Clima. O Brasil vai participar. Espera-se mais um vexame. O governo Bolsonaro levará para a conferência sua política ambiental declaradamente ditadas por madeireiros, garimpeiros, latifúndios, pecuaristas e ocupantes ilegais de terras públicas e reservas. E, como último fato, o afastamento do delegado da PF que emitiu notícia-crime conta o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. 

A Time levanta um debate mundial, que vai além do desvario brasileiro. Os governos estão longe de cumprir as metas de controle das emissões de carbono e do aquecimento global. A revista defende que a pandemia deve ter como consequência mudanças de paradigmas rumo a um mundo menos hostil à natureza e mais amigável com a única "casa" que a humanidade possui: o planeta. 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Greenpeace, 50 anos: documentário conta como uma organização fundada por jornalistas despertou o mundo para a defesa do meio ambiente

 


Greenpeace: a primeira missão. Foto/Divulgação 

por Ed Sá 
O canal por assinatura Curta exibe hoje o documentário "A História do Greanpeace". A mais antiga organização ecológica do mundo comemora 50 anos. Em 1971, a agenda ambiental não estava em pauta nos meios de comunicação e muito menos na opinião pública. Os jornalistas Rex Weyler, hoje com 73 anos, e Bob Hunter, o primeiro presidente da ONG, falecido há 15 anos, participavam do movimento pacifista contra a Guerra do Vietnã. Em uma das reuniões, inspirados pelos hippies, eles acrescentaram à bandeira do grupo, Peace, o Green que lhe dava uma nova identidade ambiental. 

Em meio século foram muitas - e arriscadas - as missões do Greenpeace no mundo desde a primeira ação, quando um grupo de 12 ativistas partiu de Vancouver rumo ao Alasca decidido a impedir a realização de testes nucleares em uma remota ilha. 

O documentário é dirigido pelo francês Thierry de Lestrade, conta com muitas imagens de arquivo e entrevistas de ativistas. Será exibido hoje nos canais 556 da NET / Claro TV, 75 da Oi TV e 664 da Vivo Fibra, além de em operadoras associadas à NeoTV.

Recentemente, o Greenpaace realizou a operação Asas da Emergência, um rede de solidariedade que  levou oxigênio para Manaus e cidades mais distantes da capital. 

sábado, 12 de outubro de 2019

Jane Fonda, 82 anos, é detida durante protesto em Washington. Ao sair da prisão, ela marca nova manifestação

Jane Fonda detida em frente ao Capitólio, em Washington. Foto/Reprodução janefonda.com

"As algemas de plástico machucam mais do que as de metal e eu descobri que não é fácil para uma pessoa de 82 anos entrar e sair de um carro de polícia sem o uso das mãos", escreveu Jane Fonda em seu site, após ser presa durante manifestação em Washington, ontem, em protesto contra o descaso dos governos diante da degradação do clima.

Ela contou que foi detida com mais 15 pessoas que ficaram em duas celas com portas abertas. O grupo pagou 50 dólares de multa e foi liberado depois de algumas horas. "Só me mudei para D.C. há duas semanas. A ideia me veio no fim de semana do Dia do Trabalho em Big Sur. Eu estava com meus amigos Catherine Keener e Rosanna Arquette e comecei a ler o novo livro de Naomi Klein, “On Fire: The {Burning} Case for Green New Deal”. Tudo o que Naomi escreve abala meu mundo, mas este realmente me trouxe o urgência da nossa situação. A jovem estudante sueca Greta Thunberg, que iniciou a greve escolar em frente ao Parlamento sueco, disse: 'Esta é uma crise. Devemos agir como se nossa casa estivesse pegando fogo ... porque está'", conclui a atriz.
Jane Fonda em 1969. Repropdução

Jane Fonda, que protestou nos 1960/1970 contra a guerra do Vietnã, agora levanta a bandeira da defesa do meio ambiente e se junta às manifestações contra o aquecimento global, ameaça real que avança no planeta.

No site, ele convoca para o Green New Deal, manifestação marcada para o dia 17 de outubro. "Isso é algo realmente vital para entendermos melhor. Essa é a estrutura que nos guiará no futuro. Será violentamente atacada pela indústria de combustíveis fósseis e pelos políticos que eles compraram. Nós, o povo, devemos nos unir por trás disso", diz ela que não apenas vai às ruas como protesto como faz parte do grupo de líderes dos protestos.

Leia mais do site oficial de Jane Fonda, AQUI

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

"Vou de preto" - Manifestação em defesa da Amazônia, contra cortes de verbas de educação e pesquisa


Encurralado por acusações de corrupção, um Collor de Mello descontrolado convocou os brasileiros para irem às ruas no dia 16 de agosto de 1992 vestidos de verde e amarelo. Naquele momento, sob o argumento de que "a minoria atrapalha, a maioria trabalha", ele imaginou ser apoiado por multidões.

Deu ruim.

O povo foi às ruas, mas vestindo preto e pedindo 'fora Collor".

Na semana passada, Bolsonaro pediu que a população vista verde e amarelo no próximo sábado, 7 de setembro. "É para mostrar ao mundo que aqui é o Brasil. Que a Amazônia é nossa". Em baixa nas pesquisas, batendo recordes de desaprovação em comparação com vários outros presidentes no mesmo tempo de governo, o inquilino do Planalto cria "inimigos". Nenhum país está dizendo que "aqui não é Brasil", muito menos as potências estão a beira de mandar tropas ocupar a Amazônia. Ao contrário, quem está botando fogo na Amazônia são brasileiros incentivados pela política governamental exposta em declarações públicas do próprio Bolsonaro e dos seus ministros.


Em resposta, a UNE convoca manifestação para o mesmo sábado e pede aos estudantes e à população que se vistam de preto e pintem os rostos de verde e amarelo para protestar contra corte de verba de educação e pesquisa e pela defesa do meio ambiente.

sábado, 1 de junho de 2019

Na capa da Piauí: o exterminador de florestas...


por Flávio Sépia 
O governo da terraplana também não acredita em mundo globalizado. Com a histeria administrativa típica dos regimes radicais, as facções da direita no poder investem contra as políticas do meio ambiente e, ao mesmo tempo, interpretam o comércio exterior sob a ótica do "bem" contra o "mal", de "Jesus" contra o "Diabo". Fazem chover no país uma tempestade de agrotóxicos e acham que isso será um segredo nosso. Implodem as políticas sociais e esperam ganhar elogios nos fóruns internacionais.
A matéria de capa da Piauí é sobre um desses pontos; as florestas brasileiras. As reações já são visíveis em vários países desenvolvidos e cresce o risco de barreiras e restrições às exportações. Pressionados pelas suas respectivas sociedades, alguns países podem restringir compras de alimentos de um parceiro irresponsável que destrói suas matas e envenena os produtos que  exporta. Talvez o Brasil se sinta seguro para ter a motosserras e o galão de agrotóxicos como "valores nacionais" porque dois do grandes compradores, os Estados Unidos e a China, não ligam para minúcias éticas. Mas a Europa, outro grande mercado, já sinaliza o incômodo.
Cresce a percepção de que o Brasil tornou-se o grande vilão: o Darth Vader do mundo civilizado.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Fotógrafo da Magnum mostra a destruição da Mata Atlântica e o trabalho de cientistas que encontram na floresta respostas para o passado remoto do Brasil



O Brasil é destaque no site da Magnum. Uma série de fotos de Moises Saman mostra a devastação da Mata Atlântica, em Parelheiros, na Grande São Paulo. Mas a região ainda possui uma área restrita, relativamente intocada, dentro da chamada Bacia de Colônia, que recebe cientistas - entre os quais Marie-Pierre Ledru, do Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento - à procura de amostras de plantas e  movidos por uma pergunta: por que as florestas tropicais são tão ricas em espécies?

"Durante várias décadas, os cientistas têm feito esta pergunta sem muito sucesso - até agora. Geralmente, quando se trata de traçar a história da Terra ao longo de centenas de milhares de anos, usamos núcleos de gelo ou sedimentos marinhos; Em casos raros, os sedimentos em lagos nos permitem rastrear os climas passados ​​das regiões temperadas. Mas nos trópicos do hemisfério sul, nenhum registro continental ainda nos permitiu juntar climas em tais escalas de tempo", escreve o peruano Moises Saman, fotógrafo da Magnum desde 2014, e autor de fotorreportagens para New York Times e Time, entre outras publicações. Ele cobriu as guerras do Iraque, Afeganistão, Síria e a Primavera Árabe,

Área devastada em Parelheiros (SP). Foto de Moises Saman/Magnum (link para o site oficial da agência, abaixo)

A cientista Marie-Pierre Ledru na Bacia de Colônia. Foto de Moises Saman/Magnum (link para o site oficial da agência, abaixo)

A Bacia de Colônia, formada há milhões de anos, é um campo excepcional para pesquisa. O trabalho dos cientistas, apoiado pelo BNB Paribas, investiga uma região crítica onde índios guaranis ainda tentam sobreviver em meio à urbanização no entorno. A área tem um diâmetro de 3,6 quilômetros e 275 metros de profundidade. A depressão torna-se especial por ter acumulado sedimentos por centenas de milhares de anos. Através desse material, é possível investigar as mudanças climáticas do passado na floresta brasileira. Um núcleo de perfuração de 14 metros de profundidade permitiu uma análise das mudanças hidrológicas, a variabilidade das temperaturas e a biodiversidade nos últimos 250 mil anos - informa o texto no site da Magnum. Abre-se, como diz o título da matéria, uma janela para o passado do Brasil.

VEJA MAIS FOTOS E LEIA A MATÉRIA COMPLETA 
NO SITE DA MAGNUM, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

STF deve decidir hoje contra ou a favor dos poderosos fabricantes do cancerígeno amianto. Quem vai ganhar? O lobby ou a vida?

Um desses programas de reformas de casas, o Property Brothers (no Brasil, Irmãos à Obra, exibido pelo Discovery), mostra uma cena recorrente: no meio de uma reforma, operários encontram encanamentos ou revestimentos antigos de amianto. Imediatamente, a obra é paralisada até que equipes da prefeitura retirem o material contaminado.

Amianto, comprovadamente, provoca câncer. Trata-se de material proibido em mais de 60 países. O Brasil, isso mesmo, essa meca da corrupção empresarial e política, é um dos maiores produtores e usuários do mundo. Pesquisas científicas mostram que 70% das pessoas que trabalham com amianto adoecem. A contaminação também pode alcançar populações expostas à fibra através do uso de caixas d'água, telhas, peças de isolamento etc.

O STF julga hoje processo sobre a proibição, ou não, do uso de amianto crisotila (asbesto) na indústria brasileira. Uma ação que pede a declaração de inconstitucionalidade de um lei absurda sancionada por Fernando Henrique Cardoso, em 1995, que autoriza o uso de amianto, está diante das togas.

O STF não anda com muita moral. Basta ver as goleadas que tem levado do "Messi" da Justiça, o popular Aécio Neves, que não perde uma diante da deusa "cega". A configuração da "deusa", aliás, é fake news. A Justiça não tem nada de cega. Têmis, que inspirou a figura que é logotipo da Lei, enxergava muito bem. A venda só foi acrescentada séculos depois como um elemento caricato, de fantasia. Se o STF surpreender e liberar o uso do cancerígeno, a venda poderá ser trocada por uma filha de amianto.

Que isso não aconteça. O que se espera hoje é que o STF enxergue muito bem e proíba o produto cancerígeno. Apenas sete estados, no Brasil, vetam o amianto crisotila:  São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santas Catarina e Amazonas. Se o  STF disser sim ao câncer, o poderoso lobby dos fabricantes poderá acionar os governos desses poucos estados que conseguiram vencer políticos e empresários comprometidos com a morte.

Os juízes estão hoje entre o lobby e a vida.

domingo, 21 de agosto de 2016

Bastidores da Rio 2016: as milhares de camisinhas que quase provocaram uma catástrofe ambiental na Vila Olímpica e o manifesto furado dos cientistas que queriam adiar os Jogos

por Omelete
Muito besteirol foi escrito sobre a Rio 2016. Além da universidade gaúcha que produziu um "estudo" sobre"abóboras assassinas" virais na Baía de Guanabara, tem sido lembrado o manifesto de cientistas - a maioria sequer conhecia o Rio - que pediram à Organização Mundial de Saúde que adiasse as Olimpíadas por causa da zika. O documento, que teve a assinatura de uma única brasileira, foi criticado na época como exemplo de pressa e leviandade e agora é visto como uma piada de dimensões olímpicas. A OMS negou o pedido. Na época, o vírus estava presente me mais de 60 países. Continua. O manifesto não fala em pedir o trânsito de pessoas por tais nações. Nem se manifestou ainda quanto ao avanço da zika na Flórida ou interditou Mickey e o Pato Donald.

Faltam poucas horas para o encerramento da Rio 2016. Vamos bater na madeira!

Até aqui não houve ataque de zumbis, o tubarão branco não devorou iatistas, capivaras sanguinárias não lancharam os golfistas, abelhas psicopatas não picaram maratonistas, o monstro da Lagoa não comeu remadoras e uma frota de piranhas afim de de carne alva não se infiltrou nas piscinas e tanques de salto.

Se a nossa poluição não alcançou tais níveis estratosféricos a ponto de alterar geneticamente cidadãos de todo o mundo, os atletas, infelizmente, colaboraram em um item poluidor do meio ambiente: milhares de camisinhas descartadas em vasos sanitários da Vila Olímpica foram parar no mar.
E quase entupiram conexões do sistema de esgoto dos apartamentos dos competidores.



Reprodução o Globo


Reprodução Fox

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Vergonha na cara? Duvida-se...


e
Fotos: Reproduções Greenpeace España
Com a Espanha em clima de eleições, as ruas de Madri amanheceram decoradas com cartazes muito especiais. Os principais candidatos aparecem retratados como crianças sob o slogan "Que a criança que fostes não se envergonhe do adulto que és". Foi a modo Greenpeace de pedir aos políticos que não esqueçam a defesa do meio ambiente. A frase é aplicável aos políticos brasileiros. E não só na ecologia. No caso, pouco escapam à vergonha adulta.

VEJA O VÍDEO DOS BASTIDORES DA CAMPANHA. CLIQUE AQUI

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Meio Ambiente: armas químicas usadas na guerra contra as drogas na Colômbia podem contaminar a Amazônia... Alguém já contou isso a você?

Le Monde aborda esse semana um tema que nunca encontrou muito espaço na mídia conservadora da América do Sul e nem na agenda ambiental do governo brasileiro. Trata-se de uma tragédia ambiental silenciosa que abateu a Colômbia por mais de 20 anos. A omissão das autoridades e da mídia se explica, em parte, porque o país é uma espécie de queridinho dos colunistas de economia neoliberais. A maioria aponta a terra de Pablo Escobar como um oráculo para a região. Sabe-se que, entre outras concessões, a Colômbia abriu mão da soberania em várias áreas de governo. Medidas na área econômica e de defesa interna são implantadas no país após decisões tomadas a milhares de quilômetros de distância.
Uma delas pode atingir o Brasil. E nem o governo brasileiro, agora acossado por tentativa de golpe, está atento ao problema. Pelo menos, não se tem conhecimento de qualquer iniciativa ou consulta à Colômbia sobre o fato. Durante anos, na guerra contra as drogas, a a Colômbia lançou de aviões militares toneladas de glifosato. O objetivo era destruir plantações de coca. Ocorre que a contaminação pode ter ido parar em rios que formam a Bacia Amazônica. Resumindo: trechos brasileiros de cursos d'água podem estar envenenados. Depois de protestos e denúncias de organizações internacionais, a pulverização foi suspensa só há poucos dias. Suspensa, não encerrada definitivamente. Estudos indicam que o herbicida permanece ativo na água durante um ano, segundo pesquisadores. Mas nem essa informação é confiável. Na verdade, cientistas da Universidade de Colúmbia admitem desconhecer os efeitos da substância a longo prazo. OMS aponta o glifosato como um cancerígeno poderoso. É o mesmo ingrediente presente no "agente laranja" com o qual os Estados Unidos bombardearam durante dez anos as florestas e plantações do Vietnã. Cerca de 600 mil soldados americanos foram afetados pelo desfolhante, já que combateram em áreas envenenadas pela própria Força Aérea.
Não há estatísticas conhecidas quanto aos danos humanos provocados na Colômbia. Os efeitos vão de câncer a malformações cerebrais de bebês.
Assim como não se tem notícia de qualquer monitoramento feito pelo governo brasileiro nas águas da fronteira da região amazônica.
A falta de ação não surpreende: o Brasil - onde os fabricantes de agrotóxicos ostentam bancadas ativas no Congresso - é uma espécie de campeão mundial no uso de glifosato na agroindústria. Além dos problemas ambientais e de saúde, o descontrole causa até prejuízo a exportações, já que alguns países boicotam entrada de produtos brasileiros por contaminação química.
Se não cuida do seu próprio veneno, porque o Brasil procuraria investigar se vazou, ou o quanto vazou, "agente laranja" colombiano nos rios da Amazônia?
O jornalismo investigativo que vive de "vazamentos" poderia correr atrás dessa pauta.