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sábado, 27 de março de 2021

Paulo Stein (1948-2021) : o adeus a um companheiro da Manchete e Rede Manchete

 

Paulo Stein, 1990, em um dos momentos marcantes da sua carreira, apresenta, ao lado de Adolpho Bloch, parte da equipe escalada para cobrir a Copa da Itália. Na foto, no terraço da sede na Rua do Russell, vê-se Adolpho, Stein, Osmar Santos, Falcão, Mylena Ceribelli e Márcio Guedes. O time Manchete ainda contou com João Saldanha, Alberto Leo. Halmalo Silva e Osmar de Oliveira. Naquela Copa, Paulo Stein viveu o drama da perda de João Saldanha, que sofria de problemas respiratórios e faleceu durante a cobertura.  Foto Manchete


Na Rede Manchete, o narrador Paulo Stein juntava duas das maiores paixões dos brasileiros: o futebol e o carnaval. Ele narrava a bola e o samba nas apoteóticas coberturas da emissora no Sambódromo carioca. Mas muito além disso, o jornalista e apresentador tinha um longa estrada, mais de 50 anos de carreira. Paulo Stein morreu hoje aos73 anos. A Covid leva mais um brasileiro. Até 2019, ele fez o que mais gostava: narrar futebol. No caso, despediu-se naquele ano como integrante do Sportv. Paulo Stein deixa a filha jornalista Natasha Stein e a viúva Viviane Stein. Deixa também um nome na história do jornalismo esportivo, tendo atuado nos principais veículos, como Jornal dos Sports, Manchete Esportiva e Placar. rádios Tupi e Nacional e nas TVs Bandeirantes, Manchete, Record e TVE Brasil, ESPN Brasil, Sportv e Premiere. A Associação dos Cronistas Esportivo do Rio de Janeiro divulgou lamentando a morte do companheiro. Os amigos da Rede Manchete , revistas Manchete e Fatos, para as quais ele cobriu a Copa de 1986, no México, abraçam a família do inesquecível Paulo Stein. 


segunda-feira, 10 de junho de 2019

Alberto Dines, nossa longa vida pelas Redações dos jornais e a histórica primeira página do JB, sem manchete. Por Nelio Barbosa Horta

Alberto Dines no front jordaniano, em 1967, quando cobriu para Manchete a guerra no Oriente Médio.

Em 1962, no almoço de comemoração de um ano da revista Fatos & Fotos, ao lado de Austregésilo de Athayde, Juscelino Kubitschek e Adolpho Bloch


por Nelio Barbosa Horta 

Eu achava que o Dines ia chegar aos 100 anos. Era uma pessoa extremamente saudável. Extrovertido, criativo, feliz ao lado de sua companheira, a jornalista Norma Curi, que também foi do JB nos anos dourados. Confesso não pensei que nos deixaria antes do centenário, trazendo muita tristeza a todos que tiveram, como eu, a honra de trabalhar e conviver com ele na sua longa e brilhante trajetória pelos jornais e revistas brasileiros.

Conheci o Dines nos anos 50, no antigo Diário da Noite, jornal verde, cujo secretário era o Carlos Eiras (só os mais antigos se lembrarão dele), jornal do Paulo Vial Corrêa, do Austregésilo de Athayde, do Fernando Bruce, do Brício de Abreu, (o Briabre), do Marcelo Pimentel, do Nelson Rodrigues e que ficava na Rua Sacadura Cabral, 103.

Como o jornal enfrentava grandes dificuldades financeiras, apesar da grande equipe, o Dines foi contratado e transformou o DN verde em tabloide, numa desesperada tentativa de recuperá-lo. Conseguiu, já que houve momentos em que o novo tabloide triplicou a vendagem, coisa rara na época.

Deixando o DN, Dines foi ser editor da Fatos&Fotos, revista de Bloch Editores, onde seu brilhante espírito de liderança e competência se fez sentir, já que ele chegou a balançar e a concorrer com a tiragem da revista mais importante da Bloch, a Manchete. Naquela redação havia muita gente competente, o Macedo Miranda, o Ney Bianchi, o Itamar de Freitas, o Paulo Afonso Grisoli. Na Arte, o Ézio Speranza, eu e o Laerte Gomes. Trabalhei no Diário de Notícias, que tinha o José Carlos Oliveira, o Luiz Alberto, o Ascendino Leite, o Teixeira Heizer e tantos outros. Depois trabalhei na Folha da Guanabara, com o Rennée Deslandes.  Passei pelo Mundo Ilustrado, onde conheci o Hugo Dupin, pai do Fábio Dupin. Mais tarde, Tribuna da Imprensa, com o Hélio Fernandes e o Guimarães Padilha, em plena ditadura. Também trabalhei na precária cenografia da TV Tupi. Meu chefe era o Carlos Thiré, casado com a Tônia Carreiro e pai do Cecil Thiré. Quando saía, por volta das 23 horas, ia, a pé tranquilamente até o Largo de São Francisco pegar o bonde São Januário que me levava até São Cristóvão, onde morava. O Aterro ainda não existia...

Voltei a trabalhar com o Dines em 1º de maio de 1965, Dia do Trabalho, naquele lindo prédio da Av. Rio Branco, quando ele me convidou para o JB, para me juntar à equipe que ia fazer da edição de  domingo um “jornal diferente”, segundo suas palavras. Não havia vaga na Arte e eu fui ser repórter- especial . Meu chefe era o Aluizio Flores, o “Amiguinho” lembram dele?

 Como o JB estava em grande fase de expansão, o jornal se dava ao luxo de “exportar” profissionais, o Dines me mandou para a Gazeta do Povo, de Curitiba, para uma reestruturação gráfica e editorial. Fiquei lá por três meses. Muito frio, 16 horas de ônibus pela viação Penha, mas acho que o nosso trabalho foi reconhecido, apesar do jornal ter saído, naquele período, com a “cara do JB”.

Na volta para a Redação do JB encontrei grandes profissionais e editores: Wilson Figueiredo, Oldemário Touguinhó, Luiz Orlando Carneiro, Carlos Lemos, Gazzaneo, Joaquim Campelo, Humberto Vasconcelos, Macksen Luiz, Zózimo, Zuenir Ventura, Luiz Paulo Horta, Fleury, Regina Zappa, Bella Stall, Ana Arruda, Iesa Rodrigues, Rose Esquenazi, Sandra Chaves, Celina Côrtes, Léa Maria e tantos outros e outras, todos brilhantes profissionais.

Em 2004, participei da equipe que ganhou o último Prêmio Esso do JB com a 1ª página: Ministro Berzoíni: “ Eu odeio filas”. Na equipe, o Augusto Nunes, o Otávio Costa, o Marquinho e eu.

 Como eu trabalhava de dia em Bloch Editores só podia chegar ao JB à noite, às 18 horas, eu era o “fechador”, responsável pelas edições diárias. Eu ficava na primeira página junto com o copy-desk. Não tinha hora para sair, mas meu esforço era compensado porque o jornal, naquela época, já estava na Av. Brasil, próximo da subida da ponte. Eu morava em Niterói e subia a ponte rapidamente. Eu tinha uma Brasília que vivia enguiçando, quase sempre no vão central. Os funcionários já me conheciam e diziam: “outra vez seu Nelio...”, uma festa!

 Passei por todos os cadernos do JB, especialmente o Caderno Especial, cujo fechamento era às sextas-feiras, de madrugada. Era um super-pescoço e várias vezes eu amanhecia no jornal, esbarrando nos que chegavam para “abrir” as edições do fim-de-semana. Foram 46 anos, ininterruptos, até 2011, no Rio Comprido, já na edição digital.


A antológica capa do JB, em 12 de setembro de 1973
A famosa e histórica primeira página do SalvadorAllende ficou decidida bem tarde. O Dines e o Lemos já tinham deixado a Redação e a ordem da censura para que o jornal não desse manchete foi recebida pelo Maneco (Manoel Bezerra), que era o secretário da noite. O Maneco ligou para o Dines avisando da nova determinação da censura. O Dines chegou rapidamente à Redação e disse:
“-Vamos obedecer à censura, a página sairá sem manchete”.

A ideia da página sem manchete foi dele. Como o Avellar, (José Carlos Avellar) que era o diagramador oficial da primeira página já tinha saído, a “bomba” estourou na minha mão. Confesso que foi a página mais fácil de se fazer. Sem manchete, sem foto, apenas com o “L” dos classificados. Antes de tirar a manchete que seria, ‘Golpe derruba e mata Allende’... O texto, acho que foi a editoria internacional que mandou uma parte (Humberto Vasconcelos, que estava em Santiago) e o Lutero, que escreveu o restante, com a supervisão do Dines, e do Lemos, que àquela altura já haviam voltado ao jornal. Infelizmente, talvez tenha sido aquela página o “estopim” para a saída do Dines do JB.

Deve-se a Nelson Tanure a manutenção do jornal, primeiro impresso e depois “digital” e a Omar Catito Peres o relançamento, há pouco mais de um ano, do grande JB.

Agora, é só saudade. Dines, companheiro de tantas trincheiras, de tantas lutas, o mais completo jornalista do século passado, nos deixou aos 86 anos, em 22 de maio de 2018, há um ano.

Deus o abençoe e até qualquer dia.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Parque suspenso homenageará Marielle Franco em Paris

Simulação do Jardim Marielle Franco em Paris. Reprodução RFI (link abaixo)

A notícia está no br.rfi (site da Rádio França Internacional). Um jardim público no topo de um hotel em construção ao lado da Gare de l'Est será a homenagem que a prefeitura de Paris fará a Marielle Franco, a vereadora assassinada pela milícia no Rio de Janeiro.

O espaço deverá ser inaugurado ainda este ano e fica na região central da cidade. Marielle Franco foi morta junto com o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018.

Quanto ao governo do do Estado do Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade ou mesmo o governo federal brasileiro, não há qualquer previsão de homenagem semelhante em espaço público.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

"Furacão Anitta": biografia não autorizada nem desautorizada...


por Ed Sá

Leo Dias, do jornal O Dia, colunista de celebridades e apresentador do programa "Fofocalizando", do SBT, acaba de lançar a biografia "Furacão Anitta" (Agir), apresentada como "não autorizada".

O livro amplia a frente do reporting-book para figuras famosas e populares e também inaugura um gênero que seria o da "biografia não autorizada mas aprovada". Segundo o próprio autor, "Furacão Anitta" é "uma homenagem" à cantora. "Não estou aqui para deturpar a imagem da protagonista do livro. Ela é a heroína da própria história", disse ele em entrevista ao UOL.

O autor e a cantora são amigos - os muitos elogios deixam isso bem claro -  e é bem possível que trechos tidos como polêmicos tenham recebido o OK da musa do autor.

Com a crise das revistas impressas especializadas em celebridades, livros como esse atendem a um público que não tem em sites e redes sociais tanto volume de dados sobre a vida dos seus ídolos.

O gênero de biografias não autorizadas surgiu no Estados Unidos e tem como característica o tratamento literário-jornalístico de informações exaustivamente levantadas sobre o biografado.

Geralmente, quando bem feitas, vendem mais do que aquelas escritas pelos próprios personagens exatamente porque contam tudo aquilo o que a celebridade gostaria de esconder. Não necessariamente difamam - até porque o risco de processos nos Estados Unidos, país que tem mais advogados do que leitores, é alto -, mas levantam fatos preferencialmente comprovados que nem sempre afagam egos dos biografados.

No caso do "Furacão Anitta, os fãs, publico-alvo, podem ficar tranquilos: o livro é de admirador para admiradores da cantora.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Carnaval 2019 - Simpatia é Quase Amor - 35 anos no cordão da liberdade

Simpatia 2019 na Vieira Souto. Foto de Fernando Maia/Riotur
Nos 35 anos do bloco, homenagem a Marielle abre o desfile. Foto bqvMANCHETE

E encerra a maratona já ao cair da tarde. Foto bqvMANCHETE
No espírito do samba de Beto Fininho, Janjão, Jorgito, Leandro Fregonesi, Melinho e Mestre Penha, o Simpatia ocupou a Vieira Souto e fez Ipanema cantar a liberdade e a democracia: "Vou pelas ruas da cidade/no cordão da liberdade/já são tantos carnavais/ Sou de Ipanema a simpatia/minha alma é harmonia/ todos nós somos iguais" (...) ""O mar banhava os botequins/ A poesia aplaudia o sol de por/ 35 anos se passaram/ e ninguém cala o Simpatia é quase Amor". E no refrão, espaço para a crítica bem-humorada: "Fui tomar a saideira/Acho que bebi demais/Vi Jesus na goiabeira/De amarelo e lilás".

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Tragédia no campo dos sonhos...

Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Zico, Roberto Dinamite, Neymar, Paulo Cesar Caju, Marcelo, Daniel Alves, Fernandinho, Willian, Jesus e tantos outros craques que brilharam no passado ou agora se destacam na Europa ou nos principais times brasileiros devem estar com o pensamento na tragédia que ocorreu hoje no Centro de Treinamento do Flamengo.

Eles sabem exatamente o que significava para garotos vindos de todo o Brasil estar ali, no ambiente de um grande clube, vislumbrando o sonho de se tornar profissional.

Não é fácil a vida de um menino que por vocação ou incentivo dos pais se dispõe a entrar desde cedo na máquina que faz ou desfaz carreiras. Milhares de jovens brasileiros perseguem essa oportunidade, poucos a alcançam.

Os dez jogadores que morreram no incêndio do CT rubro-negro já haviam ultrapassado muitas etapas da "peneira" brutal que seleciona os mais aptos. das escolinhas onde muitos entram aos nove anos, aos incontáveis testes. O grupo que chegou ao Flamengo estava, certamente, à beira do momento em que, enfim, poderia vislumbrar alguma recompensa a tanto esforço.

Hoje é um dia triste para o futebol e para as famílias das vítimas que compartilhavam a luta e o sonho dos seus jovens boleiros.


sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Carlos Heitor Cony: escritor, jornalista, pintor nas horas vagas e, agora, nome de colégio...



No alto, nota do Globo publicada hoje na coluna de Marina Caruso informa que Carlos Heitor Cony vai virar nome de escola em Cabo Frio. O secretário estadual de Educação, Wagner Victer, optou pela homenagem ao lembrar que um dos livros de Cony é ambientando na cidade.

Em "Antes, o Verão", o casal protagonista constrói um casa de frente para o mar, em Cabo Frio. Tempos depois, a casa é destruída pelo vento e invadida pela areia. Entra areia também no casamento e na felicidade do par.

O livro foi lançado em 1964 e adaptado para o cinema em 1968.

Com Norma Bengell e Jardel Filho (foto) à frente do elenco, o filme foi praticamente ignorado por quase 50 anos até que, em 2015, foi exibido na Cinemateca do MAM. A redescoberta levou à restauração de um cópia que foi exibida em recentes mostras em São Paulo e Ouro Preto.
Cony foi escritor, jornalista e até pintor (arte que revelava apenas aos amigos). Agora, é, além disso, o Colégio Carlos Heitor Cony. 



segunda-feira, 19 de março de 2018

Kate Perry homenageia Marielle




Durante show na Apoteose, ontem, no Rio, como escala da turnê mundial "Witness", a cantora americana Kate Perry homenageou Marilele Franco, executada na noite de quarta-feira, 14/3, juntamente com o seu motorista Anderson Gomes. Katy chamou ao palco a irmã de Marielle, Anielle Franco, e a filha, Luyara. Uma foto da vereadora foi projetada no telão.VEJA O VÍDEO AQUI 

sábado, 3 de março de 2018

Marketing: "meu nome é Johnnie Walker, mas pode me chamar de Jane Walker..."



por Jean-Paul Lagarride

Desde o começo do século passado, quando o cartunista Tom Browne desenhou na contracapa de um menu o Striding Man de Johnnie Walker, o personagem reinava absoluto como logotipo de um dos mais famosos uísques do mundo.

Reinava.

A partir desse mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8/3), o gentleman andante vai dividir as honras do rótulo com Jane Walker.

A marca tem dois objetivos, nessa ordem: atrair as consumidoras e celebrar o poder feminino.



Na primeira metade do século passado, Johnnie Walker virou uma figura tão popular que participou até do esforço de guerra no Reino Unido. Nas campanhas da marca, era visto jogando cricket, pescando, dançando em bailes de gala e remando no Tâmisa. Passava a imagem de um bon vivant cujo estilo de vida merecia ser imitado.

A edição especial do uísque ilustrada por Jane Walker está prevista, por enquanto, para circular apenas nos Estados Unidos.

As reações nas redes sociais vão dos elogios à iniciativa a demonstrações de machismo e bom humor.  Um internauta considerou "piada pronta" a posição estratégica do rótulo 'black label" no corpo de Jane Walker. Outro a apelidou de "tia Jane". Um terceiro pegou mais pesado: "a Jane Walker Edition vai ser muito mais cara porque vem com o carro do Johnnie, a pensão de alimentos do Johnnie, a casa do Johnnie".  Uma mulher opinou: "haver uma Jane Walker faz com que haja igualdade salarial? pois! eu até prefiro whiskey japonês".


E mais um, brasileiro, assinalou que o marketing da Johnnie Walker chega atrasado. Em 2014, a marca de cachaça mineira João Andante já havia criado a versão feminina: Maria Andante. No mais puro e irônico "humor inglês" visto por Minas Gerais.

sábado, 30 de julho de 2016

Rio 2016: "Antídoto contra o terror e o clima de agressão"


Olimpíada e superação

por Osias Wurman (para O Globo)

 A melhor resposta ao difícil momento de conturbação por que passa o mundo será o espírito olímpico de confraternização que o Rio hospedará, a partir do próximo dia 5, na Olimpíada. Será um ótimo momento para enaltecer a excelência humana através do esporte, com destaque para os Jogos Paralímpicos, momento exemplar da superação humana.

Para os jovens, a maioria dos 2,5 bilhões de telespectadores em nível mundial, será dada uma sugestão subliminar de que a convivência desportiva, pacífica e apolítica é a melhor forma de coexistir entre os diferentes.

A Olimpíada é o melhor antídoto para o espírito venenoso que alimenta o terror e o clima de agressão, das mais diversas origens, nos quatro cantos do mundo. O Brasil, exemplo ímpar da convivência pacífica entre os mais diferentes segmentos do gênero humano, será projetado mundialmente.

É preciso reconhecer o esforço hercúleo, realizado por todos que se empenharam em construir e organizar o megacertame dos próximos dias.

As falhas ocorrem em acontecimentos de envergadura muito menor do que de uma Olimpíada. O importante é a vontade de acertar, que, no caso brasileiro e carioca, é flagrante e notória. Como brasileiro, estou empolgado com a proximidade deste evento que, certamente, entrará para a história do país.

As competentes autoridades de segurança e inteligência garantirão a total tranquilidade para todos os visitantes e para a cidade como um todo. Isto já está provado com a recente detenção de supostos simpatizantes das práticas de atos radicais. Temos o que há de melhor no mundo em termos de tecnologia e informação, provido pelo intercâmbio entre o Brasil e os mais desenvolvidos serviços de inteligência internacional.

A cidade do Rio sofreu uma verdadeira cirurgia plástica, que a coloca com aspecto revitalizado, inovador e moderno. As ruas já começam a se enfeitar com a presença colorida e alegre de turistas que chegam para participar da maior festa do esporte.

Como filho de imigrantes poloneses que vieram para o Brasil na década de 30, fugidos do antissemitismo que envenenou sua pátria natal, tenho muito orgulho em divulgar que, pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, será prestada uma homenagem pública e oficial, na sede do governo do Rio, situada no Palácio da Cidade, em memória dos 11 atletas judeus israelenses que foram assassinados pelo terror na Olimpíada de Munique, em 1972. Na cerimônia, serão acesas 11 chamas que brilharão em lembrança dos atletas vitimados pelo ódio sem limites, e estarão presentes ao ato duas viúvas dos homenageados.

Esta mescla de valores nos traz a certeza de que, com a esperada dedicação, superação, convivência e reverência à memória, nós jamais esqueceremos a Olimpíada do Rio.

Osias Wurman é cônsul honorário de Israel

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Universidade Federal do Paraná homenageia Daisy Benvenutti, ex-correspondente da Manchete na Itália e primeira aluna a se formar em Economia pela UFPR

Daisy Benvenutti. Foto de Samira Chami Neves/UFPR
Daisy Benvenutti; homenagem na UFPR. Foto de Samira Chami Neves




Daisy Benvenutti com a equipe da Desfile,em Veneza. A revista produzia especial de moda na cidade italiana.




A jornalista e economista Daisy Benvenutti, ex-correspondente na Itália da Manchete, Desfile e demais revistas da extinta Bloch Editores, foi homenageada pelo Coletivo Feminista, em evento realizado no dia 8 de junho, no Setor de Sociais da UFPR, como a primeira aluna a se formar em Economia, em 1953, pela Universidade Federal do Paraná.
VEJA EM VIDEO A TRAJETÓRIA DA JORNALISTA, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Reginaldo Rossi: o canto simples do amor mais inteiro

por Eli Halfoun
A cobertura que a mídia deu ao falecimento do cantor e compositor Reginaldo Rossi comprova a importância que, apesar de ser considerado brega, ele tinha para a nossa música. Rossi criou um estilo de interpretação e sabia cantar o amor com a simplicidade do povo. Era um batalhador para vender discos: adquiria uma grande quantidade de na época Lps, enchia uma kombi e levava para os shows que fazia em circos ou clubes por todo o Brasil. Ao final de cada show ele mesmo se encarregava de vender os discos na porta do circo, o que também fazia com entusiasmo e orgulho. Conheci Reginaldo Rossi quando a convite da gravadora Emi-Odeon que o tinha como contratado, fui fazer palestras em Recife para vendedores de lojas de discos. Rossi participou das palestras como ouvinte e fez questão de me acompanhar (era muito gentil) em todos os momentos e me mostrar a cidade em que tinha nascido e da qual se orgulhava. Fez questão de me levar para “comer a melhor carne de sol com manteiga de garrafa do Brasil”: era um restaurante simples (chão de terra), perto do aeroporto e do qual o cantor era frequentador assíduo. Reginaldo Rossi era simples em tudo. Foi por isso que cantou o amor com uma grandeza e simplicidade e que só o amor consegue construir. Como Rossi construiu uma carreira brilhante e que só está sendo reconhecida plenamente agora até porque nunca é tarde para se fazer justiça aos que não mais estão por aqui, mas permanecem vivos na história. (Eli Halfoun)
VEJA O VÍDEO - CLIQUE AQUI

terça-feira, 8 de outubro de 2013

RioFilme homenageia Vanja Orico e pede sugestões para celebrar outros nomes do cinema.

A placa colocada no lugar da antiga casa de Vanja Orico
A atriz na capa da Manchete nos anos 50
Reprodução
por Alberto Carvalho
Já comentei aqui no blog que autoridades batizam logradouros públicos com nomes de ilustres desconhecidos, como o Marquês de Sapucaí e outros. Parece que a coisa está mudando.  Li no O Globo, do dia 6 de outubro, que o Circuito RioFilme - Patrimônio Cultural Carioca, em parceria com o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, homenageou a atriz Vanja Orico com uma placa na saída do túnel  da rua Sá Ferreira, em Copacabana, onde  ela morou quando criança. A foto mostra a atriz, aos 84 anos, no local da inauguração. O programa vai mapear outros locais e colocar placas de personagens do cinema como Vanja e até locais onde foram gravadas cenas emblemáticas do Rio. Os motivos da escolha da atriz estão no fato de ela estar no elenco do filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto, premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e no filme Mulheres e Luzes, de Federico Fellini onde ela canta "meu limão, meu limoeiro" , clássico da MPB dos anos 50.
Os internautas poderão escolher os próximos homenageados no site do RioFilme. Eu já tenho os meus favoritos:  Oscarito, Grande Otelo e Wilson Grey. 
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