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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Torcidas desfazem bloqueios e mandam o gado fascista pastar.


Gaviões, presente. Foto: Reprodução/Twitter


A Galoucura, do Atlético Mineiro, desfez bloqueios.
 Foto Reprodução Instagram


Questão de múltipla escolha circula nas redes sociais. 

Dizem que no próximo Enem vai cair essa pergunta:

"Quem desobstruiu as rodovias federais após as eleições de 2022?"


A) PRF

B) TSE

C) PF

D) STF

E) PM

F) GAVIÕES

G) GALOUCURA


 por Ed Sá 

A caminho de São Paulo, a torcida do Atlético Mineiro deu início aos desmonte dos bloqueios ilegais dos fascibolsonaristas. Foi na BR-381. Torcedores desceram dos ônibus a mandaram a turba cair fora. Imprissionou a velocidade com que caminhoneiros ligaram suas carretas e aceleraram na estrada. 

A Galoucura não usou armas, ganhou no grito. "Ninguém impede nós (sic) de ver o Galo. Vamos apagar tudo. Pode passar todo mundo" - disse um dos torcedoresda Galoucura. 

Os manifestantes fugiram como ratos desesperados para entrar nos bueiros. A torcida do Corinthians, que se dirigia ao Rio, também rompeu bloqueios na Marginal Tietê e na Dutra. Os corintianos da Gaviões expulsaram os bolsonaristas e retiraram faixas contra a democracia.  

Houve reação também de motoqueiros e entregadores, que romperam pelo menos um ponto de bloqueio em área urbana.Um grupo de motoboys furou uma barreira. Alguns bolsonaristas tentaram agredir dois motoqueiros e receberam respostas contundentes. O bloqueio foi desmontado já que outros motoboys avisados por celular se aproximavam para reforçar a ação dos companheiros. 

Torcedores e motoboys mostraram que, apesar do que foi apregoado, não seria difícil para as forças de segurança desmontarem os atos ilegais e antidemocráticos. No início faltou vontade e as barreiras se multplicaram. 

Sem tiros, só de morteiros, eles mandaram o gado pastar.     

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Violência nos estádios: a quem interessa

O tumulto que torcedores do Flamengo promoveram na véspera do jogo no Maracanã, na frente do hotel onde tentavam dormir os jogadores do Independiente, e  antes, durante e depois do jogo que deu aos argentinos o título da Copa Sul Americana é mais do que previsível. É padrão.

Esses falsos torcedores não têm o menor interesse em futebol. Faturamento com venda de ingressos a cambistas, as brigas combinadas, roubos, espancamentos e até assassinatos fazem parte das suas prioridades.

O inquérito em andamento que apura o fornecimento de ingressos a esses bandos por diretores de grandes clubes pode, finalmente, revelar o que está por trás dos poderes dessas facções.

Por que diretores de grandes clubes entregam volumosas cargas de ingressos a tais grupos se com isso estão afastando milhares de torcedores autênticos que deixam de ir aos estádios por temer a violência das torcidas?

Sabe-se que as brigas combinadas horas antes dos jogos, até entre torcedores do mesmo time, são fruto das ligações destes com facções de traficantes de favelas rivais. Essa mesma prática do quebra-quebra é adotada em "manifestações" que queimam ônibus, saqueiam cargas, depredam transporte público e fecham rodovias. O modelo apenas foi agregado ao futebol. No tumulto, como se viu na Maracanã, é criado o cenário ideal para assaltos e arrastões.

O Vasco foi punido com a interdição de São Januário após brigas de torcida fora do estádio. Pelo mesmo critério, o Flamengo deverá ser punido. Botafogo e Fluminense também já sofreram sanções.

Os clubes são vítimas mas não inteiramente inocentes.  O que explica tanto poder de chefes de torcida junto a alguns cartolas se está mais do que claro que causam enormes prejuízos aos clubes?

Não faz sentido.

Ou vai ver faz muito sentido e cabe à polícia aprofundar a investigação sobre essa estranha aliança. 

domingo, 12 de junho de 2016

O tempo passa, os hooligans, não. Ontem, ingleses e russos se enfrentaram em Marselha. Há dez anos, em Colônia, a batalha foi entre suecos, ingleses e alemães




por José Esmeraldo Gonçalves

Algumas ruas de Marselha se transformaram ontem e na véspera do jogo Inglaterra 1 X 1 Rússia em uma praça de guerra. Antes e depois do jogo válido pela Eurocopa 2016, hooligans dos dois países e a polícia se enfrentaram nas ruas da cidade.
Segundo as imagens da TV francesa, o quadro era de ruelas embaçadas por gás lacrimogêneo, torcedores presos e feridos, um deles em estado grave, cadeiras e mesas quebradas lançadas nas ruas.
Os ingleses, que eram maioria em Marselha, invadiram restaurantes e jogaram garrafas de cerveja para o alto. Segundo a polícia londrina, há na Inglaterra cerca de 70 gangues de hooligans, com nomes belicosos como Suicide Squad, Blazing Squad e Red Army, como convém ao significado da palavra (vândalo) . Na Rússia, com menos grupos, as torcidas de briga atendem pelos nomes de Ultras, Gladiadores, entre outros, igualmente sugestivos.
A UEFA promete providências e, no que lhe compete - o ambiente interno dos estádios -, abriu investigação sobre a torcida russa, que teria lançado sinalizadores sobre os ingleses nas arquibancadas. Fora dos estádios, o trabalho fica por conta da polícia que, além da intensa vigilância contra as ameaças terroristas, deve se preocupar com o quebra-quebra dos hooligans. E as autoridades francesas sabem como isso pode acabar mal: em 1998, durante a Copa do Mundo, torcedores ingleses assassinaram um policial.
Em 2006, na Copa da Alemanha, houve conflitos entre hooligans ingleses e suecos que ocuparam Colônia. As hordas chegaram à cidade dois dias antes do jogo.

O caos em Colônia, em 2006. Reprodução

A polícia alemã, que já os esperava - na época, vários torcedores fichados foram impedidos de entrar no país -, dividiu o centro da cidade em zonas e montou cordões de isolamento para manter suecos e ingleses afastados. Com cada grupo no seu terreiro, eles bebiam dia e noite. As ruas e praças da cidade eram o escoadouro da cerveja processada em quantidades hospitalares e que nem bexiga de hooligan pode guardar por muito tempo. Até o dia do jogo, os danos eram mais sanitários.

Colônia, 2006, a torcida às margens do Reno. Foto J.E.Gonçalves


Suecos fecham ponte em junho de 2006, em Colônia. Foto J.E.Gonçalves
Havia uns 200 mil torcedores em Colônia, de várias nacionalidades. Pouco mais de 30 mil ingleses e 10 mil suecos foram ao estádio ver o jogo. A maioria ficou nas imediações da Catedral, na margem direita do Reno, ou no Fan Fest da Heumarkt e Roncalliplatz, onde imensos telões mostravam os jogos. Houve alguns conflitos perto de hotéis, mas as brigas se intensificaram depois do jogo, que acabou em 2X2, com a policia agindo mais forte.
Ontem, em Marselha, torcedores com a bandeira nazista.
Reprodução

E o pau comeu não apenas entre ingleses e suecos. Hooligans alemães provocavam os ingleses, que respondiam fazendo alusões à derrota nazista na Segunda Guerra. E aí os ânimos esquentavam ainda mais. Não sei quantos foram presos, mas os homens da lei passaram por mim conduzindo filas de torcedores de mãos dadas rumo ao distrito ou seja lá que nome tivesse a delegacia local. Os torcedores, como as nossas "organizadas", carregavam bandeiras. Menos como empolgação patriótica e mais pela intenção de usar o mastro como porrete. Naquele junho, há dez anos, não vi bandeiras nazistas.

Ontem, em Marselha, a suástica deu as caras. Sinal dos tempos?